Fanfics Brasil - Um vizinho pefeito DyC [terminada]

Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]


Capítulo: 41? Capítulo

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CAPÍTULO X


Chegara a hora de ter uma boa con­versa com Christopher Uckermann, pensou Daniel. Mas não seria nada dificil. Tudo que teria de fazer seria levá-lo até seu escritório, enquanto Dulce estivesse ocupada com Anna em algum outro aposento da casa. Quanto a Matthew... Bem, com ele não haveria problema, já que o rapaz passava a maior parte do tempo procurando inspiração para montar seus brinquedos de metal. As esculturas de Matthew sempre o deixavam surpreso e orgulhoso ao mesmo tempo. Não podia negar que o rapaz era talentoso, embora criasse coisas esquisitas.


- Sente-se, meu rapaz. E aproveite para esticar um pouco as pernas. - Dizendo isso, caminhou até a estante de onde tirou um exemplar de Guerra e Paz. - Aceita um? - perguntou ele, abrindo o livro e revelando se tratar de uma caixa de charutos.


Christopher arqueou uma sobrancelha.


- Não, obrigado. Literatura interessante, sr. MacGregor.


- Bem, um homem deve saber o que fazer para não ser aborrecido pela esposa.


Daniel passou o charuto sob o nariz, apreciando seu aroma, e suspirou alto ao sentar-se, anteci­pando o prazer que teria em fumá-lo. Com calma, destrancou uma das gavetas de sua mesa e tirou dela uma concha que, pelo visto, era usada regu­larmente como cinzeiro. Em seguida, também ti­rou da gaveta um pequeno ventilador movido a pilha. Sem dúvida, seu mais novo artifício para evitar que a esposa sentisse o cheiro do charuto.


- Anna não quer que eu fume - declarou ele, balançando a cabeça. - E quanto mais velha ela está ficando, mais apurado está ficando também seu nariz. Às vezes, mais parece o de um cão de caça - resmungou, encostando-se na cadeira.


- E se ela aparecer? - indagou Christopher, ao notar que ele pretendia mesmo acender o charuto.


- Vamos nos preocupar com isso se e quando acontecer, meu rapaz.


Apesar da aparente despreocupação, Christopher não deixou de notar que o velho Daniel manteve o pequeno ventilador bem junto de si.


- Muito bem, sua nova peça está fazendo sucesso? - Sim, está.


- Quero que saiba que estou lhe perguntando isso porque quero saber mais detalhes a seu respeito.


- Hum-hum - anuiu Christopher, sem querer se arriscar a oferecer respostas mais elaboradas.


- Admiro o trabalho de seu pai. Tenho alguns livros dele na minha estante. - Daniel se ajeitou melhor na cadeira, dando uma baforada no cha­ruto. - Alguém me contou que Hollywood está bastante interessada em seu trabalho.


- Tem informantes muito bons, sr. MacGregor.


Daniel sorriu.


- Faço o possível para me manter sempre bem informado. Então, como vai indo esse negócio com o cinema?


- Bem.


- Prefere manter a discrição, não é mesmo? Gosto disso. - Daniel bateu o charuto levemente sobre a concha, antes de prosseguir: - Vai ficar em Nova York por mais algumas semanas?


- Por mais um mês, provavelmente. A essa altura, a maior parte da reforma da casa já deverá ter acabado.


- Uma belíssima casa com vista para o mar, não? - Daniel sorriu ao ver Christopher estreitar o olhar. - Alguém me disse todas essas coisas. E bom para um homem ter uma casa própria. Al­guns de nós simplesmente não conseguem viver em prédios, dividindo as páredes da própria casa com as de outras pessoas. E bom ter espaço para a família. Um lugar suficientemente grande para que seja possível se fumar charuto sem ter de ouvir um sermão durante horas seguidas.


Christopher pressionou os lábios, disfarçando o riso, enquanto Daniel dava outra baforada no charuto.


- Tem razão - concordou Christopher. - De qualquer maneira, tenho noção de que, em questão de tama­nho, minha casa não chega nem aos pés da sua.


- Você ainda é muito jovem. Irá aumentando a casa conforme for ficando mais velho, pode acre­ditar. Também vai precisar da atmosfera do mar, como eu precisei, e ainda preciso, para me manter em forma.


- Prefiro o mar à cidade - confessou Christopher. Sem saber ao certo onde aquela conversa iria dar, não estava conseguindo se sentir muito relaxado. - Se eu tivesse de viver por muito tempo em um centro urbano, acho que acabaria ficando maluco.


Daniel riu, olhando para Christopher através da fu­maça do charuto.


- Você é um homem que precisa de privacidade. Mas quando essa necessidade se transforma em iso­lamento, ela deixa de ser saudável, não é mesmo?


Christopher inclinou ligeiramente a cabeça.


- Desculpe-me, mas não estou vendo vizinhos entrando e saindo de sua casa, sr. MacGregor.


Um sorriso curvou os lábios de Daniel.


- Tem razão. Porém, por mais que tenhamos privacidade, não estamos isolados. Dulce também foi criada à beira-mar. - Daniel moveu o charuto entre os dentes. - Mais especificamente em uma casa no litoral de Maine, onde o pai dela guardava sua privacidade como um pit bull.


- Foi o que ouvi dizer - anuiu Christopher.


- O pai dela é um bom homem. E não poderia ser diferente, já que se trata de um Saviñon. - Daniel tamborilou os dedos sobre o braço da ca­deira. - E a esposa dele é uma verdadeira dama, vinda de uma família tradicional. Os dois se or­gulham muito dos filhos.


- Bem, eles devem ter motivo para isso.


- Claro que têm - afirmou Daniel, com seu costumeiro tom incisivo. - Viu por si mesmo, não? Minha Dulce é uma jovem brilhante e ado­rável. Tem um coração enorme e é estimada por todos. Ela tem uma espécie de aura luminosa, você não acha?


- Eu a considero única.                             -


- E ela é mesmo. Dulce é a sinceridade em pessoa - continuou Daniel, observando com aten­ção cada uma das reações de Christopher. - Com mais freqüência do que você imagina, ela deixa de considerar os próprios sentimentos para dar importância aos sentimentos dos outros. Não que ela viva servindo de capacho por aí, não com aque­le sangue escocês correndo nas veias. Ela revida quando é provocada, mas geralmente prefere se magoar a ter de magoar outra pessoa. E confesso que isso me deixa um pouco preocupado.


Embora não estivesse ouvindo nada que já não houvesse presenciado, as palavras de Daniel cau­saram uma certa inquietação em Christopher.


- Não creio que deva se preocupar com Dulce, sr. MacGregor.


- Preocupar-se com os netos é um direito, um dever e... por que não? Um prazer, para alguém com uma família tão grande quanto a minha. Sin­to que Dulce quer ter um lar, para pôr em prática todo o amor que traz guardado dentro de si. E o homem que conquistar aquele coraçãozinho tirará a sorte grande.


- Sim, tem razão.


- Notei o modo como você a olha, meu rapaz. - Daniel se inclinou para frente. - E não foi preciso que alguém me dissesse isso.


Christopher se tornou mais do que cauteloso.


- Como o senhor mesmo já disse, Dulce é uma mulher adorável.


 


- E você é um homem solteiro com trinta anos de idade. Quais são suas intenções?


Ora, ora, aquela conversa estava ficando real­mente séria, pensou Christopher.


- Não tenho nenhuma intenção.


- Então está na hora de começar a ter. - Ba­tendo o punho cerrado sobre a mesa, Daniel acres­centou: - Não é cego ou idiota, é?


- Não, claro que não.


- Então o que está esperando, meu rapaz? A garota é exatamente o que você precisa para ani­mar um pouco essa sua natureza séria, para evitar que você se feche em uma caverna, feito um urso com indigestão. - Estreitando o olhar, Daniel ti­rou o charuto da boca e o segurou entre os dedos. - E se eu não soubesse que você é a pessoa certa para ela, não estaria aqui, nesse momento, tendo esta conversa com você. Pode acreditar.


Furioso por sentir-se encurralado, Christopher ficou de pé.


- O senhor praticamente me atirou à porta dela, utilizando-se da desculpa de me fazer um favor.


- Eu lhe fiz o melhor favor de sua vida, rapaz, e você deveria estar me agradecendo por isso, em vez de ficar me olhando com esse ar indignado.


- Não sei como o resto da família lida com essa sua atitude de se meter na vida das pessoas, sr. MacGregor. De minha parte, posso dizer que não gosto e nem preciso disso.


- Se acha que não precisa da intervenção de alguém, por que continua lamentando algo que já terminou há muito tempo, ou mesmo que nunca existiu? Por que se negar a aceitar aquilo que está bem diante de seus olhos?


O olhar de Christopher se tornou frio.


- Isso é problema meu.




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Autor(a): theangelanni

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- E seu defeito - replicou Daniel, satisfeito ao ver que seu comentário o afetara de alguma maneira. - Já vivi mais de noventa anos neste mundo, tendo a chance de observar as pessoas e a maneira como elas se comportam. E vou lhe dizer uma coisa, Christopher Uckermann, algo que você ainda não notou por si mesmo, talvez por ser mui­to jovem ou mu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2103



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  • dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42

    Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45

    amei!!! *-*


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