Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]
Voltaria para Connecticut na manhã seguinte. Achava que poderia agüentar pedreiros, encanadores, eletricistas e quem mais estivesse reformando a casa por mais algumas semanas. Mas não conseguiria agüentar ficar ali, morando bem em frente ao apartamento da mulher que ele amava e que perdera devido à sua idiotice.
Tudo que Dulce lhe dissera fora a mais completa verdade, e ele não tivera nenhuma defesa contra isso.
- Vou ficar fora durante algum tempo, André.
O pianista olhou para ele através da neblina formada pela fumaça dos cigarros.
- É mesmo?
- Vou voltar amanhã para Connecticut.
- Hum-hum. Levou um fora da garota? - perguntou André. Esticando-se para olhar as costas de Christopher, acrescentou:
- Por acaso é um rabo isso que estou vendo entre suas pernas, meu caro?
Christopher pegou a maleta, forçando um riso.
- Nos veremos por aí.
- Vou continuar bem aqui. É só me procurar.
Quando Christopher se virou de costas para ele, André esticou o pescoço e fez um sinal para a esposa, então apontou o polegar na direção do amigo. Entendendo a mensagem, Delta se dirigiu à saída pelo outro lado.
- Está saindo mais cedo hoje, meu querido?
- Preciso arrumar algumas coisas porque vou viajar cedo amanhã. Vou voltar para Connecticut.
- Vai voltar às origens? - Delta sorriu, passando o braço por dentro do dele. - Bem, então vamos tomar um drinque de despedida, porque vou sentir falta dessa sua carinha bonita.
Christopher riu.
- Também vou sentir da sua.
- Aposto que não só da minha - disse ela, o mostrando dois dedos ao barman. - Aquela garota linda acendeu o blues em sua alma, mas você não está conseguindo transmitir isso a seu sax, não é mesmo? Ainda não foi dessa vez?
- Não, não foi. - Christopher levantou o copo, em um brinde. - Está terminado.
- Mas por quê?
- Porque ela disse que está - respondeu ele, tomando a bebida de um único gole. Delta riu com charme.
- E desde quando os homens passaram a aceitar esse tipo de situação?
- Quando a mulher está sendo absolutamente sincera, não há o que argumentar.
- Christopher Uckermann, não estou acreditando no que estou ouvindo...
- Você é mesmo um idiota - acrescentou, em um tom afetuoso.
- Sem argumentos, Delta. Por isso acabou. Eu estraguei tudo, e agora preciso aprender a conviver com isso.
- Se foi você quem estragou, será você quem terá de consertar.
- Quando se magoa uma pessoa tanto quanto eu magoei Dulce, ela passa a ter o direito de não querer lhe ver mais.
- Meu querido, quando se ama uma pessoa tanto quanto eu sei que você a ama, você passa a ter direito de agir, ainda que tenha de se ajoelhar e implorar pelo amor dela. - Delta fitou-o bem nos olhos.
- Você a ama tanto assim?
Christopher olhou para o copo de uísque deixado sobre o balcão.
- Nem eu mesmo sabia que a amava tanto. Nunca imaginei que eu fosse capaz de amar tanto.
- Ah, meu amigo... - Delta o beijou no rosto.
- Então o que está esperando para ir atrás dela?
Christopher balançou a cabeça negativamente, como se aquele assunto estivesse encerrado para ele. Dando um beijo de despedida na amiga, encaminhou-se para a saída e voltou a pé para casa.
Delta estava errada, disse a si mesmo. Às vezes, não havia como consertar um erro. Que motivo teria Dulce para aceitá-lo de volta? Ainda trazia na lembrança a imagem da sombra de tristeza que surgira naqueles olhos verdes quando ele demonstrara desconfiança quanto ao caráter dela.
Não tinha o direito de pedir a ela que o ouvisse, depois da maneira como agira. Ajoelhar-se e implorar talvez fosse pouco dessa vez.
Para seu espanto, só se deu conta de que havia começado a correr quando chegou ofegante ao apartamento de Anahí. Levado por um impulso, começou a bater à porta.
- Pelo amor de Deus, o que é isso?
Depois de verificar quem era através do olho mágico, Anahí abriu a porta e fechou o robe com mais firmeza em torno de si. Se Chuck não dormisse feito uma pedra, ela não teria de ter saído correndo, antes que o barulho acordasse o bebê.
- Já passa da meia-noite - disse ela. - Ficou maluco?
- Onde ela está, Anahí? Para onde ela foi? Anahí torceu o nariz, levantando o queixo com um ar de dignidade dificil de ser sustentado naquele robe todo estampado com gatinhos cor-de-rosa.
- Você bebeu?
- Tomei um drinque - respondeu Christopher. - Mas não estou bêbado. - De fato, ele nunca se sentira tão sóbrio, ou tão desesperado.
- Onde está Dulce?
- Como se eu fosse lhe dizer isso, depois de você haver arrasado o coração dela. Volte para sua toca - Anahí apontou corredor com dramaticidade -, antes que eu acorde Chuck e algumas outras pessoas por aqui. Elas vão querer matá-lo quando souberem o que você fez. - Os lábios dela se tornaram trêmulos.
- Todo mundo adora Dulce.
- Eu também a adoro.
- Sim, claro. E por isso a fez chorar como nunca. Christopher fechou os olhos por um instante, lamentando o que havia feito.
- Por favor, diga-me onde ela está.
- E por que eu deveria?
- Porque eu quero ir até lá, me ajoelhar e dar a ela chance de me chutar enquanto eu estiver abaixado - respondeu ele, no mesmo tom dramático.
- Para que eu possa implorar. Vamos, Anahí, me diga onde ela está. Eu preciso ver Dulce.
Anahí estreitou o-olhar, examinando-o com cuidado. Ao ver a sombra de desespero nos olhos dele, pareceu ceder um pouco.
- Você a ama de verdade?
- Tanto que me conformarei e irei embora para sempre se ela não me quiser. Mas primeiro preciso vê-la.
Anahí levou a mão ao peito. O que uma mulher romântica poderia fazer em uma situação como aquela senão suspirar?
- Ele está na casa dos pais, em Maine. Vou anotar o endereço para você.
Tomado por uma onda de alívio, e de gratidão, Christopher fechou os olhos mais uma vez, antes de beijá-la no rosto.
- Obrigado, Anahí.
- Mas se você a magoar novamente - falou ela, enquanto anotava o endereço no papel -irei procurá-lo até no fim do mundo, para matá-lo com minhas próprias mãos!
Christopher riu.
- Não se preocupe. Não terá de fazer isso. - Lembrando-se do que Dulce havia dito, ele acrescentou: - Você está mesmo...
Anahí franziu o cenho, confusa, então sorriu e levou a mão ao ventre.
- Sim, estou. O nascimento está previsto para acontecer no Dia dos Namorados. O não é perfeito?
- É maravilhoso. Meus parabéns. - Christopher guardou no bolso o papel que ela lhe entregou. - Obrigado - agradeceu mais uma vez e beijou-a no rosto antes de sair.
Anahí ficou algum tempo ali, parada com ar sonhador.
- Sim... - murmurou, enquanto fechava a porta.
- Aí vai mais um encontro fora de qualquer escala. - Cruzando os dedos, sussurrou: - Boa sorte, Dulce.
- MacGregor - disse Grant, por entre os dentes, com um brilho de fúria no olhar.
- Raposa bisbilhoteira.
Aquele era apenas mais um dos termos que ele inventara para se referir a Daniel, desde que a esposa havia contado a ele sobre os planos casamenteiros do patriarca da família em relação a Dulce, na noite anterior.
Gennie riu. Sabia que, no íntimo, seu marido adorava Daniel MacGregor.
- Pensei que fosse "velho alcoviteiro" - disse ela.
-- Isso também. Se ele não estivesse com pelo menos seiscentos anos, juro que eu chutaria aquele traseiro dele.
- Grant. - Gennie deixou de lado o esboço que estava fazendo e olhou para ele.
- Você sabe que ele faz isso por amor.
- Mas não funcionou, funcionou?
Gennie começou a falar, mas se interrompeu ao ouvir o motor de um carro se aproximando.
Experimentando uma súbita onda de expectativa advinda de sua intuição feminina, respondeu:
- Não tenha tanta certeza disso.
- Quem diabos pode ser? - perguntou Grant, demonstrando mais uma vez a reação que costumava ter quando alguém ousava invadir seu território.
- Se for outro daqueles repórteres, vou pegar a arma.
- Você não tem uma arma.
- Então vou comprar uma.
Sem conseguir conter o riso, Gennie ficou de pé e o abraçou.
- Oh, Grant, eu te amo.
A delicada proximidade de Gennie agiu sobre ele como o sol despontando por trás de uma nuvem escura e invadindo-a sem hesitar.
- Geneviève - murmurou ele, chamando-a pelo nome completo, como costumava fazer em momentos mais íntimos. - Diga, a quem quer que seja, que vá embora e que nunca volte.
Gennie manteve os braços em torno do pescoço dele e a cabeça repousada sobre seu ombro, enquanto ouvia o possante motor do carro se aproximar cada vez mais.
- Acho que isso dependerá de Dulce.
- O quê? - Grant virou-se para a janela no mesmo instante, observando a estrada com ar desconfiado. A estrada que Gennie vivia lhe pedindo para ele mandar reparar.
- Acha que é ele? Ora, ora... - Teria saído de imediato, se a esposa não o houvesse detido. - Parece que vou poder chutar um traseiro afinal.
- Comporte-se.
- Uma ova que vou me comportar. Ela sorriu.
- Venha. Vamos para a varanda - disse, segurando a mão dele.
Autor(a): theangelanni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2103
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dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42
Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D
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jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53
Q mara posta a nova logo...adoreiiii
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jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52
Q mara posta a nova logo...adoreiiii
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45
amei!!! *-*
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43
amei!!! *-*
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40
amei!!! *-*
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26
amei!!! *-*
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50
amei!!! *-*
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48
amei!!! *-*
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natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45
amei!!! *-*