Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

- Está com muito movimento agora? - perguntou, vendo um casal sair de um quarto no corredor.

Sua anfitriã disse que sim, antes de perguntar:

- Conhece Alfonso há muito tempo?

Pelo visto, a outra não se preocupava nem um pouco em parecer xereta.

- Não muito. Na verdade, nem o conheço de fato. Tenho conhecimento dele, é claro... - Parou e respirou fundo. - Não conhecimento assim... apenas... -Baixando os olhos diante da expressão divertida e astuta da outra, mordeu o lábio. - Meu carro enguiçou... daí esta aparência de rato molhado. - Riu. - E ele me pegou. - Isso, pensou, não soava bem.

- Oh, sim, é o que ele faria - Dorothy disse imediatamente. - Alfonso é muito cavalheiresco. - Será que estamos falando da mesma pessoa, imaginou Anny, com uma atitude neutra diante dessa confidencia afetuosa.

- Conheço-o desde pequeno. Fui sua babá.

- Ah, agora entendo! - Anny exclamou sem pensar.

- A mãe dele ainda estava viajando muito naquele tempo. Era cantora de ópera, sabia...?

Anny sacudiu a cabeça.

- Não sabia, não. - De fato, sabia muito pouco sobre Alessandro. E por que saberia? Não passava de um estranho para ela.

- Sim, tinha uma carreira de sucesso, mas depois que Dulce nasceu, resolveu ser mãe em tempo integral e não precisou mais de mim.

- Deve ter sido difícil para você - observou Anny.

- É - admitiu Dorothy -, foi mesmo.

- E para a criança também...?

O comentário trouxe um lampejo de aprovação aos olhos da senhora.

- Foi - ela admitiu. - Mas ele sempre se manteve em contato comigo e me escrevia cartas deliciosas. Guardei todas. Um dia - prometeu com um olhar caloroso para Sam - deixo você lê-las.

Constrangida pelo fato de que a senhora insistia em interpretar erroneamente seu relacionamento com Alfonso, Anny mordeu o lábio. Antes de poder se explicar novamente, a outra continuou.

- Quando aconteceu o acidente, já estava aposentada. - Sacudiu a cabeça, o rosto sombrio com a lembrança daqueles dias trágicos. -Naturalmente voltei para ajudar, embora a primeira tarefa fosse convencer Alfonso de que precisava de ajuda. - Parou diante de uma porta e sorriu carinhosamente para Anny. - Mas é claro que não preciso dizer isso a você.

Anny apenas sorriu. Desconfiava de que nada que dissesse alteraria a determinação da mulher em ver um relacionamento onde não havia nenhum. Esperava que Alessandro esclarecesse a situação para Dorothy. Ora, que duvida! É claro que ia esclarecê-la. Não seria nada bom para a reputação dele se pensassem que estava dormindo com uma ruiva desmazelada que se vestia de bege.

- Alfonso usa aquele ali, mas os quartos são idênticos e, naturalmente, contíguos - explicava Dorothy, quando Anny voltou a atenção para a conversa.

- Quartos...!

- É, são contíguos - disse, abrindo uma porta. Viu a expressão de Anny e franziu a testa. - Você poderia ter um quarto só para você, naturalmente, mas acontece que estamos completamente lotados.

- Meu Deus, não... não vou ficar. Volto para Londres esta noite mesmo.