Fanfic: 50 tons de cinza, 50 tons mais escuros, 50 tons de liberdade(Adaptada) Mayte & Christian | Tema: Chaverroni Romance/Hot

— Eu sei, Mai. Só achei que, se eu pudesse beijá-la, você talvez começasse a gostar de mim.

— José, gosto muito de você, você é muito importante para mim. É como o irmão que eu nunca tive. Isso não vai mudar. Você sabe disso.

É chato decepcioná-lo, mas é a verdade.

— Então você agora está com ele? — Seu tom é cheio de desdém.

— José, não estou com ninguém.

— Mas passou a noite com ele.

— Isso não é da sua conta!

— É o dinheiro?

— José! Como você se atreve! — grito, espantada com sua audácia.

— Mai — choraminga ele, se desculpando ao mesmo tempo.

Não consigo lidar com uma crise de ciúme neste momento. Sei que ele está magoado, mas pensar em Christian Chavez já é o suficiente.

— Talvez a gente possa tomar um café ou qualquer outra coisa amanhã. Eu ligo para você. — Tento ser conciliadora. José é meu amigo, e gosto muito dele. Mas, no momento, não preciso disso.

— Então, amanhã. Você me liga? — Seu tom esperançoso me aperta o coração.

— Ligo... boa noite, José. — Desligo, sem esperar por resposta.

— O que foi isso? — pergunta Anahí, com as mãos nos quadris.

Decido que honestidade é a melhor política. Ela está mais intratável que nunca.

— Ele tentou me beijar na sexta-feira.

— José? E Christian Chavez? Mai, seus feromônios devem estar fazendo hora extra. O que aquele idiota estava pensando? — Ela balança a cabeça com desgosto e volta a empacotar seus pertences.

Quarenta e cinco minutos depois, fazemos uma pausa no trabalho de embalagem para experimentar a especialidade da casa: minha lasanha. Anny abre uma garrafa de vinho, e nos sentamos em meio às caixas, comendo, bebendo vinho barato e assistindo a bobagens na tevê. Isso é a normalidade. Algo que dá muita segurança e é bem-vindo depois das últimas quarenta e oito horas de... loucura. Faço minha primeira refeição sem pressa, em paz e sem pressão nesse tempo todo. Qual é o problema dele com a comida? Anny tira os pratos, e acabo de embalar as coisas da sala. Sobrou o sofá, a tevê e a mesa de jantar. De que mais poderíamos precisar? Só falta embrulhar as coisas da cozinha e dos quartos, e temos o restante da semana.

O telefone toca de novo. É Alfonso. Anny me lança uma piscadela e vai saltitante para o quarto, como se tivesse quatorze anos. Sei que ela devia estar redigindo o discurso de formatura, mas parece que Alfonso é mais importante. O que esses Chavez têm? O que os torna totalmente perturbadores, atraentes e irresistíveis? Bebo mais um gole de vinho.