Fanfic: Desde sempre. | Tema: Fátima Bernardes e William Bonner
Com as mãos na cabeça, William andava em círculos na calçada, em frente a entrada do píer. Ainda zonzo, não sabia bem o que fazer e pra onde ir. Arrancou o celular do bolso e discou os números do celular de Fátima. Mas no 5° toque, se lembrou que a bolsa dela havia ficado na mesinha de centro do lounge, junto com outras bolsas de suas colegas de trabalho que ali estavam. O desespero de William aumentou quando ele notou que a rotatividade de táxis lá na porta era grande, a todo momento estacionava um veículo em frente a calçada. Mas por outro lado, sem a bolsa com chaves e a carteira, ela não teria entrado em um táxi... Ele refletia tudo isso em milésimos de segundos. Foi quando ele ouviu uma voz desconhecida atrás de si.
- Moço... moço? – a hostess que ficava na portaria entregando pulseirinhas chamou por ele.
- Oi. – William girou o pescoço e olhou pra ela.
- Desculpe o incômodo, mas você está precisando de alguma coisa? Parece que está um pouco atordoado... – ela tentou ser sutil.
- É... não, eu... eu estou procurando uma pessoa.
- Ah sim, ficaram de se encontrar aqui então, né... Tudo bem então! – ela recuou, um pouco constrangida de ter interferido.
- Não, na verdade... eu não sei se ela passou por aqui, nós nos perdemos lá dentro e eu não vi pra onde ela foi.
- Ah... bom, eu não saí daqui nos últimos quarenta minutos, talvez eu possa te ajudar... As pessoas entram e saem daqui o tempo todo, mas que eu me lembre, agora há pouco passou uma moça sozinha aqui... Me chamou a atenção porque ela estava um pouco apressada...
William arregalou os olhos.
- É? Talvez seja ela, você consegue se lembrar de como ela era?
- Bom, é... ela passou muito rápido, eu não vi direito, mas estava com um vestido longo e era morena. Só isso que me lembro da descrição. Mas eu acabei reparando porque ela virou pra esquerda, o que é bem incomum...
Ele franziu a testa.
- Porquê? O que tem aqui à esquerda?
- O cais do porto apenas, tem uma vista muito bonita da ponte Rio-Niterói, mas... eu não recomendaria que ninguém ficasse lá a essa hora da madrugada, é muito escuro e costuma ser deserto. É bem perigoso.
William estremeceu de preocupação.
- Meu Deus! Bom, eu... vou até lá. De qualquer forma, obrigado! – ele virou as costas e correu em disparada.
Desceu as escadas, pulando dois degraus de uma só vez. Torceu mentalmente pra que fosse ela e pra que ela estivesse bem. Contornou a plataforma e parou quando a viu. Ela estava em pé, de costas pra ele e de frente pro mar. Ventava muito, o que fazia com que ela estivesse ligeiramente encolhida com o frio e os braços cruzados. Os cabelos de Fátima voavam freneticamente pra trás e a renda da barra do vestido também. William se aproximou, tentando ser discreto pra não assustá-la. Estava muito escuro, mas a lua estava cheia e clareava o mar, iluminando também o píer. As ondas batiam violentamente no talude, fazendo um barulho absurdo. Ele deu mais alguns passos e ficou a poucos metros dela, em silêncio. Parou e abaixou a cabeça, pensando em o que dizer exatamente. Mas não foi preciso. Ela percebeu a presença dele. A voz de Fátima em meio ao silêncio, em um tom baixo, fez com que ele se assustasse.
- Eu sempre gostei mais de porto do que de praia. – William levantou a cabeça e ficou parado, ouvindo-a. Ela pausou e ficou calada por alguns segundos. Virou o rosto de lado e olhou pra ele. – Não quer saber porquê?
Sério, ele perguntou.
- Porquê?
Ela respirou fundo.
- Porquê eu gosto da forma como o porto interrompe o fluxo natural da água. Ela se aproxima embalada e violenta e quando ela bate, fica mansa como se essa fosse a natureza dela. Como se ela tivesse sido sempre assim. Mas não. Ela só ficou porque o paredão do porto interceptou o curso dela abruptamente. Ele muda os planos dela. A todo tempo. – Fátima olhou no fundo dos olhos de William, que retribuiu o olhar.
Ela se virou pra frente novamente e abaixou a cabeça. Ela não parecia triste. Estava pensativa, apenas.
- Eu... Eu ouvi. – ele disse, parando ao lado dela.
Fátima franziu a testa e olhou pra ele.
- Ouviu o quê?
- Sua conversa com o Luiz Cláudio.
Fátima abaixou a cabeça, respirou fundo. Ficou em silêncio por alguns segundos, refletindo o que diria. Sacudiu a cabeça negativamente.
- Me desculpe por isso.
William estranhou.
- Quê? Pelo quê?
- Por... ter falado a verdade. Por ter aberto o jogo pra ele, enquanto você me pediu para não contar pra ninguém. Eu juro que tentei MUITO, MUITO, com todas as minhas forças, ficar quieta e... sei lá, tentar “empurrar com a barriga”. Não seria um esforço imenso, seria só por algumas horas e... eu falhei. Não consegui. Acabei estragando tudo, claro que a essas horas ele está lá contando tudo pro Mendes. Nunca vou me perdoar por te prejudicar e fazer seu chefe perder a confiança em você.
William sacudiu a cabeça.
- Que bobagem! Não é tão grave assim... Ninguém vai me demitir por isso! O máximo que pode acontecer é nunca mais me permitirem pegar ingresso pra algum próximo evento. Mas, quem liga? – ele se aproximou dela. – Depois de tudo o que ouvi, a única coisa que estou preocupado é em tirar você daqui imediatamente. Por favor, não faça isso. Não precisa se desculpar. – ele sorriu e mordeu na boca. O coração de Fátima se iluminou ao vê-lo sorrir tão perto dela. Ela retribuiu o sorriso. Pegou na mão dele e a acariciou. Ele segurou com força na mão dela e a girou, colocando-a de frente, encostada no corpo dele. – Na verdade, talvez precise pedir perdão sim. Sua psicopata! Como você se enfia nesse lugar sozinha de madrugada? Quase fiquei louco sem saber onde você estava. – ele ficou a centímetros da boca dela.
- Eu precisei sair de dentro daquele lugar, sumir daquelas pessoas. A festa estava ótima, mas o ambiente estava pesadérrimo pra mim. – ela deitou a cabeça no ombro dele. – E eu não podia nem te abraçar... Me faria muito bem. Como está me fazendo agora. – ele beijou o topo da cabeça dela, demoradamente.
- Vamos sair daqui. Você que vai escolher pra onde vamos.
- Huuuummm... Se eu fosse você, não arriscava. – ele riu.
- Mas é justamente o que eu quero. Arriscar.
Ela sorriu.
- E se eu te disser que hoje, agora, o único lugar que desejo ir é pra sua cama?
Ele gargalhou, maliciosamente.
- Ah, que trivial. Na cama? Porque não um tapete?
Os dois gargalharam juntos com a lembrança da noite no apartamento de Fátima.
- NÃO! Cama! É o que eu quero. Eu posso escolher ou não posso?
- Sim senhora.
Saíram de mãos dadas, em direção a escada do cais. William a empurrou para o lado e ela retribuiu o empurrão.
- Maluca.
- Ridículo. Como é que me achou aqui?
- Minha intuição... – ele gargalhou.
- Mentira! AH, não posso esquecer... anota aí de letras maiúsculas: LUIZ CLÁUDIO É UM BABACA.
Ele riu.
- Anotei já. – puxou-a pelo braço, subindo pelas escadas e chegando até a calçada, em frente a portaria. Aquela festa de réveillon virou apenas uma lembrança. A verdadeira festa de Fátima e William começaria dali em diante.
***
William estacionou o carro, manobrando cuidadosamente na vaga apertada de sua garagem. Desceram juntos e pararam na frente do elevador, em silêncio. Era deliciosa a sensação daquele clima sexy que pairava no ar sempre que estavam juntos. Nem quando estavam sozinhos perdiam aquela atmosfera de algo “proibido”. De certa forma, isso apimentava a relação deles de uma forma mágica e excitante. Entraram no elevador e pararam ambos de costas para o espelho e de frente pra porta. William acionou o botão com o número do andar e se encostou novamente ao lado de Fátima, aguardando a porta se fechar. Os ombros deles estavam encostados, mas os dois ficaram quietos. Fátima olhou de rabo de olho pra ele, disfarçadamente. O silêncio era absoluto. Assim que a porta do elevador se fechou, lentamente, William deu um impulso, se jogando em cima de Fátima e espremendo-a contra o espelho. Segurou-a pelos braços, imobilizando-a. Colou a ponta de seu nariz no dela e sussurrou, ofegante.
- Não suporto mais esperar... – beijou a boca de Fátima fervorosamente.
As mãos de William passeavam pelo corpo dela, deslizando pelo bumbum, suspendendo de leve o vestido. Subiu pelas costas e contornou o corpo dela, apertando com força os seios dela. Repentinamente, a temperatura do elevador subiu, ficando quase incendiado. Ouvia-se apenas o som das respirações ofegantes e dos estalos dos beijos, naquele vácuo absoluto. Fátima enfiou a mão por dentro da camisa de William e acariciou sua barriga e suas costas, sem descolar sua boca da dele. A porta se abriu e William a arrastou pra fora, pendurada nele. Deram passos tropeçados um no outro, em direção à entrada do apartamento dele. Fátima se jogou de costas na madeira da porta enquanto William procurava a chave, com a boca toda borrada com o batom vermelho dela. Entraram aos amassos, bateram a mão no interruptor e ligaram a luz da sala. William prensou Fátima contra a parede. Parou de beijá-la, se abaixou e levantou o vestido dela até a altura das coxas. Ela observava muda, anestesiada. Ele fitou o rosto dela, também toda borrada com o próprio batom. Segurou-a pelo quadril e levantou-a do chão. Fátima trespassou as pernas ao redor da cintura dele, ficando no colo dele. William conduziu-a até o quarto, voltando a beijar a boca dela. Ele parou com os joelhos encostados nos pés da cama. Soltou Fátima, jogando o corpo dela de costas no colchão. Se ajoelhou por cima dela e com o corpo ereto, arrancou pelo pescoço a camisa de linho que usava. Ficou vestido apenas com a calça jeans. Fátima, já ofegante, vislumbrou o peito nu dele em sua frente. Tentava resgatar em sua memória como foi que nunca antes havia percebido o quanto ele era lindo e sexy. Ela deslizou as mãos pela barriga dele, ao redor do umbigo e pelas laterais. William reclinou o corpo pra cima dela e, sem conseguir se conter, subiu o vestido branco de renda de Fátima, deslizando-o até arrancá-lo completamente. Ele jogou a peça pra longe e contemplou a visão de Fátima só de lingerie. Naquele momento, ele sentia um tesão que não cabia dentro dele próprio. Foram muitas horas esperando pela hora em que ele pudesse tocá-la e tê-la em seus braços. Ele passou a mão por baixo da cabeça dela, emaranhando os dedos por dentro dos cabelos dela. Com a outra mão, passeou pela barriga e seios dela. Levemente, mordeu a ponta do queixo de Fátima e lambeu-lhe o pescoço, fazendo com que ela se arrepiasse dos pés a cabeça. Desabotoou o sutiã dela e o retirou por completo. Com a ponta da língua, ele lambeu os seios dela. Sentia as unhas de Fátima arranhando sua nuca, se contorcendo embaixo dele. Em um gemido sussurrado, ela sentiu ele se afastar, desafivelar o cinto e tirar a calça jeans. Fátima inclinou a cabeça pra trás, ficando com a visão do teto do quarto. Fechou os olhos e sentiu William penetrá-la lentamente, fazendo seu corpo explodir em centenas de pedaços, em um turbilhão de maravilhosas sensações. Naquele momento em que faziam amor, o tempo parecia estar parado e eles experimentavam do doce sabor do sentimento mais sublime e intenso que poderiam sentir: o amor.
Autor(a): bonemerlove
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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beatriz_cartilho Postado em 11/02/2015 - 20:58:16
Ahh não acredito que acabo , mais eu amei o final *_*
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bia_jaco Postado em 11/02/2015 - 20:25:07
Aiiiin não acredito que a fic já acabou :( bom mais nada dura né?Quero que saiba que essa fic vai para o meu coração como todas suas,amooo!!Parabéns mais uma vez.Beijos moça linda
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bia_jaco Postado em 22/01/2015 - 21:19:06
Geeeeeeeeeeeeeeente que capítulo é esse?Sei mais nem o que dizer....amo amo amo!!!
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bia_jaco Postado em 19/01/2015 - 14:50:40
Lindos demais!!Amei muito o capítulo
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beatriz_cartilho Postado em 12/01/2015 - 22:01:14
Que lindo amei!!!
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jurb Postado em 12/01/2015 - 18:58:58
Que lindo! *-*
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bia_jaco Postado em 12/01/2015 - 18:19:54
Lindo lindo lindo o capítulo.Finalmente falaram as 3 palavrinhas mágica.Amei o capítulo!!
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bia_jaco Postado em 02/01/2015 - 19:12:16
aaaaaaaaaaaaaaaa como tem coragem de parar o capítulo assim?Quero maaaais!!Posta maaaaais!
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bia_jaco Postado em 30/12/2014 - 18:10:08
Estava morrendo de saudade da fic.Amei o capítulo!!Quero maaaaaaais :)
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star.20 Postado em 22/12/2014 - 18:03:27
Por que ta demorando tanto pra posta outro capítulo? Desistiu?