Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

- Você fica aí desse jeito e fala em consertar o carro! - Ele fechou os olhos, apertou os dedos no alto do nariz aristocrático e soltou uma torrente de italiano furioso.

Ela não tinha a menor noção do que tinha dito ou feito para provocar tal explosão em um homem célebre por sua reserva e controle. Quando abriu os olhos, ela percebeu que neles havia um desejo incontrolável evidente e uma frustração violenta... Não era absolutamente a expressão de quem apenas perdeu o ônibus.

Com o estômago apertado, Anny de repente não se sentiu tão certa de ter avaliado bem a situação. Alfonso não estava agindo como alguém que ia esquecer o nome dela no dia seguinte. Agia como alguém que estava prestes a perder a cabeça.

Resmungando em italiano, afastou-se dela, virou a cabeça e fitou-a. Meu Deus, ele é realmente magnífico.

- Acha que poderia responder por mim se ficasse sozinho com você em um carro? - A frustração dele era quase palpável.

Anny, sem saber o que dizer ou fazer, apenas sacudiu a cabeça.

- Dio - disse ele asperamente. -Nem consigo responder por mim estando no mesmo aposento que você!

Foi só depois de ele bater a porta com tanta força que as paredes estremeceram que Anny desabou. Com as lágrimas escorrendo-lhe pelo rosto, deixou-se cair sentada no chão, soluçando desesperada, com a cabeça entre as mãos.

Por que você o mandou embora?

Anny perdeu a noção do tempo. A primeira coisa que percebeu foram duas mãos fortes levantando o rosto dela, e dois olhos escuros e preocupados examinando suas faces encharcadas de lágrimas.

Alfonso ajoelhara-se a seu lado.

- Diga-me - exigiu com voz peremptória. - Qual é o problema?

- Nada... - Ela afirmou, com as lágrimas ainda descendo pelo rosto. - O que está fazendo aqui? - Além de me enlouquecer.  

- É evidente que nada é mentira. Esqueci o casaco.

- Não afastou os olhos do rosto dela ao indicar a cama.

- Agora me diga - implorou. - Não, já sei - continuou asperamente. - E o homem não vale isto. Sei que parece difícil agora, mas se puder esquecer...

- Esquecer? - ela guinchou, livrando o rosto de suas mãos protetoras. - Como diabos posso esquecer com você aqui?

Ele apertou a mão contra o peito com ar confuso.

- Eu...?

- Quem mais? - ela indagou, esfregando os olhos úmidos.

- Você estava chorando antes de eu voltar.

- Claro que estava. Você foi embora. - Seus lábios começaram a tremer e uma lágrima grossa escorreu lentamente. Eu nunca choro.