Fanfics Brasil - Um vizinho pefeito DyC [terminada]

Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]


Capítulo: 39? Capítulo

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- Feito o quê, exatamente?


- Não me dei conta... Pelo menos, não até che­garmos aqui. Mas deveria ter prestado mais aten­ção - murmurou ela, sentando-se na cama e en­tregando o copo a ele, antes de tomar um pouco da água. - Na outra noite, quando você mencio­nou que já o conhecia e que ele havia sugerido que você ficasse no apartamento em frente ao meu, eu deveria ter prestado mais atenção aos detalhes. Bem... - Ela deu de ombros. - De qual­quer maneira, não teria importado muito.


 


- Sobre o que está falando, Dulce? - Christopher franziu o cenho, confuso.


Ela exalou um suspiro e fitou-o diretamente nos olhos.


- Meu avô o escolheu para mim, Christopher. Isso porque ele me ama muito - ela se apressou em acrescentar. - Ele quer apenas aquilo que acha que é melhor para mim, e isso significa um ca­samento, uma família e um lar. E, pelo visto, ele está achando que você me dará tudo isso.


Christopher passou a mão nos cabelos, aturdido.


- E como diabos ele chegou a essa conclusão? - indagou, colocando o copo sobre a mesinha-de­cabeceira com um ruído seco.


- Não se trata de um insulto, Christopher - falou ela, quase indignada. - É um elogio. Como eu disse, vovô me ama muito, portanto, deve ter uma grande estima por você, por achá-lo suficiente­mente adequado para se tornar meu marido e o pai dos meus filhos, que serão os bisnetos que ele tanto deseja ter.


- Pensei que você não quisesse se casar.


- Eu não disse que queria. Eu disse que ele queria isso para mim. - Levantando-se, ela foi até a penteadeira e pegou uma escova. Em segui­da, começou a escovar os cabelos. - E fique sa­bendo que o fato de você estar tão abalado é muito insultante.


- E aposto que você considera tudo isso divertido.


- Acho encantador.


- Acha encantador que seu avô de noventa e tantos anos escolha um marido para você?


 


 


- Ele não colocou um anúncio no jornal e nem um luminoso diante da casa. - Sentindo-se ma­goada, ela deixou a escova sobre a penteadeira. - Mas não precisa entrar em pânico, Christopher. Não vou me deixar levar pelos planos de meu avô. Serei perfeitamente capaz de arranjar um marido sozinha, quando e se eu achar que devo arranjar um. Por enquanto, continuo não queren­do nada disso.


Ela inclinou a cabeça, olhando em torno de si. Na falta de algo melhor para fazer, abriu um pote de creme e começou a passá-lo nas mãos.


- Agora, estou cansada e quero dormir. E já que não se importa mesmo em dormir comigo de­pois do sexo, então é melhor ir embora.


Aquilo era apenas indignação, pensou Christopher, ou haveria algo mais por trás da reação de Dulce?


- Por que está brava?


- Por que estou brava? - repetiu ela, sem saber se começava a chorar ou a gritar. - Como é possível que uma pessoa que escreve sobre os sentimentos dos outros com tanta precisão, com tanta sensibilidade, faça uma pergunta dessa? Por que estou brava, Christopher? - Respirou fundo e continuou: - Porque você está sentado aí, na cama que acabamos de dividir, completamente chocado com o fato de que alguém que me ama possa querer que exista algo mais do que apenas sexo entre nós.


- Claro que há mais do que sexo entre nós - declarou ele, começando a vestir o jeans. - Há mesmo? Há mesmo, Christopher?


 


O tom frio de Dulce o levou a olhá-la fixamente. Sentiu uma onda de culpa ao ver a sombra de tristeza nos olhos dela.


- Eu gosto de você, Dulce. Você sabe disso.


- Você me acha divertida. Não é a mesma coisa.


Sim, era mais do que indignação, concluiu Christopher. Dulce estava magoada. De alguma maneira, ele a havia magoado novamente sem querer. Se­gurando o braço dela, virou-a de frente para ele, com delicadeza.


- Eu gosto de você.


A expressão de Dulce se amenizou.


- Tudo bem. - Pousou a mão sobre a dele, for­çando um sorriso. - Vamos esquecer tudo isso, sim?


Christopher queria concordar com ela e resolver aquilo de maneira simples. Mas o sorriso de Dulce não foi espontâneo. A sombra de tristeza conti­nuava presente nos olhos dela.


- Dulce, não posso lhe oferecer mais do que isso.


- Não estou lhe pedindo mais. - Aproximan­do-se da janela, ela mudou de assunto: - A lua apareceu e não há nenhuma nuvem no céu. Po­deremos caminhar pelas colinas amanhã. A pai­sagem fica linda nessa época do ano. - Contendo um arrepio, massageou os braços. - Puxa, está ficando frio aqui. Talvez seja melhor eu pôr mais um pouco de lenha na lareira.


- Pode deixar que eu ponho - Christopher se ofereceu.


As chamas da lareira ainda estavam bem ativas, mas, mesmo assim, Christopher acrescentou mais um pedaço de lenha a elas. Então ficou parado porum momento, vendo as chamas crepitarem, co­meçando a consumir o novo pedaço de lenha.


Durante algum tempo, o único som que se ouviu no quarto foi o da madeira crepitando em meio às chamas da lareira. Por fim, Christopher foi o pri­meiro a falar:


- Poderia se sentar um instante?


- Prefiro ficar aqui, olhando as estrelas - res­pondeu Dulce, diante da janela. - Não consegui­mos ver muitas estrelas em Nova York, com todas aquelas luzes. Acabamos nos esquecendo de olhar para cima e nem nos lembramos de que existem estrelas. Em Maine, onde fui criada, o céu vivia repleto delas. Nunca me dei conta de quanto sen­tia falta daquela visão até ir morar na cidade. É possível passarmos longos períodos sem uma por­ção de coisas e nem mesmo nos darmos conta de quanto elas nos fazem falta.


Dulce se tornou tensa ao sentir as mãos de Christopher sobre seus ombros. De fato, teve de se esforçar para voltar a relaxar e não demonstrar quanto a proximidade dele a afetava. Ao virar-se para ele, conseguiu até sorrir.


- O que acha de sairmos para vê-las melhor?


- Dulce, quero que se sente e que me ouça.


- Está bem. - Esforçando-se para parecer ca­sual, ela caminhou até uma das duas cadeiras ao lado da lareira. - Sou toda ouvidos.


Christopher sentou-se ao lado dela e inclinou-se um pouco para frente, fitando-a nos olhos.


- Eu sempre quis ser escritor, e não me lembro de haver pensado em me tornar outra coisa - começou ele. - Mas eu não queria escrever ro­mances, como meu pai desejava. Eu queria escre­ver roteiros de teatro. Tudo estava muito claro na minha mente. O palco, cada cenário, o movi­mento dos atores, o ângulo e a intensidade das luzes... Com freqüência, talvez freqüência demais, aquele era o mundo em que eu vivia. Você vem de uma família proeminente, Dulce. Uma família com obrigações e exigências sociais.


- Acho que é verdade.


- Eu também vim de uma família assim. To­lerei aquilo durante algum tempo, chegava até a me divertir de vez em quando, mas, durante a maior parte do tempo, sentia como se não per­tencesse àquele mundo cheio de eventos sociais.


- Eu sei, você valoriza sua privacidade - anuiu ela. - Compreendo isso. Meu pai e Mat­thew também são assim.


- Eu gostava de ficar sozinho. Precisava disso. - Inquieto demais para continuar sentado, Christopher começou a dar alguns passos pelo quarto. - Adoro meus pais e minha irmã, por mais que nos desentendamos de vez em quando. Sei que os ma­goei muitas vezes com atitudes inconseqüentes, mas eu os amo, Dulce.


- Claro que sim... - Ela começou a falar, mas voltou a se calar quando Christopher balançou a cabeça.


- Minha irmã, Jenna, sempre foi muito sociá­vel. Ela é uma pessoa adorável. Mal havia com­pletado vinte e um anos quando se casou com meu melhor amigo da época da faculdade. Na ver­dade, fui eu quem os apresentou.


 


Christopher ainda lamentava se lembrar daquilo. Lamentava que o primeiro passo de todo o infor­túnio que passaria depois houvesse sido uma ini­ciativa sua. Olhou para o jarro de água sobre a mesinha-de-cabeceira, desejando que ele fosse uma garrafa de uísque.


- Os dois se davam muito bem - continuou. - Estavam muito apaixonados, cheios de planos para o futuro. Jacob nasceu um ano depois. E menos de um ano depois, Jenna ficou radiante quando engravidou novamente.


Christopher enfiou as mãos nos bolsos e foi até a janela. Mas não viu as estrelas.


- Naquela época, minha primeira peça estava sendo produzida. Era um pequeno grupo local, mas haviam conseguido fechar um contrato com um importante teatro. Meu pai é um escritor im­portante, por isso o trabalho do filho dele desper­tou um certo interesse nas pessoas.


- Um interesse que acabou se transformando em admiração, diante de seu talento - salien­tou Dulce.


Christopher olhou para ela, agradecido pelo elogio.



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Autor(a): theangelanni

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- Sim, talvez tenha razão. Mas no início não foi assim. Para mim, era uma questão de honra ter meu talento reconhecido pelo que ele era, e não por eu ter o sobrenome de meu pai. Reconheço que parte disso era orgulho - acrescentou, pen­sativo. - Mas parte também era o desejo de ser respeitado. Aquela primeira peça er ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2103



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  • dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42

    Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45

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