Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Anny soube quem estava de pé atrás dela antes mesmo de as mãos dele pousarem em seu ombro. O coração disparou, mas logo conseguiu relaxar. Virou a cabeça com um sorriso fixo. Não foi fácil, mas agora já era mestra em esconder o que sentia.

Afastou com firmeza toda autopiedade. Encare a realidade, Anahí Portilla, você não foi escolhida a dedo por mm destino cruel. Corações são partidos a toda hora!

Ainda estava viva. Na verdade, era uma prova concreta de que a vida continuava depois de um coração partido! Não que corresse o risco de fazer pouco do desastre que era um amor não correspondido - quando a única pessoa com quem se imaginava passar a vida casa com outra, não se consegue ficar indiferente da noite para o dia, ou mesmo depois de dois anos. Mas acaba desenvolvendo um escudo protetor.

Anny desconfiava que continuar vivendo sem pensar muito no que poderia ter sido provavelmente seria mais fácil se pudesse eliminar Christopher de sua vida, mas essa nunca tinha sido uma opção possível. Havia conexões demais. Não só as famílias Uckermann e Portilla eram vizinhas e amigas na pequena cidade litorânea da Cornualha onde nascera e crescera, mas também a irmã gêmea de Christopher, Emma, era uma de suas melhores amigas. E agora, depois do batizado naquela manhã, ela e Christopher eram os padrinhos de Laurie, a primeira filha de Emma.

- Então era aqui que se escondia, Anny. - Christopher se abaixou e roçou um beijo em seu rosto.

Surpreendeu-se com esse gesto inesperado. Christopher não costumava ser muito carinhoso - pelo menos não com ela - e, incapaz de disfarçar por um instante seus sentimentos, Anny baixou o rosto e fixou os olhos no bebê em seu colo, enquanto lutava para se controlar.

A afilhada retribuiu seu olhar com um sorriso desdentado. Anny sentiu uma pontada de inveja dessa inocência infantil.

Por que se preocupa?, perguntou a si mesma ao sorrir para o bebê, dando um leve puxão no narizinho redondo.

- Está rindo da boba da titia Anny? - Vê até um neném de dez meses sabe que o Christopher não repararia em você nem se estivesse nua em pêlo.

Ou, se reparasse, só perguntaria se não estava com frio! A verdade era que, para Christopher, ela continuava sendo a mesma Anny de sempre: a ruivinha magricela meio esquisita da casa ao lado.

Ao levantar o rosto no instante seguinte, com um sorriso sereno de apenas bons amigos, seus olhos distraídos deram com o olhar fixo enigmático de Alfonso Herrera, que se encontrava um pouco afastado num grupo alegre de convidados do outro lado da sala.

Ela enrijeceu o corpo e seu sorriso apagou.

Um pouco afastado descrevia bem o homem que, na opinião de Anny, era reservado ao ponto da pura grosseria.

Em alguns homens, talvez desconfiasse que essa atitude de homem-mistério taciturno e pensativo não passasse de pose, só para chamar atenção. Porém, Alfonso Herrera não precisava disso.

Ele chamava atenção naturalmente!

Claro que sim. Era alto, esbelto e agressivamente másculo, e se seu corpo sem roupa fosse apenas metade tão bonito do que era... perdeu o fio do pensamento por um instante, ao imaginá-lo nu. Com o rosto corado, domou sua imaginação rebelde e concentrou-se no rosto dele. Um por um, seus traços fortes e a pele morena eram memoráveis; em conjunto, chegavam às raias da perfeição. E isso sem falar na aura de crua sexualidade que o precedia em qualquer lugar!