Fanfic: Um amor quase impossível. | Tema: Web Novela

Domingo, 21 de novembro. 13:00H

         THIAGO ORTIZ P.O.V

Acordei com o meu celular tocando e quando fui tirar ele do bolso acabou parando. Senti a Bia se mexer, mas estava tentando fazer o máximo para que ela não acordasse. Me levantei do sofá e fui em direção a porta que dava para o quintal. No visor do celular estava aparecendo uma ligação perdida do meu empresário. Retornei para ele na hora.

Demorou uns 2 minutos para que ele atendesse.

Inicio da ligação:

Rafael: Po, Thiago. Tá de sacanagem comigo? Era pra voce estar essa hora aqui para resolver o lance da batida da música e essas coisas.

Thiago: Foi mal, eu esqueci.- falei passando a mão pela minha nuca.

Rafael: Esqueceu? Vou esquecer de lançar teu CD também. Apareça aqui 14:00 em ponto.- ele desligou o telefone na minha cara.

O Rafael ele era muito maneiro, era como um pai para mim, mas quando ele estava certo e estressado sempre agia assim. Eu tinha que ter uma paciência enorme com ele.

Peguei minhas coisas e dei um beijo na testa da Bia que estava em um sono profundo. Eu queria muito passar meu domingo com ela, mas não dava. Eu estava super atrasado para as coisas do estúdio.

Entrei no carro e respirei fundo antes de dar a partida. Liguei o carro e fui á caminho de casa para tomar banho e me arrumar, e tentar comer algo.

BEATRIZ LINS P.O.V

Estiquei-me no sofá e não senti a presença do Thiago do meu lado. Abri os olhos rapidamente e realmente, ele não estava do meu lado. Olhei para o meu celular e havia uma mensagem dele. Logo apertei para que abrisse e visse o que estava escrito.

``Amor do bf, não pude ficar contigo para aproveitar o domingo. O meu empresário me ligou estressado, eu acabei esquecendo da reunião para resolvermos as coisas da batida da música. Amanhã eu te busco no colégio e saímos para ir ao shopping. Beijos, te amo e bom domingo.``

Olhei aquela mensagem e dei um sorriso, ele sabia ser fofo. Ele sabia me tratar de um jeito como ninguém me tratava.

Me levantei e tentei catar as meninas. Logo abri a porta do quarto e a Jéssica com o Felipe estavam em um sono profundo. Fechei a porta devagarinho e fui até a cozinha para ver se tinha algo para fazer de almoço.

Nathalia: Oi, feiosa Bom dia!.- Nathalia me cumprimentava.

Beatriz: Bom dia, meu anjo.- dei um beijo em sua bochecha.

Nathalia: Vai fazer o que?

Beatriz: Estou tentando achar as coisas para fazer um almoço, para que não termos que ir á rua, porque hoje os restaurantes vão estar lotados.

Demoramos para achar as coisas, mas logo colocamos nossa mão a massa. Resolvemos preparar um estrogonoff. Nathalia fazia o arroz, enquanto eu cortava a carne para fazer o strogonoff.

O pessoal foi levantando de um em um, quando vimos já estávamos todos na cozinha conversando e arrumando a mesa para o almoço.

Eric: Cadê o Thiago?- perguntou confuso.

Beatriz: Teve que ir resolver algumas coisas do trabalho dele.- respondi com uma voz de tristeza.

Bruna: Poxa, ele é tão maneiro, zoa com todo mundo.- disse pondo a jarra de suco na mesa.

Colocamos as panelas em cima da mesa e arrumamos. Sentei-me a mesa e cada um tirou sua comida.

Felipe: Valeu pela ajuda ontem, Bea.- Felipe me agradecia pelo banho gelado.

Dei um sorriso fraco e continuei a comer. Eles todos estavam conversando sobre várias coisas, eu estava na minha, ainda estava chateada pelos pensamentos que a Jéssica teve sobre mim. Bruna ofereceu-se para lavar a louça. Peguei minha blusa que o Felipe tinha molhado ontem, troquei ela e pus em cima da cama dele. Sentei-me no sofá e liguei a tv.

Victoria: Ei, amor. O que houve?- Vic perguntava acariciando meus cabelos.

Beatriz: Nada, meu anjo.- respondi com minha atenção voltada a tv.

Victoria: Ei-ela virou meu rosto para que nossos olhares se encontrassem- Você tem algo e quero que me conte agora.

Respirei fundo.

Beatriz: Eu estou chateada com a Jéssica, ontem quando ela entrou no banheiro, ela disse com um tom de deboche para mim e o Eduardo dizendo que já entendia a nossa brincadeira no banho. Sendo que ele me puxou sem querer e o pior de tudo, ele estava bêbado, nem sabia o que estava fazendo e muito menos falando.

Victoria: Ah, Bia. Você sabe, ela estava estressada, ele a chamou de piranha na frente de todo mundo. Eu tive que sentar e conversar com ela. Ele estava bêbado, mas acabou ferindo os sentimentos dela e ela desculpou ele numa boa.- ela me explicava tudo nos mínimos detalhes.

Beatriz: E precisava descontar em mim?- falei com os olhos cheios d`água.

Ela apenas me abraçou forte e pediu para que eu entendesse o lado da Jéssica também. Nos desfizemos do abraço e ela foi até o pessoal que estava na cozinha.

Felipe: Borá, que eu vou levar vocês em casa.- disse.

Me levantei e peguei minhas coisas, fui até o caminho calada sem falar nenhuma palavra. Chegamos no portão de casa e me despedi do pessoal.

Peguei a chave do portão e deixei aberto para que a Jéssica pudesse entrar. Fiquei apertando o botão do elevador toda hora para ver se ele chegava mais rápido. Demorou uns 10 segundos para que ele chegasse e eu logo entrei. Apertei o botão do 4º andar e não demorou muito para que chegasse.

Abri a porta de casa e minha mãe estava na sala almoçando. Apenas dei um oi seco para ela e fui em direção ao meu quarto. Joguei minhas coisas em cima da mesa do computador e me joguei na cama.

Jéssica: Posso saber por que você está assim?- me perguntou colocando suas coisas em cima da cama dela e sentando do meu lado.

Beatriz: Pelas palavras que você disse no banheiro ontem.

Jéssica: Desculpa, eu assumo que eu errei. O Felipe falou um monte pra mim ontem e eu acabei descontando em você, coisa que não era pra acontecer. Mil perdões.- ela me abraçou e pude sentir seu choro molhando a alça da minha blusa.

Abracei ela com uma certa força e logo levei meu dedo polegar até seu rosto e limpando-o as lágrimas que existiam em cair.

Beatriz: Ele errou e ele vai reconhecer isso.

Jéssica: Não vai não, ele é cabeça dura. Ele acordou hoje como se nada tivesse acontecido, Bia. E você ainda acha que ele vai reconhecer o erro dele?- ela falava enxugando seu rosto.

Beatriz: Ele não se lembra de nada, conversa com ele e diz o que aconteceu ontem.

Jéssica: Ok.

Ela levantou-se da minha cama e foi arrumar as coisas dela. Nosso domingo foi assim pra baixo e muito chato....

Segunda, 22 de novembro. 06:10H

Acordei o despertador do meu celular berrando. Logo apertei o botão para desligar. E me levantei, fiquei sentada na beira da cama coçando meus olhos e tentando mandar a preguiça embora. Minha mãe na altura do campeonato já tinha ido trabalhar há muito tempo.

Beatriz: Jéssica?-balancei ela fazendo com que ela acordasse.

Jéssica: Oi-murmurou-

Beatriz: A escola nos chama.

Tomei um banho demorado de 15/20min e pus minha calça e minha blusa do colégio. Calcei o tênis e fiz um coque mal feito no meu cabelo. Peguei minha mochila que estava dentro do meu ármario e coloquei lá o caderno correspondendo a matéria que teria no dia, passei um lápis de olho e um rímel e fui tomar café. Tomei um suco de laranja gelado acompanhado de um bolo de cenoura maravilhoso.

Jéssica: Vamos?

Beatriz: Não vai tomar café?- perguntei com a boca cheia de bolo.

Jéssica: Não, bobona.-riu- Vamos logo que as meninas daqui a pouco estão passando aqui na rua para irmos juntas.

Limpei minha boca com o guardanapo e fui em direção a porta. Peguei a chave e tranquei. Ficamos aguardando o elevador chegar e não demorou muito. Logo quando saímos do elevador, o Gael (um vizinho nosso que era lindo) deu bom dia para gente.

Victoria me mandou uma mensagem dizendo que já estava no portão do prédio. Fomos até a portaria do prédio e elas já estavam lá.

Nathalia: Bom dia para você que acordou derrotada.- ela falava com uma voz de ressaca.

Bruna: Isso que dá beber, por isso nem bebo.- retrucou

Jéssica: Não começa com o seu discursso, Bruna.

Pegamos o primeiro ônibus que pudessemos enxergar e fomos o caminho todo conversando. Menos a Nathalia que acabou cochilando.

Demorou uns 20 minutos para chegarmos na porta do colégio. Não era tão longe assim. Acordei a Nathalia com uma certa delicadeza e descemos do ônibus.

A primeira aula era de mátematica e eu não queria aguentar aquela professora chata colocando cálculos e mais cálculos no quadro. Cheguei e sentei com as meninas lá trás. Fiquei mexendo no celular a aula inteira.

O sinal bateu e a próxima aula seria de português. A professora era super legal e só seria 40 minutos de aula, fizemos uma atividade lá em grupo e, é claro que eu tinha feito com as meninas. Nosso trabalho foi o melhor da sala. A professora nos liberou e nem iríamos pegar a hora do intervalo.

Nathalia: Vão pra onde hoje?- perguntou olhando a hora no celular.

Beatriz: O Thiago disse que iria vir me pegar aqui na escola para darmos uma volta no shopping.- respondi e em seguida aproximei minha boca do bebedoura para dar mais um gole.

Nathalia: Então, mais tarde nós vemos o que vamos fazer, ok?

Elas se despediram de mim e foi até a saída da escola. Peguei meu celular e liguei para o Thiago, para ver se ele realmente iria vir me buscar.

INÍCIO DA LIGAÇÃO:

Thiago: Oi, Bea- ele falou com uma voz suave.

Beatriz: E aí, vai me pegar aqui na escola?- perguntei.

Thiago: Vou sim, tem algum problema meu primo ir?

Beatriz: Claro que não. Vou ficar te esperando.

Thiago: Ok, daqui alguns minutos eu to chegando.- nos despedimos e desligamos.

Me sentei no banco que tinha perto da porta de saída e fiquei jogando no celular para ver se a hora passava mais rápida. Depois de uns 30 minutos, vi que tinha chegado uma mensagem e quando abri para ver, era o Thiago dizendo que já estava na porta do colégio. Saí e avistei ele no outro lado da rua.

Fui em direção ao carro e entrei, pude perceber que o primo do Thiago estava sentado no banco da frente.

Beatriz: Oi, pessoal.- cumprimentei os dois.

Thiago: Bea, esse é o Matheus, Matheus essa é a Beatriz fedorenta.- matei o Thiago com os olhos por ter falado aquilo.

Matheus: Satisfação, Beatriz.- ele esticou sua mão para me cumprimentar.

Fomos o caminho inteiro conversando sobre várias coisas. O Matheus ele gostava muito de funk igual o Thiago e era dançarino. Não tinha nada contra, até gostei de conhecer a história dele. Thiago resolveu parar no Outback para almoçarmos.

Desci do carro e peguei minha carteiro dentro da mochila. Fomos em direção a recepção e pedimos uma mesa para 3 pessoas.

Fiquei olhando o cardápio horas e horas, escolhendo o que eu iria pedir. Resolvemos pedir uma porção de batata frita com cheddar.

Matheus: Borá marcar de você ir a um show que estiver eu e o Thiago juntos.- ele disse com um sorriso em seu rosto.

Thiago: Essa dai, do jeito que é nojenta.- ele fazia uma cara engraçada apontando pra mim.

Beatriz: Mentira, Matheus- dei um tapa de leve no ombro do Thiago- Vamos sim. Eu até falo com as minhas amigas e o meninos.

Matheus: Maravilha! Boto vocês de camarote, que vida boa, viu?- rimos.

Depois de uns 35 minutinhos a batata chegou junto ao refrigerante. Não demorou para começarmos a atacar a comida. Aquilo estava uma maravilha.

Terminamos de almoçar e ficamos conversando sobre os shows que eles teriam a partir da semana que vem.

Matheus: Você e o Matheus se conhecem há quanto tempo?

Beatriz: 4 meses já. Meu cunhado me apresentou ele, entende? Infelizmente.- fiz um biquinho e ri-

Matheus: Ah sim.

Thiago: Beatriz, vai querer mais alguma coisa?- ele perguntou com sua atenção virada a uma mulher que por sinal era gata do lado da nossa mesa.

Beatriz: Vou não.- sorri fraco.

Eles resolveram pedir a conta e ir para casa. O Matheus pediu para ficar em um certo lugar. E no do caminho para casa em diante só restou eu e o Thiago.

Thiago: Vai querer sair pra algum lugar hoje?- perguntou com seu atenção virada ao voltante no qual estava dirigindo.

Beatriz: A Nathalia também queria saber para onde iríamos. Por mim tanto faz.- dei de ombros e voltei a mexer no celular.

Eu estava com atenção toda virada ao meu celular e pude perceber que o carro tinha parado.

Thiago: Dá pra me dar atenção?- ele falou puxando o celular da minha mão.

Beatriz: Pode falar.- olhei para ele.

Thiago: Você está chata, heim.- resmungou.

Ele desligou o carro e pulou para o banco de trás. Eu não sei o que eu tinha, o Thiago amava me perturbar.

Thiago: Vem cá, morena.- ele me puxou para o lado dele, me abraçando de lado.

Beatriz: Você é chato.- assenti o abraço dele.

Thiago: Chato que você ama- ficamos em silêncio e não aguentei, soltei uma risada- Vou ficar longe de você 1 semana.

Desfiz o abraço e olhei para ele rapidamente, sem entender nada.

Thiago: É isso mesmo. 1 semana.. Os próximos shows serão em Porto Alegre, São Paulo e Minas Gerais.

Beatriz: Não creio- ergui minha sombrancelha- Graças a Deus.

Thiago: É, filha da mãe?- me fez cócegas e eu estava me contorcendo de tanto rir.

Beatriz: Eu tô brincando- falei tentando tirar as mãos dele da minha cintura- Você vai me encher de mimos quando voltar, né?- apertei as bochechas dele e em seguida dei um beijo.

Thiago: Quem iludiu você, menina?

Beatriz: Um garoto chamado Thiago.- desci do carro e coloquei minha mochila nas costas.

Senti as mãos fortes do Thiago me puxando pra ele.

Thiago: Meu abraço?- perguntou indignado.

Beatriz: Não tem- dei língua-

Thiago: Ingrata- rimos-

Dei um abraço forte nele e combinamos que 20h ele iria passar com os meninos lá na porta do prédio para buscar eu e as meninas para irmos á alguma balada. Cheguei em casa e minha mãe não estava, só podia ouvir um barulho de tv vindo do meu quarto. Abri a porta do quarto e a Jéssica estava lá dormindo.

Desliguei a tv para que não fizesse barulho e acordasse ela. Tirei meu tênis e coloquei perto da porta e joguei minha mochila em cima da cadeira do computador. Avisei no grupo do whatsapp pras meninas que iríamos sair e disse o horário certo para que ninguém atrasa-se. Botei meu celular pra carregar e cochilei um pouco.