Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

- Por que examinou a minha bolsa? Ele parecia insultado pela acusação.

- Não examinei nada. A porcaria da bolsa estava na mesa de cabeceira. Caiu no chão, e quando a peguei... - interrompeu-se, os músculos da garganta visivelmente tensos quando lembrou-se do momento em que percebeu o que tinha na mão. - Por que Christopher está lhe dando dinheiro, Anahí?

Ela deu de ombros, reagindo à atitude de censura dele com mais irritação do que bom senso. Estava absolutamente farta de sua falta de confiança nela. A injustiça dava-lhe vontade de gritar.

- Não lhe devo explicações, Alfonso. - Ele nunca tinha dado nenhuma a ela, pensou revoltada. - Você é meu amante, não meu dono, e mesmo isso - avisou - pode mudar a qualquer instante. E de qualquer jeito - acrescentou - não foi um presente, foi um empréstimo.

A semântica trouxe um sorriso irônico aos lábios dele.

- Não admito que receba dinheiro de outro homem.

- Eu não... - Ela calou-se, estreitando os olhos. - De outro homem? Quer dizer que você está oferecendo?

- Isso não cheiraria a pagamento por serviços prestados?

Não houve pausa entre a intenção e o ato. Ela puxou o braço para trás, soltou-o, e sua mão foi direto no rosto dele. Alfonso, com um olhar abismado e incrédulo, aprumou-se, respirando forte.

Tremendo, Anny também se levantou, empurrando a cadeira para trás.

- Olhe só o que me forçou a fazer! - ela o acusou, horrorizada com o que tinha feito.

- Eu a forcei!

- Forçou, sim! -berrou. -Você, com suas insinuações maldosas, e sempre acreditando no pior!

- Vai me dizer para que é o dinheiro?

Anny sacudiu a cabeça, com o rosto impassível.

- Não, não vou.

- Não tem problema. Vou perguntar ao Christopher. Anny entrou em pânico.

- Não pode fazer isso! - protestou.

- Você não me dá escolha.

Anny fechou os olhos e sacudiu a cabeça.

- Meu Deus, como eu te odeio!

Os lábios dele se recurvaram num meio-sorriso sarcástico.

- Neste momento -confessou - também não estou gostando muito de você. -No entanto, desejava desenrolar a toalha que a cobria e atirar Anny na cama. O desejo era tão forte que chegava a doer.

Lançando-lhe um olhar de ódio, Anny encaminhou-se para a cama e sentou-se, antes que as pernas trêmulas se dobrassem.

- Não depositei o cheque, e se tivesse se dado ao trabalho de ler a data, veria que tem mais de dois meses.

As sobrancelhas de Alfonso se juntaram numa linha reta.

- Então por que não o depositou?

- Não podia impedi-lo de me dar o cheque, mas não era obrigada a depositá-lo.

- Os homens costumam se sentir impelidos a lhe dar grandes quantias de dinheiro? - Naquele momento, ele se sentia impelido, muito impelido. O fato de que mesmo naquele instante só conseguia pensar em se enterrar nela e ouvi-la dizer "sim, Alfonso" naquela vozinha sussurrante que o deixava fora de si era uma medida da fascinação que ela exercia sobre ele.