Fanfic: Apartamento 21 - 1° Temporada - Vondy | Tema: Vondy

Capítulo 9 - Friends of Christopher

– Sabia que iria ceder no final – me contive em revirar os olhos, ele tocou seus lábios nos meus movendo-os em seguida, relutei em cooperar com ele, mas o fiz sentindo ele soltar meus pulsos e pegar minha cintura com uma mão e com a outra minha coxa flexionando minha perna ao lado de seu corpo começando a acariciar levemente. Seus lábios moldaram-se aos meus como da outra vez, logo pediu passagem e cedi. Na primeira falta de ar separei meus lábios dos seus o empurrando em seguida – ei – ele reclamou.

– Um beijo – disse e sai de baixo dele indo para meu quarto, havia perdido a fome.

Depois do pequeno incidente com Ucker o evitei a todos os custos, passei o maior tempo que consegui no apartamento do Charlie mesmo se ele não estava, fiz hora extra na The Vogue que ainda não havia me dado férias e passei um grande tempo trancada no quarto, o via de vez em quando, quando iria comer, sair ou usar o banheiro – que temos de dividir – fora isso não o via e agradecia mentalmente a qualquer que seja a força que me ajudava para isso.

Mas hoje iria mudar isso, é sexta e ganhei minhas férias da The Vogue, fiquei na sala aguardando Ucker chegar o que não demorou muito, pelo que sabia, ele também tinha suas férias ganhas hoje, olhei para ele e ele para mim.

– Oi – falei baixo.

– Não vai me ignorar?

– Chaz me convenceu a parar de fazer isso – falei a verdade.

– Chaz?

– Sim, nosso vizinho se não se lembra – ele fez um “ah!` só com a boca – você é um idiota, como não se lembrava dele?

– Dá pra parar de me chamar de idiota?

– Quando parar de ser um eu serei a primeira ao o fazer – ele revirou os olhos.

– O que quer?

– Estou de férias e... quero arrumar seu quarto – ele arqueou uma sobrancelha.

– Por que?

– Não tem nada pra fazer e é só seu quarto que falta – ele pareceu pensar – se quiser pode ajudar – falei num murmúrio na esperança de ele não escutar eu falar isso, mas escutou e concordou então.

Nesse momento estou entrando no quarto do Ucker, olhei em volta e percebi que estava mais arrumado que da outra vez, o vi sentado na ponta da escrivaninha parado olhando para a janela.

– O que foi? – perguntei curiosa.

– Nada – revirei os olhos – só tem uma regra aqui e é não mexer na última gaveta – falou e bateu de leve na gaveta da escrivaninha – Okay?

– Okay, seu paranoico – passei meus olhos pelo local – uma regra só? Ou tem mais alguma.

– Mais nenhuma, se quiser pode até ficar pelada que não me importo – olhei para ele e revirei os olhos, vi que ele tinha um sorriso malicioso nos lábios – iria adorar para falar a verdade – ignorei esse último comentário e olhei para a parede da cama.

– Vamos começar aqui – disse apontando para cama.

– Ali? Tão rápido assim? – ele riu abafado.

– Estou falando da parede, não da cama seu ninfomaníaco – ele riu, mostrando outra vez sua risada linda e maravilhosa deixando a minha pela milésima vez de escanteio.

Já estávamos quase terminando de pintar a parede e ele pintou meu braço.

– Foi sem querer – olhei para ele com os olhos semicerrados.

– Isso também – dei uma pincelada no braço dele e sorri voltando a parede. Ele me deu outra pincelada e nessa foi no meu cabelo – meu cabelo, seu idiota de marca maior – ele riu, pintei parte de seu corto (de baixo do olho) até seu queixo e ri logo me controlando por causa da minha risada horrorosa. Ele pintou meu nariz de leve, sorriu torto e em quanto me perguntava: o que deu nele? Ele pintou o decote de minha camiseta nos meus seios também.

– Opa, escorregou – ele riu – se quiser eu limpo para você – foi então que começou, ou melhor, prosseguimos com a guerra de tinta.

Então a campainha tocou, enquanto riamos deitados sobre os jornais no chão.

– Você atende – murmurei ainda rindo.

– Vai você – remusgou.

– Você – ele veio para cima de mim.

– Você – neguei com a cabeça então ele começou a fazer cosquinhas em mim.

– Tá legal tá legal – falei rápido e ele parou, bati no seu abdômen – idiota, não me faça rir – ele me olhou confuso.

– Por que?

– Odeio minha risada – me levantei em seguida indo até a sala onde fui atender a porta. Três caras me examinaram nos pés a cabeça – posso ajudar? – perguntei chamando a atenção deles – querem falar com o Ucker?

– Sim – falou o loiro e eu sorri.

– Espera um pouco e podem entrar – disse dando espaço para eles – Ucker! – gritei – seu desgraçado, você fez eu me levantar por nada! É pra você! – olhei por cima do ombro e fechei a porta – sintam-se a vontade – sorri e fui até o maldito quarto do Ucker ao qual ele ainda estava no chão – não me escutou?

– Escutei, se for uma garota manda pastar – revirei os olhos.

– Sinto muito, mas são três caras – disse e ele suspirou se levantando.

– Vá para seu quarto – ele disse e iria sair.

– Você não manda em mim.

– Apenas vá para seu quarto.

– Não quero, vou pra sala – cruzei os braços e fui atrás dele até a sala.

– E ai Ucker – não identifiquei qual deles falou pois tinha olhado para o lado.

– O que fazem aqui? – percebi que Ucker ia sentar no sofá.

– Nem pense nisso – ele olhou para mim – você vai sujar tudo – ele revirou os olhos – senta no chão – ele revirou os olhos outra vez mas o fez.

– Ainda não responderam.

– Apreciando o amor de vocês – eu iria falar algo para aquele loiro mas então ele recebeu uma almofadada jogada por Ucker, ri abafado e os outros riram – olha a violência – ri baixo e me sentei no chão do lado oposto da mesa de centro que Justin estava.

– Para todos os casos, essa é Dulce – Ucker disse olhando para mim – nada de Dul – franzi o cenho.

– Quem é você para dizer quem pode ou não pode me chamar de Dul?

– Christopher, prazer – ele sorriu torto e eu revirei os olhos.

– Dul – falei olhando para os garotos – ignorem o que ele disse.

– Chaz – o cara da minha frente estendeu a mão com um sorriso torto, peguei sua mão.

– Dul, como já disse – franzi os lábios – Chaz de Charlie? – ele concordou com a cabeça – por que todo mundo tem que se chamar Charlie? – foi uma pergunta irônica.

– Quantos você conhece para dizer isso? – foi Ucker quem perguntou atraindo meu olhar.

– Nosso vizinho, seu amigo, duas Charlies na faculdade e três Charlies lá também, um Charli no meu emprego, dois Charlies e uma Charlie lá também então umas doze pessoas chamadas Charlie – pensei um pouco, não havia falado da minha irmã mas à acrescentei na lista – já sei, vou colocar o nome dos meus filhos de Charlie – sorri e Ucker franziu o cenho – não ligue, estou aqui devaneando sozinha – disse fazendo gestos com as mãos – e vocês dois? – perguntei.

– Chris e Ryan – falou Ucker.

– Não perguntei pra você – ele revirou os olhos.

No final das contas os amigos do Ucker eram legais e pá, só que um bando de pervertidos no mesmo lugar não funcionava direito. Estou na cozinha indo pegar algo para bebermos nesse momento, não, eu não virei empregada, apenas não quero ninguém mexendo nas minhas coisas.

Peguei o fardinho com as seis latas de cerveja que tinha na geladeira pelo simples falto de eu querer tomar e fui até lá separando uma e entregando para os meninos no sofá.

– Cerveja? Cara, você é perfeita, aceita se casar comigo? – foi Chaz quem perguntou e eu sorri pegando uma.

– Aceito, com a condição de termos sete filhos e um cachorrinho chamado Rex – ri e me sentei alcançando as outras duas latas para Ucker.

O tempo se passou com nós zoando uns aos outros, principalmente eu e zoado Ucker e ele me zoando. Foi então que eu me senti cansada e falei que iria arrumar as coisas no quarto do Ucker para continuarmos amanhã. Me lembrei de não poder mexer na última gaveta e foi como se minha mão coçasse naquele momento, fui até meu quarto e bati a porta com um baque surdo, logo depois de uns dois minutos torturantes voltei ao quarto dele fechando a porta pois antes estava aberta. Continuei a guardar as coisas e deixei a cama do Ucker onde estava pois ainda estava meio molhada a tinta e tal, então fui até a porta vendo se ainda tinham conversas lá e tinham, junto de várias risadas – bonitas, droga! Por que todo mundo tem que ter risada bonita e eu não? Injustiça! – fui até a escrivaninha e abri a última gaveta, foda-se o que ele disse, mas então me arrependi amargamente de o ter o feito. Filmes. É isso que tem ali dentro, mas não qualquer tipo de filme, raciocine um pouco. Ucker mais ele ser um grande idiota pervertido igual à...

FILMES PORNOS!

Exatamente isso que tem ali dentro, aquele grande pervertido, fechei a gaveta imediatamente e me levantei voltando as coisas da pintura, arrumei elas mais um pouco e logo saí batendo a porta sem querer, fiz uma careta a olhei para a porta depois para a sala.

– O que? Ela escapou da minha mão – me defendi indo até o meu quarto em seguida, peguei uma muda de roupas e fui para o banheiro com minha toalha que já estava lá, tranquei a porta e conferi não sendo louca de a deixar aberta com esses quatro pervertidos dentro do apartamento, me despi e entrei no box deixando a água correr por meu corpo, eu não deveria ter olhado dentro daquela maldita gaveta, vou começar a escutar o que o Ucker fala...

Meu Deus! Devo estar doente, não vou começar a escutar o que ele fala.

Após finalmente conseguir retirar todos os resíduos de tinta sobre meu corpo, sai do banho esperado que os amigos do Ucker já tivessem ido embora pois minha cara não estava nada boa, estou meio paranoica por causa daqueles filmes. Me vesti e sai vendo a sala vazia.

– Se ele saiu sujo de tinta é mais idiota do que eu pensava – murmurei baixo.

– Estou na cozinha para você saber – ele apareceu na porta da cozinha e sorriu torto – você demorou muito no banho – revirei os olhos e segui para meu quarto esperando não estar vermelha. Me arrumei para dormir mas senti fome e fui para a cozinha percebendo que Ucker ainda estava no banheiro. Fiz um sanduíche e o comi calmamente pegando uma cerveja em seguida, não tenho paciência nesse momento de tomar outra coisa, assim que acabei me virei para largar a lata no lixo e dou de cara com Ucker me fitando.

– O que? – fui até o lixo escondendo o rosto ao o sentir queimar. Passei por ele rapidamente e logo fui para o quarto me jogando na cama por cima das cobertas, logo puxei uma ponta e me enrosquei na coberta, quando parei vi que Ucker esta ali na porta. Cobri meu rosto deixando só os olhos de fora, ele sorriu torto e depois se jogou na cama ao meu lado – seu gordo, sai de cima – ele riu e depois ficou em cima de mim.

– Está meio diferente – ele falou mexendo nos meus cabelos. Franzi o cenho.

– Como...? – , é lógico que eu estou diferente, por causa das porcarias dos filmes pornos que tem no quarto dele, ele deu de ombros.

– Sei lá – ele desviou o olhar, voltou a olhar para mim e sorriu maliciosamente – quer olhar um filme?