Fanfics Brasil - Um vizinho pefeito DyC [terminada]

Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]


Capítulo: 42? Capítulo

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- E seu defeito - replicou Daniel, satisfeito ao ver que seu comentário o afetara de alguma maneira. - Já vivi mais de noventa anos neste mundo, tendo a chance de observar as pessoas e a maneira como elas se comportam. E vou lhe dizer uma coisa, Christopher Uckermann, algo que você ainda não notou por si mesmo, talvez por ser mui­to jovem ou muito teimoso: vocês dois combinam. Um equilibra o outro.


- O senhor está enganado.


- Ah, essa é boa! - ironizou Daniel. - Dulce não o teria deixado freqüentar a casa dela se não estivesse apaixonada. E você não teria aceitado vir até aqui, se também não estivesse apaixonado por ela.


Daniel se recostou novamente na cadeira, sa­tisfeito ao notar que Christopher empalidecera. O amor, para alguns, era mesmo algo assustador.


- O senhor entendeu mal - insistiu Christopher, tentando manter a calma mesmo sentindo uma sensação de aperto no estômago. - O que existe entre mim e Dulce não tem nada a ver com amor. E se eu a magoar... Quando eu a magoar - ele corrigiu -, parte da culpa será sua.


Dizendo isso, saiu com passos firmes. Daniel continuou fumando seu charuto. Magoar-se era algo que fazia parte do amor, pensou consigo. Ain­da da assim, não pôde deixar de lamentar o fato de que sua preciosa menina sofreria um pouco ao longo do caminho. E sim, sabia que em parte a culpa era sua. Mas quando o rapaz parasse de teimar feito uma mula e a fizesse feliz... Ora, quem mais receberia o crédito por isso a não ser o astuto Daniel MacGregor?


Sorrindo, terminou de fumar o charuto enquanto repassava seus planos com a calma que somente um homem suficientemente vivido e sábio conseguia ter.


 


Dulce lamentou que a viagem até Hyannis hou­vesse deixado Christopher de mau humor. Algo que, segundo vinha notando, ainda não havia mudado mesmo depois de eles haverem retornado para Nova York havia uma semana.


Christopher era uma pessoa dificil. E ela aceitava isso. Agora que sabia tudo pelo que ele havia passado, e tudo que haviam feito a ele, não conseguia ver muita possibilidade de ele agir de modo diferente.


Para um homem com tanta sensibilidade, seria preciso um longo tempo até que fosse possível ele voltar a confiar em alguém. E talvez mais tempo ainda para se permitir sentir algo mais profundo por alguém.


Mas ela poderia esperar. Por mais que isso does­se. Não conseguia deixar de lamentar quando ele a deixava e partia de maneira súbita, ou quando ele se isolava, usando o trabalho como desculpa. Ultimamente, Christopher também havia adquirido o estranho hábito de tocar sax em horários inusi­tados, como se aquilo fosse uma espécie de desa­bafo que precisava ser posto para fora no exato momento em que algo o afligia.


 


 


Dulce tentou se convencer de que o trabalho devia estar causando problemas para ele, embora Christopher nunca mais houvesse falado a respeito dele com ela. Talvez ele imaginasse que ela não fosse capaz de compreender toda a angústia que envolvia o ato da criação artística. Embora isso a magoasse, convenceu-se de que seria melhor aceitar a opção e o silêncio de Christopher. Sempre havia conseguido mentir melhor para si mesma do que para os outros.


Seu próprio trabalho havia tomado um novo rumo e estava exigindo mais tempo e energia de sua parte. A reunião que ela havia tido antes de partir para Hyannis havia sido importantíssima, mas ela não a mencionara para ninguém. Talvez fosse um pouco de superstição de sua parte, concluiu ela, descendo do táxi diante de seu prédio, mas era assim que ela preferia agir. Não quisera contar nada a ninguém antes de ter certeza de que o negócio seria fechado. Mas agora tinha certeza.


Levando a mão ao peito, sentiu as batidas fortes de seu coração. Então ouviu seu próprio riso. Sim,agora tinha muita certeza, e mal podia esperar para contar para todo mundo.


Talvez até oferecesse uma festa para comemo­rar. Uma festa animada, com muita música e ri­sos. Ah, e também com champanhe, balões colo­ridos e caviar.


Como que já entrando no espírito da festa, subiu os degraus que levavam à entrada meio que dan­çando. Precisava ligar para seus pais, para o res­tante tante da família e também teria de contar a Anahí, para que as duas pudessem trocar um daqueles grandes abraços cheios de entusiasmo.


Mas primeiro, teria de contar a Christopher.


Respirando fundo, bateu com animação à porta do apartamento dele. Sabia que ele estava traba­lhando, mas isso era algo que não poderia esperar. Ele iria entender. Eles tinham de comemorar. To­mar champanhe no meio da tarde até ficarem zon­zos e depois fazer amor loucamente.


Quando a porta se abriu, um sorriso radiante iluminava o rosto dela.


- Olá! Acabei de voltar de uma reunião e você não vai acreditar no que aconteceu.


Christopher estava com a roupa amassada e a barba crescida. Lamentou o fato de que um simples olhar para Dulce pudesse fazê-lo esquecer completamen­te de sua peça.


- Estou trabalhando, Dulce.


- Eu sei. Sinto muito, mas é que acho que vou explodir se não contar a alguém. - Segurou o rosto dele entre as mãos. - De qualquer maneira, parece estar mesmo precisando de um descanso.


- Estou no meio da elaboração de uma cena importante... - Ele começou, mas Dulce continuou a falar.


- Aposto que ainda não almoçou. Por que não comemos sanduíches enquanto eu...


- Eu não quero nenhum sanduíche. - Christopher notou que o tom de sua voz se alterara, mas não se importou com isso. - Não tenho tempo para comer agora. Quero trabalhar.


- Mas você precisa se alimentar. – Abrindo a geladeira, Dulce começou a procurar algo que pudesse preparar para eles. Então ouviu Christopher subindo a escada.


- Oh, droga.- resmungou com um suspiro desanimado e foi atrás dele.


- Tudo bem, vamos esquecer o sanduíche. Pre­ciso apenas lhe contar como foi meu dia. Pelo amor de Deus, Christopher, este escritório está escuro feito uma tumba.


Instintivamente, ela foi até a janela, com a in­tenção de afastar as cortinas.


- Mas que droga, Dulce! Deixe as coisas como estão!


Ela parou de repente, soltando a cortina deva­gar. Notou que Christopher já havia sentado nova­mente diante do computador, voltando a se isolar do resto do mundo. Iluminado apenas pela lâm­pada sobre a mesa e com uma xícara de café dei­xada de lado, Christopher continuou a trabalhar, man­tendo-se de costas para ela.


Naquele momento, nada do que ela dissesse im­portaria para ele.


- Para você, é tão fácil me ignorar, não? - protestou Dulce, magoada.


Christopher manteve a mesma postura, recusando­se a se sentir culpado.


- Não é fácil. Mas, no momento, isso é necessário.


- Claro, você está trabalhando, e é mesmo muita ousadia de minha parte interromper um gênio cria­dor, não é mesmo? Alguém cujo trabalho grandioso eu simplesmente não tenho condições de entender.


Irritado, Christopher se virou para ela.


- Você consegue trabalhar com pessoas fazendo algazarra à sua volta, eu não.


- Não se trata disso - continuou Dulce, no mesmo tom indignado. - Você também já me ignorou em outras situações que não diziam respeito a trabalho.


Christopher empurrou o teclado para o lado.


- Não quero discutir com você, Dulce.


- Sim, claro. Tudo depende do seu estado de humor: se quer ficar comigo ou sozinho, se quer conversar ou ficar quieto, ou se quer me tocar ou me mandar embora.


A voz de Dulce revelou um tom definitivo que deixou Christopher apreensivo por um instante.


- Se isso não a estava agradando, deveria ter dito antes.


- Você tem razão. Está absolutamente certo. Pois agora isso não está me agradando, Christopher. Não gosto de ser tratada como se eu fosse uma pessoa inconveniente, à qual você só dá atenção quando isso o interessa. Não me agrada ver as­suntos que são tão importantes para mim sendo considerados como coisas menores diante da "grandiosidade" do seu trabalho.


- Dulce, pelo amor de Deus. Você quer mesmo que eu pare de trabalhar para ouvi-la falar como foi seu dia de compras enquanto comemos sanduíches?


Ela abriu a boca, mas fechou-a em seguida. Não sem antes emitir um breve som de mágoa.



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Autor(a): theangelanni

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- Desculpe-me. - Furioso consigo mesmo, Christopher ficou de pé. Dulce continuou olhando-o como se houvesse levado uma bofetada. - Estou tendo de me esforçar para conseguir terminar esse roteiro e estou impaciente por isso. - Passou a mão pelos cabelos ao notar que ela não tivera nenhuma reação. - Vamos lá para baixo. &nb ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2103



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  • dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42

    Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45

    amei!!! *-*


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