Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Fazia três semanas desde que o vira pela última vez, e tinha contado cada segundo.

- Você... aqui... - Como se houvesse alguma dúvida! O contato com os olhos escuros hipnotizantes, o cheiro de seu corpo... Deus, quem mais senão Alfonso poderia reduzi-la a esse feixe de hormônios ávidos só com a sua presença?

Mais importante era saber por quê.

Ele arqueou uma sobrancelha e olhou-a de alto a baixo.

- Esperava outra pessoa?

Fracassando na tentativa de adotar uma atitude de desafio que escondesse o que realmente sentia, Anny sacudiu a cabeça sem dizer nada. Com os punhos cerrados, nem sentiu quando as unhas se enfiaram nas palmas das mãos. Isto, decidiu, é um pesadelo. Pensando em pesadelos, lembrou-se das muitas ocasiões em que ele figurara em seus sonhos tórridos. Enrubesceu.

- Você está aqui...

- Já disse isso - ele falou, sem disfarçar a impaciência crescente.

- Bem, por quê...?

- E, estou aqui... estou aqui há uma hora. - Seu olhar desaprovador percorreu, ávido, o corpo esbelto dela. Sua atitude era sucinta e impaciente quando perguntou: - Onde diabos estava?

O vôo de volta de Nova York no começo tinha sido Produtivo. Estava trabalhando metodicamente na papelada que trouxera consigo quando, de repente, a lembrança insidiosa da ruiva exasperante tinha invadido sua mente. Ela estava em outro continente, era uma distração... - No entanto, seu corpo reagiu ao aroma imaginário do corpo cálido dela em suas narinas.

De repente, não ser o primeiro a voltar atrás tinha lhe parecido uma obstinação idiota. O que estava querendo provar, afinal? Não tinha a menor ilusão sobre seus verdadeiros sentimentos. Não tinha percebido de repente, mas aos poucos, que não queria um relacionamento casual.

Não queria um casinho amoroso secreto.

Queria Anahí. E queria que o mundo inteiro, e especialmente alguém chamado Christopher Uckermann, soubesse que ela era dele.

Deixando os papéis de lado, puxou o estojo que trazia no bolso. Com uma expressão distante e abstraída, estava contemplando a esmeralda quadrada quando uma comissária que passava soltou um gritinho de admiração.

Alfonso levantou a cabeça.

A moça corou um pouco, com ar defensivo.

- Desculpe... mas é tão linda. A cor é tão intensa - comentou, olhando com inveja o anel aninhado no forro de veludo. Curiosa, acrescentou: - Ela deve ser alguém muito especial...?

Alfonso, com os olhos fixos no anel, concordou.

- Sim, ela é. Mas também é teimosa como o diabo. Mas quer saber...? É assim mesmo que a quero.

Ele diminuiu o sorriso pensativo que encurvara seus lábios quando percebeu o olhar surpreso da comissária. Enfiando o estojo no bolso, disse que não precisava de nada.

E por que ela não se sentiria surpresa...?, refletiu, enquanto a comissária de bordo se afastava. Sem dúvida ia espalhar a história. Um homem conhecido por cortar pela raiz qualquer intromissão em sua vida particular tinha desandado a falar a torto e a direito.

Passou o resto da viagem imaginando várias versões da mesma cena em que Anny abria a porta e dava com ele ali, e não tocou mais na papelada. Ela naturalmente se arrependeria de seu comportamento irracional anterior e ele a perdoaria generosamente antes de pedi-la em casamento.