Fanfics Brasil - Um vizinho pefeito DyC [terminada]

Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]


Capítulo: 48? Capítulo

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CAPÍTULO XII


- Preciso achar esse sujeito e acertar algumas contas com ele - disse Grant Saviñon por entre os dentes, andando de um lado para outro da cozinha e lem­brando um dragão prestes a cuspir fogo.


- Isso não a faria parar de sofrer - salientou Gennie, afastando-se da janela de onde estivera observando a filha.


Notando a atitude impaciente e irritada do ma­rido, lembrou-se do homem por quem ela havia se apaixonado muitos anos antes. Grant ainda mantinha alguns traços do caráter incisivo da ju­ventude, só que permeados pelo charmoso ar da maturidade. Seu amor por ele havia mudado ao longo dos anos, mas não havia dúvida de que con­tinuava tão intenso quanto antes.


- Pelo menos iria fazer eu me sentir bem me­lhor - resmungou ele. - Vou sair para buscá-la.


- Não, você não vai. - Gennie pousou a mão sobre o braço dele, antes que ele passasse pela porta. - Deixe-a sozinha por algum tempo.


- Mas está ficando escuro - argumentou Grant, sentindo-se impotente.


- Dulce virá quando sentir que está pronta.


- Não sei se vou agüentar isso. Detesto ver a sombra de tristeza que Christopher deixou nos olhos dela.


- É preciso se ferir, antes de se curar. Ambos sabemos disso. - Gennie abraçou o marido e re­pousou a cabeça sobre o ombro dele. - Ela sabe que estamos aqui.


- Era mais fácil quando algum deles caía, se machucava e precisava de cuidados. Pelo menos sabíamos o que fazer.


Gennie sorriu.


- Não era o que você pensava na época. - Afas­tando-se um pouco, segurou o rosto dele entre as mãos. - Você sempre se feriu mais do que eles.


- Eu apenas queria aninhá-los no colo e fazer a dor passar. Como quero fazer com ela agora. Depois irei atrás do sujeito e acertarei as contas com ele.


- Também estou sofrendo por vê-la sofrer - confessou Gennie. Sorrindo, acrescentou: -- Se pu­desse, também quebraria o pescoço do "sujeito", como você diz. Mas sabemos que essas coisas não se resolvem assim.


Foi dessa maneira que Dulce os encontrou ao entrar na cozinha. Os dois abraçados diante da janela, fitando-se nos olhos.


Mais do que nunca, teve certeza de que era aquilo que ela queria para si. Havia sido criada em meio àquela atmosfera romântica e tranqüila, e não conseguia se imaginar criando seus próprios filhos em um ambiente diferente.


Aproximando-se devagar, abraçou-os ao mesmo tempo.


- Vocês têm idéia de quantas vezes na minha vida eu vim até aqui e os vi exatamente dessa ma­neira? E de quanto ,é bom poder ver isso de novo?


- Seus cabelos estão molhados - observou Grant, passando a mão por eles.


- Eu estava olhando as ondas se quebrando nas rochas. - Dulce o beijou. - Pare de se preo­cupar comigo, papai.


- Vou parar. Quando você estiver com cinqüen­ta anos. Talvez. - Ele pousou a mão sobre o rosto dela.


- Quer um pouco de café?


- Hum... não. Acho que vou tomar um banho quente e ir para a cama junto com um bom livro. Isso sempre funcionou para mim, quando eu era adolescente e passava por alguma crise.


- Naquele tempo, quando você estava em crise, era eu quem preparava seu banho - a mãe a lembrou.


- Então, por que quebrar a tradição?


- Não precisa fazer isso, mamãe.


- Ah, deixe que eu me intrometa um pouco também. Ou será que essa honra cabe apenas a seu pai? - Gennie sorriu, passando o braço pelos ombros da filha.


Com um suspiro, Dulce deixou que a mãe a con­duzisse em direção ao quarto.


- E eu que estava com esperanças de fazê-la desistir.


Gennie manteve o sorriso.


- Seu pai precisa ficar um pouco sozinho para ter tempo de andar de um lado para outro e xingar seu namorado.


- Ele não é meu "namorado" - protestou Dulce, quando as duas começaram a subir a ampla es­cada em caracol.


- Nunca foi.


- Você não é mais uma adolescente. - Com gentileza, Gennie virou Dulce de frente para ela quando os duas entraram no quarto que havia sido de Dulce.


- E isso não é uma crise.


Os olhos de Dulce se encheram de lágrimas mais uma vez.


- Oh, mamãe...


- Calma, minha querida.


Gennie a conduziu até a cama, ainda coberta com a colcha de retalhos coloridos preferida de Dulce, na época da adolescência. Sentando-se so­bre o colchão, Gennie fez um sinal para que a filha se sentasse ao lado dela. Quando Dulce obe­deceu, a mãe a abraçou.


- Eu quero odiá-lo. -- Aninhando-se no colo da mãe, Dulce começou a chorar.


 - Eu quero odiá­-lo - repetiu. -- Se pelo menos eu conseguisse deixar de amá-lo...


- Eu gostaria de poder lhe dizer que isso é possível, Dul. Eu realmente gostaria. Alguns ho­mens são tão difíceis. - Gennie embalou a filha enquanto falava: - Eu a conheço muito bem, mi­nha querida. Sei que se você o ama é porque deve haver algo nele que seja digno do seu amor.


- Ele é maravilhoso. Ele é insensível. Oh, ma­mãe... - Dulce voltou a chorar.


- Ele é igualzinho a papai.


- Oh, minha querida. Então, que Deus a ajude.


 - Com um sorriso, Gennie abraçou-a com mais força.


- Eu sempre adorei a história de vocês dois - falou Dulce, enxugando as lágrimas e voltando a se acalmar. - A história de como vocês se co­nheceram, quando seu carro quebrou em meio à tempestade e você ficou aflita, indo buscar ajuda no farol onde ele estava vivendo feito um eremita. E de como ele foi rude com você.


Dulce parou um instante para assoar o nariz em seu lencinho.


- Ele não via a hora de se livrar de mim - falou Gennie, rindo e afagando os cabelos da filha.


- Da maneira como ele conta, você pratica­mente invadiu o espaço dele. E ele ficou aborrecido porque você era linda e estava toda encharcada. - Dulce suspirou, observando os traços clássicos do semblante da mãe, emoldurados pelos belos cabelos negros.


- Você é tão linda, mamãe.


- Você tem meus olhos -- afirmou Gennie, com seu costumeiro tom gentil. - Isso é que faz com que eu me sinta bonita.


Dulce sorriu.


- Não fomos feitos um para o outro. Christopher e eu. Ele é tão conservador e vive tão absorto no trabalho... Não que ele não tenha bom humor, mas o humor dele é diferente do meu, entende? - Ficou de pé com um suspiro e caminhou até a janela, para ver a lua se refletindo sobre as águas além da casa. -- Às vezes, ele é incrivel­mente charmoso, surpreendente e encantador. Mas é tão temperamental que nunca sei como vai estar o humor dele quando nos encontrarmos de novo. Junto a isso, há também uma incrível sen­sibilidade que o faz sentir medo de confiar nos outros, de sentir algo mais intenso por alguém. Mas basta ele me tocar para eu me esquecer do resto do mundo...


- Oh, meu Deus. Ele é realmente igualzinho a seu pai. Dul, precisa fazer o que é melhor para você. Mas se o ama tanto assim, talvez nunca con­siga ser feliz sem antes tentar acertar essa situação.


- Ele acha que sou uma inconseqüente - Dulce retomou o tom indignado, levando Gennie a sorrir com sabedoria. - E que meu trabalho é menos importante do que o dele só porque é diferente. Ele não confia em mim. Em um minuto me manda embora do apartamento dele, e no outro age como se não conseguisse ficar longe de mim. - Virou-se de repente, pronta para fazer mais algumas re­clamações, mas se espantou ao ver a mãe sorrindo.


- O que foi?


- Como conseguiu encontrar outro homem como esse? Pensei que eu tivesse o único do mundo - disse Gennie.


- Vovô o encontrou.


O sorriso de Gennie adquiriu um ar mais sagaz.


- Oh. - Ela arqueou uma sobrancelha perfei­ta. - É mesmo? Não me diga...


Pela primeira vez naquelas últimas vinte e qua­tro horas, Dulce começou a rir.


 


Christopher resmungou algo, guardando o sax de volta na maleta. Mulheres, pensou. Conseguiam afetar tanto um homem que não o deixavam em paz nem mesmo para tocar seu instrumento pre­ferido ferido e liberar sua frustração. Como se não bas­tasse, também não estava conseguindo trabalhar.


Passara a maior parte do dia olhando para a tela do computador, indo até a janela ou ameaçando ba­ter à porta do apartamento de Dulce. Isso até final­mente perceber que ela não se encontrava mais lá.


Ela o havia deixado. O que, provavelmente, fora a atitude mais sensata que ela tomara desde que o conhecera. Após o primeiro momento de aflição, Christopher ponderara um pouco mais a respeito da situação e chegara à conclusão de que a melhor coisa que poderia fazer para ambos seria ir em­bora antes que ela voltasse para casa.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2103



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  • dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42

    Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45

    amei!!! *-*


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