Fanfic: 50 tons de cinza, 50 tons mais escuros, 50 tons de liberdade(Adaptada) Mayte & Christian | Tema: Chaverroni Romance/Hot

— MAS EU fotografo paisagens, May, não pessoas — reclama José.

— José, por favor? — imploro. Ando de um lado para o outro na sala do nosso apartamento, agarrada ao celular, observando pela janela a luz do dia que vai morrendo.

— Dá aqui esse telefone.

Anny toma o aparelho de mim, jogando o sedoso cabelo louro-avermelhado por cima do ombro.

— Escute aqui, José Rodriguez, se quiser que o nosso jornal faça a cobertura da inauguração da sua exposição, você vai ter que tirar essas fotos para a gente amanhã, capiche? — Anny pode ser assombrosamente severa. — Ótimo. May vai ligar dizendo o local e a hora da sessão. Vemos você amanhã.

Ela desliga o meu celular.

— Pronto. Tudo que precisamos fazer agora é decidir o local e o horário. Ligue para ele. — Ela me estende o telefone. Meu estômago revira. — Ligue para Chavez, agora!

Olho de cara feia para ela e pego o cartão dele no bolso. Respiro fundo, acalmando-me e, com dedos trêmulos, teclo o número.

Ele atende no segundo toque. Seu tom é seco, calmo e frio.

— Chavez.

— Hum... Sr. Chavez? É Mayte Perroni.

Não reconheço minha própria voz. Estou muito nervosa. Há uma breve pausa. Estou tremendo por dentro.

— Srta. Perroni. Que bom falar com você.

O tom de voz dele mudou. Está surpreso, eu acho, e parece muito... caloroso — sedutor até. Minha respiração fica entalada, e enrubesço. De repente, tomo consciência de que Anahí Portilla está me olhando boquiaberta, e corro para a cozinha para evitar sua indesejada avaliação.

— Hum... nós gostaríamos de combinar a sessão de fotos para o artigo. — Respire, May, respire. Encho um pouco os pulmões, a respiração entrecortada. — Amanhã, se possível. Onde seria conveniente para o senhor?

Quase consigo ouvir seu sorriso enigmático pelo telefone.

— Estou no Heathman, em Portland. Pode ser amanhã às nove e meia da manhã?

— Tudo bem, nos vemos lá. — Meu tom é completamente efusivo e ofegante. Pareço uma criança, não uma mulher adulta que pode votar e beber legalmente no estado de Washington.

— Estou ansioso para isso, Srta. Perroni.

Visualizo o brilho malicioso em seus olhos. Como ele pode fazer uma promessa tão tentadora com apenas seis palavrinhas? Desligo. Anny está na cozinha e me encara com um olhar de total e absoluta consternação.

— Mayte Perroni. Você gosta dele! Nunca vi nem ouvi você tão... tão encantada com alguém antes. Está até vermelha.