Fanfic: A Procura... | Tema: Novela Mexicana
Maria Consuelo de La Vega, uma bela moça de 15 anos, que vivia na cidade de Sán Nicolas de Garza, odiava sua vida de pobre, seus pais não tinham condições nenhuma, o pai trabalhava como engraxate e a mãe como diarista, ganhavam muito pouco, a vizinhança com dó sempre davam roupas usadas e até mesmo alimento para ajudá-los, com o que ganhavam, pagavam aluguel e comprava comida, o dinheiro só dava para isso. Tinha vergonha de seus pais, achava o cúmulo vestir roupa usada, odiava tudo aquilo e jurou para si mesma que ainda saia desta vida e deixava tudo para trás, inclusive os pais. Consuelo tinha uma irmã mais nova, Maria Dolores de La Vega de 10 anos, era mais humilde e aceitava a vida que levava junto com a família, inclusive tentava ajudar. Num certo dia voltando da escola, sozinha, porque não tinha amigos, não gostava de se misturar com a plebe. De longe vê seus pais do outro lado da rua, assim que avistam Consuelo, vão atravessar a rua para encontrá-la e irem embora juntos, ela disfarça, fingindo q não viu, sem prestar muito atenção, atravessam a rua e na mesma hora vem um ônibus que perdeu o controle, o freio e pega os 2 em cheio, a batida foi tão feia que a morte foi instantânea, Dolores que estava um pouco mais atrás escapou por um triz. Consuelo assiste a tudo, sem nenhuma expressão, sem nenhum remorso sai e vai embora e nem para irmã que está sozinha chorando sobre os pais ela se compadece. Quando chega a casa, Cacilda, muito amiga da sua mãe vem em prantos dar a notícia para ela e também para consolá-la, achando que ia sofrer, mas ela se mantem firme, sem deixar cair uma lágrima, Cacilda diz:
- Sabemos que não tem condições de fazer o enterro de seus pais, então vamos fazer uma vaquinha para realizar o velório e o enterro porque os dois eram pessoas de bem. Espero que você com essa arrogância toda, pelo menos vá se despedir de seus pais, porque os dois a amavam muito, queriam o melhor para você.
- Melhor para mim? Com essa vidinha medíocre, de pobre que eu levo? Faça-me rir...
Os vizinhos fazem tudo o que podem para que tudo saia perfeito, enquanto isso Consuelo ficou dentro de casa pensando no que ia fazer a noite toda, Cacilda bate a porta:
- O enterro vai ser agora as 10:00h, por favor, vá se despedir dos seus pais para que possam ir em paz.
Eram 9h, Consuelo resolve ir para não ter que ficar ouvindo falação da vizinhança e ainda chamá-la de filha ingrata.
Assim que chega ao velório, começa o burburinho, todos começam a cochichar entre si.
Chega perto do caixão, da uma olhadinha nos dois e se afasta, todos q estavam no velório, vai prestar solidariedade, não aceita pegar nem nas mãos das pessoas, fica de canto isolada até a hora de ir para cemitério. Acompanha o cortejo, espera descer o caixão para jogar o primeiro punhadinho de terra e nessa hora como um lapso de bondade, tristeza, solidão, de carinho, em pensamento deseja que Nossa Senhora da Boa Morte os levem em paz para vida eterna. Balança a cabeça como que querendo afastar o pensamento, vira as costas e vai embora para casa, não se preocupa com Dolores, que fica inconsolável chorando nos braços de Cacilda.
Sete dias se passaram, Consuelo deixou de ir à escola, deixou de comer (porque não sabia fazer nada), só se alimentava de pão velho, sua mãe sempre deixava a marmita pronta, para ela só esquentar assim que chegasse da escola. Cacilda sempre levava comida, mas ela não aceitava por orgulho. Dolores ficou em casa de Cacilda até que tudo entrasse nos eixos. Cacilda aparece e diz:
- A missa de sétimo dia, será as 16h na igreja de Guadalupe, onde sua mãe era muito devota.
Triste pela perda e falta que estava sentindo dos pais apesar de tudo, do desprezo, da vergonha que sentia deles, era a única família que tinha e com o pouco que tinha cuidavam dela. Vai à missa, chora copiosamente e diz assim que todos saem da igreja:
- Perdão Nossa Senhora de Guadalupe! Prometo que vou sair dessa miséria e fazer meus pais terem orgulho de mim, não importa aonde estejam.
Volta para casa pensando no que vai fazer da vida, já que não tem amigos, a vizinhança ninguém gosta dela, deita na cama e fica pensativa.
De repente bate na porta:
- Sr. Rodriguez!
- Isso mesmo menina Consuelo.
- Quer entrar?
- Não precisa o que vim falar pode ser da porta mesmo, você tem até amanhã cedo para arranjar um lugar para morar, porque já tem gente querendo alugar o barraco e não vou ficar sustentando marmanjo.
- Mas não tenho para onde ir!
- Não posso fazer nada, menina Consuelo, está dado o prazo.
Consuelo fecha a porta e começa a chorar, pensando o que vai fazer da vida, para onde vai, não tem parentes. O prazo se esgota, e Rodriguez vai com a polícia e ordem de despejo para colocá-la na rua e desocupar a casa. Ela sai só com a roupa do corpo, sendo jogada no meio da vila, na frente de todos, começam a rir debochando dela. Cacilda com pena tenta ajudar e diz:
- Vem para minha casa Consuelo! Cuido de você, sua mãe me fez prometer que cuidava de vocês caso acontecesse alguma coisa, Dolores já está comigo, vem vc tb.
- Sai para lá sua velha, não quero sua piedade...
Levanta sai correndo, chorando e se abriga embaixo da ponte, passa a noite ali. No dia seguinte, resolve fugir da cidade, vai para Acapulco, onde fica rodando sem rumo, acha um beco e fica por ali, suja, com fome, neste momento sente saudades de seus pais, como queria que eles voltassem para ela, mas em nenhum momento pensa em Dolores. Fica lembrando as pessoas da vila, rindo dela quando o policial a joga no meio da vila fica com um ódio, a única que tentou ajudar foi Cacilda, com certeza pela amizade que tinha com sua mãe. Faz um juramento.
- Juro que vou acabar com todos aqueles que riram de mim um dia.
Neste momento, surge uma mulher de preto, chique, bem arrumada, maquiada a sua frente e se apresenta.
- O que faz aqui neste beco escuro? Chamo-me Maria Machadão, sou dona do Bataclan, aquela casa de prazeres ali da frente.
- Chamo-me Consuelo. Sou de Sán Nicolas de La Garza, meus pais foram atropelados, não tenho nenhuma família, fui despejada de onde eu moro e fugi de lá para cá, para tentar outra vida, quero ser rica.
- Então está no lugar certo! Ofereço-te casa e comida se quiser trabalhar comigo.
- Para fazer faxina??? Não aceito!
- Não... você vai trabalhar direto com o homens, satisfazendo as vontades deles...O que acha?
Consuelo se fazia de inocente, que não sabia dessas coisas a fundo, mas entendia bem o que Machadão estava propondo, resolve aceitar.
- Mas se eu não gostar do trabalho posso ir embora?
- Fica a vontade, mas sei que vai se dar bem, com essa sede de ficar rica.
- Então aceito.
Logo que chega ao Bataclan, faz amizade que Yolanda Isidoro Salinas, uma mulher que já trabalhava há 10 anos no Bataclan, tinha 25 anos e nunca conseguiu sair de lá. Sendo assim, Yolanda ajuda Consuelo, da roupa limpa para tomar banho e comida, mostra o quarto para ela descansar. No dia seguinte cedo, Maria Machadão a acorda e diz vamos fazer comprar para sua estreia no cabaré. Consuelo fica fascinada, com as roupas, brilhos e sente que vai se dar bem na vida. Volta para o Bataclan feliz da vida e pergunta para Machadão o que tem que fazer de verdade, pede que seja clara, como se não soubesse.
- Você já ouviu falar de bordel? Já ouviu falar o que acontece lá dentro?
- Já vi um bordel, na minha cidade tinha um, sei que é uma casa só para homens. Que mulher não pode entrar. Isso é o que minha mãe dizia.
- Então, é uma casa de prazeres, os homens solteiros, casados, viúvos, não importa sua situação, eles vem aqui para se divertir, satisfazer seus desejos, ou seja, sexo.
- Hum... você quer dizer que as mulheres que aqui trabalham, são messalinas, mulheres perdidas?
- Mais ou menos isso, entendeu agora?
- Entendi e você quer que eu me torne uma delas? Em troca de comida e moradia?
- Isso! Sendo que o valor que você ganhar 30% é seu, para comprar suas coisas de uso pessoal e suas roupas de trabalho, os outros 70% é meu, para pagar estadia e comida. É fácil, difícil só na primeira vez, mas fique sossegada porque meus clientes são muito gentis, vão tratar você bem, caso não aceite, pode voltar para o beco.
Consuelo pensativa, não quer voltar a passar fome, frio, ficar suja, por outro lado, ali pode chegar à vida desejada mais rápido. Coitada, nessas condições fica “prisioneira” de Machadão. Resolve aceitar.
- Eu aceito! Trato feito! Mas se eu quiser posso ir embora à hora que eu quiser?
- Sim, desde que suas dívidas estejam todas pagas.
Nesta noite, Machadão avisa aos clientes que terá um leilão de uma moçoila de 15 anos. Assim apresenta Consuelo toda arrumada, perfumada, maquiada, fica se sentindo o máximo. Logo cresce os olhos dos clientes sobre ela, todos queriam ser o primeiro. Machadão escolheu o mais gentil e de sua confiança para não judiar de Consuelo, o doutor Coreolano, um senhor de 50 anos. No dia seguinte, seria a primeira noite...
Consuelo pega na mão Coreolano e leva para os aposentos, com medo e certa vergonha.
- Não fique com medo menina, que vou ser bem bonzinho contigo, nem vai sofrer.
Manda que deite na cama e espera, assim acontece à primeira noite de Consuelo, realmente ele foi muito gentil, na verdade ela até gostou, porque achou que seria bem pior, por ser velho e asqueroso. Isso segue todos os dias, meses e anos, mas com o tempo Consuelo pegou malícia, aprendeu a seduzir os homens e com pouco tempo de casa se tornou a meretriz principal, os clientes disputavam para tê-la, se aproveitava da situação, com isso conseguia, jóias, dinheiro, roupas, perfumes, tudo do bom e do melhor. Torna-se o braço direito de Machadão, ela já tinha dinheiro o suficiente para sair dali e viver sua vida, mas gostava da vida fácil, ou seja, dinheiro fácil. O Bataclan perde alguns de seus clientes principais, uns por terem morrido, outros por estarem velhos e doente, o dr. Coreolano foi um deles, foi o primeiro... Consuelo sugere sociedade a Machadão para levantar a casa, assim fazendo umas promoções e trazendo o Bataclan ao auge novamente.
Yolanda aos 30 anos engravida e não sabe quem é o pai, esconde a gravidez de Machadão com a ajuda de Consuelo, quando não da mais, Consuelo assume os gastos de Yolanda, que dá a luz a uma menina, Maria Antonieta Isidoro Salinas, Machadão deixa Yolanda continuar no Bataclan, por trabalhar lá há muito tempo e ser fiel a casa, desde Antonieta não atrapalhasse o movimento e nem seu rendimento.
Quando completou 20 anos, já era sócia de Machadão, mas continuava na vida e podia se dar o luxo de ter folga. No dia do seu aniversário, estava marcado um show na cidade de uma banda brasileira Parangolé, sabia que era um ritmo diferente, caliente e então decide ir para ver como é e paga para Machadão para poder levar Yolanda junto com ela e pede para cozinheira ficar com Antonieta. As duas se divertem, tentam dançar, mas por uma fração de segundo, troca olhar com o cantor e se apaixona, passa a noite toda falando dele, mas nem o nome sabe. No dia seguinte do show, para sua surpresa quem adentra o Bataclan, o cantor brasileiro, fica louca da vida, briga com suas funcionárias, dizendo que quem vai atendê-lo vai ser ela. Então toma a frente e chega até ele com o coração quase saltando pela boca, mas com toda classe do mundo, pergunta se ele quer se sentar e oferece uma bebida e começam a conversar.
- Como se chama?
- Leo... Leo Santana e vc?
- Consuelo. Estive no seu show ontem, muito bom, nós mexicanos não temos aquele gingado de vocês brasileiros, mas gostei muito. Até arrisquei uns passinhos...rsrsrs
- Que bom, fico feliz que tenha gostado! O que você acha de dançar para mim em particular?
- Ah... Não vai ser muito bom, porque não aprendi direito...
- Te ensino!
Logo os dois sobem para os aposentos e passam a noite toda juntos. Consuelo fica nas nuvens, nem acredita que teve seu cantor nos braços. Nos dias que seguiram, ele voltou e só queria ela, prometeu que antes de ir embora, voltava para buscá-la e levá-la com ele. Ela estava explodindo de felicidade, contou para Yolanda e disse que assim que estivesse bem, voltava para buscá-la também. Yolanda fica eufórica, porque tem a chance de sair desta vida, já que não consegue ser como Consuelo, não ganhava nada de seus clientes.
Os dias passam e nada de Leo voltar, Consuelo fica triste, mais ainda esperando até que descobre que ele voltou para o Brasil, neste meio tempo, começa a passar mal, ter enjoos, ânsias, vômitos, descobre que está grávida, quer morrer, continua trabalhando até quando não da mais, da à luz a uma menina, Maria do Rosário de La Vega. Não gosta dela, porque é a cara do Leo, quem cuida na verdade é Yolanda. Toda vez que olha para Rosário sente mais ódio ainda de Leo, por ter sido abandonada, se sente humilhada. Mas a vida continua...
- Juro nunca mais me apaixonar por ninguém, é atraso de vida!
Passado dois anos, Yolanda engravida novamente e não sabe quem é o pai, continua o mesmo esquema, trabalhar até quando aguentar. Da à luz a outra menina, Carmelita Isidoro Salinas, Machadão aceita de tanto que Consuelo pede por ela, porque senão ia para rua com as duas meninas. Machadão avisa:
- Dobre o rendimento para sustentar as três bocas, porque não tem próxima, na 3ª é rua e nem adianta Consuelo implorar por você, porque errar uma vez é humano, persistir no erro é burrice. Nunca se esqueça de que você é uma messalina e não mocinha de família.
Yolanda chora tanto que nem consegue trabalhar neste dia e pensa o que vai fazer da sua vida.
Foi anunciado outro show na cidade agora da Banda Eva, Consuelo se entusiasma, porque adora esses eventos, adora curtir, dessa vez vai sozinha, não consegue que a cozinheira fique com as três meninas. Adora o show, volta para o Bataclan feliz, contando como foi para todas as meninas. Não esperava que o cantor fosse aparecer no Bataclan, mas as meninas a empurraram para cima de Saulo Fernandes, passou a noite com ele, apareceu outras vezes e só desejava ela, até que no seu último dia na cidade, voltou ao Bataclan para se despedir.
- Nega, estou indo embora amanhã cedo, nunca pensei que fosse me apaixonar por você, mas aconteceu, queria te levar comigo para meu país, mas não amanhã, porque preciso ajeitar tudo primeiro.
- Ah ta, essa é a desculpa para sumir? Já me fizeram essa promessa e até sentei para não cansar. Não acredito nessas promessas, melhor, não acredito em homens. E outra tenho uma filha para criar, não posso deixá-la para trás, senão vai acabar nesta vida como eu.
-To falando sério, eu assumo sua filha. “Espere por mim morena, espere que eu chego já”
- Uma coisa eu digo, não saio daqui, se quiser vai ter que vir morar para cá, se é promessa que você quer fazer, então vá para seu país, e ajeita tudo para você vir morar para cá. Fechado?
- Vou te provar meu amor, fechado.
Dois meses depois ele retorna, compra uma mansão em Acapulco e da de presente para Consuelo. Se apaixona por Rosário assim que a vê. Os dois se casam na Igreja de Guadalupe, com direito a vestido de noiva, festa chique, impressa, tudo que Consuelo tem direito, Machadão foi sua madrinha. Retornando da lua de mel, diz a Saulo que gostaria de tirar sua amiga do Bataclan, junto com as filhas, para trabalhar na mansão. Ele aceita, faz tudo que Consuelo quer, como viaja muito por causa dos shows, diz:
- É bom, pelo menos tem uma amiga de companhia.
Vai falar com Machadão e paga para tirar Yolanda e as meninas do Bataclan e as leva para mansão. Yolanda mais que feliz, por ter saido dessa vida, ter um trabalho de verdade, poder dar uma vida melhor para suas meninas, mesmo que fosse para ser empregada de Consuelo, pelo menos era uma vida mais digna.
De volta de uma de suas viagens, Saulo chega em casa cheio de amor para dar, Consuelo o chama para uma conversa séria.
- Preciso te contar minha vida.
- Não precisa, sua vida começa agora!
Em poucas palavras, Consuelo conta tudo que aconteceu desde que perdeu os pais, poupando alguns detalhes e se fazendo de vitima sempre, lógico que ela tem um propósito nisso.
- Queria te pedir algo!
- O que você quiser Consuelo!
- Queria que você comprasse a vila onde eu morava com meus pais.
- Porque?
- A única pessoa que se importou, talvez por fazer um juramento para minha mãe, foi Cacilda, queria dar uma vida melhor para ela, já está velha, não tem família, então queria dar a vila para ela, assim da para parar de trabalhar e tirar seu sustento dos alugueis. Procurei saber se Rodriguez que me jogou na rua estava vivo, mas por enquanto não queria que soubesse que era eu.
- Digno de sua parte, me da o contato dele que faço isso para você.
Consuelo consegue chegar no seu propósito a compra da vila.
Saulo, liga para Rodriguez que imediatamente aceita vender pelo preço oferecido. Consuelo pede que ele fique com as meninas que ela faz questão de ir fazer o pagamento e encontrar Cacilda. Como estava de folga ia viajar só no fim de semana, ele aceita, até mesmo por adorar as meninas.
Consuelo chega com Yolanda a porta da vila e encontra Rodriguez.
- Boa tarde, sr. Rodriguez!
- Boa tarde! Você deve ser a esposa de Saulo Fernandes.
- Sim, sou eu. Não está me conhecendo velho nojento?
- Olha como fala comigo? Quem é você?
- Maria Consuelo De La Vega, te lembra alguém?
- Não...
- Sou aquela garota que perdeu os pais e você jogou na rua, lembra agora?
- Menina Consuelo????
- Isso mesmo.
- Nossa, quanto tempo...vejo que está muito bem! Venha cá e me da um abraço.
- Claro, mas não graças a você! Até parece, você deve estar sonhando, velho nojento. Que vou relar minha roupa carissima num individuo asqueroso.
- Porque fala assim comigo?
- Ainda pergunta? Só vou deixar bem claro, não vou te dar todo esse dinheiro que meu marido combinou pela venda dessa espelunca, vou te dar no máximo 1/3 e se reclamar, chamo a polícia e te denúncio, falando o que você fazia com as filhas do inquilinos que não tinham dinheiro para pagar aluguel, e aí vai pegar o 1/3 ou prefere que chamo a polícia?
- Mas...Mas...Mas...
- Mas nada, é isso ou cadeia, o que prefere? E outra some deste lugar e nunca mais aparece, porque se cruzar meu caminho, passo por cima...
Sem pestanejar, aceita e vai embora, sai correndo da vila, todos aplaudem a atitude de Consuelo.
- Cala a boca vocês, bando de ratos imundos, nem achem que fiz isso por vocês, porque lixo eu chuto, passo por cima. Fiquem satisfeito por eu não colocar todos na rua, porque sei que Cacilda jamais fariam isso com vocês, mas que fique bem claro que era essa é minha vontade.
Todos em silêncio, vão para suas casas. Consuelo vai bater a porta de Cacilda que não estava lá fora no meio da vizinhança.
- Cacilda!!!
- Sim, sou eu.
- Lembra de mim?
- Seu rosto é conhecido... Mas moça rica, bem arrumada, acho dificil conhecer, nunca sai dessa vila.
- Maria Consuelo De La Vega
- Ham?!?!? Consuelo???
- Isso eu mesma.
- Você ta bem, enriqueceu foi? Você nem sabe o quanto chorei, fiquei preocupada com você novinha solta pela ruas e eu ainda tinha feito uma promessa para sua mãe e nem conseguir cumprir. Sempre vou ao cemitério, perdir perdão a ela.
- Estou muito bem, casei com um cantor milionário que me deu uma vida de rainha, eu comprei essa vila e estou te dando, assim pode parar de trabalhar e viver só dos alugueis.
- Não precisava se preocupar comigo.
- Não me preocupei to fazendo isso pela minha mãe. Queria que você jogasse todos esses pobres na rua, mas como sei que tem um bom coração não vai fazer.
- Porque eu faria?
- Para eles aprenderem a nunca mais rir de ninguém.
- Muitos tem filhos pequenos, você gostaria que jogasse essas crianças na rua, como Rodriguez fez com você?
- Não... Mudando de assunto, aqui está a documentação e 2/3 do dinheiro que meu marido ofereceu a Rodriguez pela compra da vila, mas só paguei a ele 1/3.
- Mas não posso aceitar....
- Se não pode por mim, aceite pela minha mãe, ela ia gostar desta minha atitude.
- Muito obrigada Consuelo, Deus te abençõe...
- E sua irmã? Você não vai querer saber ou vê-la?
- Q irmã? Não tenho nenhuma.
- Mas Consuelo...
- Pronto, já fiz o que tinha que fazer. Tchau.
Consuelo nunca gostou da irmã, sempre a tratou como niguém. Dolores tinha ido visitar Cacilda neste mesmo dia e ouviu tudo o que a irmã disse, simplesmente chorou.
Consuelo vai até o cemitério e deixa flores para seus pais.
Mais antes, ela foi atrás de Rodriguez, pegou o dinheiro de volta e foi embora com Yolanda. Dias depois, ele foi encontrado todo roxo, caido numa praça.
Autor(a): nessa_cardoso
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Consuelo vivia “feliz” com Saulo, ele viajava muito, então nestes períodos ela saia para curtir deixava Rosário com Yolanda e dava suas escapadinhas, porque além de não amar Saulo, ele não a satisfazia plenamente. Na verdade estava ficando cansada dessa vida de ter que ficar fingindo. Na verdade Consuelo queria se infilt ...
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