ANAHI
— Any, querida, o que posso fazer para ajudar?
O que ele poderia fazer? Se não sentisse que estava morrendo, Anahí teria rido. O que Alfonso podia fazer era desaparecer. Uma mulher não gostava de ser vista assim por um homem. Suada, os cabelos emaranhados, pondo tudo para fora...
Dor contraiu sua barriga, e ela abaixou-se para dar vazão ao espasmo. No momento que terminou, balançava sobre os pés. Alfonso a apoiou gentilmente contra seu corpo. Vá embora, pensou ela desesperada, vá embora.
Mas se sentia tão bem contra o corpo forte e firme... Tão confortável... Tremendo de frio, absorveu o calor do corpo másculo.
— Any?
A voz dele era repleta de preocupação. Anahí queria tranquilizá-lo, dizer-lhe que contraíra a virose de Yara, mas antes que pudesse falar, uma nova onda de náusea a fez inclinar-se sobre o vaso.
Quando endireitou o corpo desta vez, sabia que os espasmos tinham acabado.
— Estou bem agora - murmurou com fraqueza.
Estendeu o braço para puxar a descarga, mas Alfonso fez isso no seu lugar. Anahí sentiu-se enrubescer. Que situação embaraçosa! O fato de Alfonso vê-la daquele jeito, quando ela orgulhava-se de sua independência, quando isso era uma das coisas que o atraíra nela...
Não que Anahí ainda se importasse com isso. Não importava se Alfonso estava atraído por ela ou não. Entretanto...
— Aqui disse ele gentilmente.
E levou um copo de água aos lábios dela. Anahí queria lhe dizer que não precisava de ajuda, mas isso seria mentira. Então, pôs a água na boca, bochechou e cuspiu. Fez isso duas vezes, antes de lavar o rosto.
— Melhor? - Ela assentiu.
— Sim. Obrigada. Mas agora você pode mesmo ir. Ficarei...
— Não me diga o que posso fazer - interrompeu Alfonso. Então, ergueu-a nos braços e carregou-a para o quarto. - Sei exatamente o que posso fazer. O que vou fazer. Vou começar colocando-a na cama e chamando o médico, goste você ou não.
— Não. Eu não preciso... -
Anahí seguiu o olhar dele para a cama, suspirando de alívio ao ver que Daniel ainda estava dormindo. Alfonso se dirigiu para porta. - Para onde você está me levando?
— Não se preocupe. Voltarei para o bebê depois que acomodar você.
— Mas...
Discutir não adiantaria, ela sabia. Uma vez que Alfonso tomava uma decisão, nada o detinha. Anahí não teve escolha senão por os braços ao redor do pescoço dele e deixá-lo carregá-la ao longo do corredor. Quando uma porta foi aberta e ela viu que aquele era o quarto de Alfonso, uma onda de excitação a percorreu, mesmo estando doente. Não ia lá havia muito tempo, mas o quarto parecia igual.
Grande, masculino. Um reflexo perfeito do homem que um dia fora seu amante.
Enquanto ele a carregava para a cama e a colocava contra os travesseiros, ela pensou em quantas vezes Alfonso fizera aquilo nos meses que eles haviam passado juntos.
— Alfonso. Espere...
Tarde demais. Ele havia saído, voltando segundos depois com Daniel nos braços. O coração de Anahí parou de bater por um instante. Seu filho, nos braços poderosos do pai. A visão lhe causou um nó na garganta. Alfonso entregou-lhe Daniel, enquanto unia duas poltronas, uma de frente para outra, os braços altos formando paredes de um berço improvisado. Então pegou o bebê ainda adormecido do colo dela, colocou-o gentilmente no berço improvisado e cobriu-o com uma manta de cashmere.
— Tudo bem? - perguntou ele, olhando-a. Anahí sorriu.
— Perfeito. Obrigada.
Ele assentiu. Estudando-a, arqueou as sobrancelhas.
— Você está ensopada.
Anahí olhou para si mesma. Sua camisola de algodão grudava na pele com o suor. Enrubescendo, puxou as cobertas até o queixo. A cama tinha o aroma de Alfonso: másculo, limpo... maravilhoso. Ela olhou para cima, pronta para lhe dizer que não podia ficar lá, mas ele já havia saído de novo. É claro. Alfonso tinha feito tudo que podia... apoiado-a quando ela estava passando mal, cuidado do bebê...
— Sente-se.
Anahí ergueu a cabeça em surpresa. Ele segurava uma bacia de água, uma toalha e uma de suas camisetas.
— Dante. Honestamente...
Anahí mmurmurou — Relaxe, querida. Deixe-me cuidar de você.
Não, pensou ela. Não podia fazer isso.
Nem mesmo por aqueles preciosos momentos. Não poderia permitir-se sucumbir à magia dele novamente. Alfonso era gentil, generoso, e o homem mais lindo que já vira, mas nunca poderia haver mais do que isso.
O pano úmido acariciou seu rosto. A sensação foi maravilhosa. A proximidade dele era maravilhosa. Suspirando, Anahí fechou os olhos e cedeu. Deixou-o banhar-lhe o rosto e o pescoço. Deixou-o descer as alças de sua camisola e passar o pano úmido em seus ombros, seus braços...
Na curva superior de seus seios.
A respiração de Alfonso acelerou. Assim como a sua. Ela abriu os olhos. Encontrou os olhos azuis ardentes...
— Any - sussurrou ele com voz rouca.
Alfonso nunca a tinha chamado assim até hoje. Parecia incrivelmente íntimo. E quando as mãos quentes tocaram seus seios, Anahí gemeu de prazer. Iria morrer por isso. Por desejá-lo. Por precisar tanto dele.
Alfonso sussurrou seu nome novamente, roçou o polegar contra seu mamilo, rígido sob a camisola. Inclinou a cabeça, aproximou-se mais...
Um chorinho fino quebrou o silêncio. Era Daniel. Seu filho chorou mais alto.
— O bebê - sussurrou ela.
Alfonso se afastou, tirando às mãos de seu corpo.
— Levante os braços - ordenou, e quando Anahí fez isso, ele removeu-lhe a camisola pela cabeça, olhando apenas para o rosto dela, e vestiu-lhe a camiseta.
Em segundos estava pondo o bebê em seus braços.
Anahí abraçou o filho. Daniel chorava como se não tivesse mamado em seu peito apenas três horas atrás. Ela sorriu para o seu garotinho, abaixou o decote largo da camiseta e ofereceu-lhe o seio. Fez aquilo sem pensar... amamentava-o desde o dia que Daniel nascera...
Mas agora na frente do homem que lhe dera aquele bebê.
Alfonso emitiu um pequeno gemido, fazendo-a olhar para cima. Os olhos dele estavam fixos no bebê, a mãozinha no seio dela, a pequena boca no mamilo. Uma sensação poderosa a fez tremer. Anahí sussurrou o nome de Alfonso. Eles se entreolharam por um momento, então ele abaixou-se, segurou-lhe o rosto e lhe deu um beijo sedento.
Depois partiu.
Queridas perdão pela demora,espero que gostem da mini-maratona..
Provavelmente estes são os últimos capa do ano :( não vou da certeza mas talvez eu ainda poste algum antes do ano acabar(talvez) mas se não acontecer quero desejar a tds um feliz natal e um próspero ano novo que Deus ilumine vcs acada dia mais,equero agradecer por vcs sempre estarem presente acompanhando e comentando estas historias maravilhosas,que não são se minha autoria mas fico muito feliz de dividir com vcs e fazer do Bosso trauma(ponny) mas presente através das adaptações em fim muitos bjos a tds e boas festas, leiam muito e sem moderação RS :*