Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

- Não se faça de bobo comigo! - avisou com irritação. Alfonso pegou a sacola que ela havia largado no chão e se encaminhou para o apartamento.

- Acho que está exagerando. Estava preocupado...

- Preocupado! Xereta, isso sim. Será que gostaria de ter sua privacidade invadida? Suas gavetas remexidas?

- Calma. Seus segredos estão seguros. Prefiro sua lingerie com você dentro dela.

Anny respirou assustada quando levantou os olhos de água-marinha. Foi tomada de um excitamento por todo o corpo, privado de Alfonso por tanto tempo, quando seus olhares se encontraram.

- Esqueça os olhares ardentes, Alfonso - rosnou aborrecida. - Não me impressionam nem um pouco - mentiu.

- Você mente muito mal, querida.

- Ai, Deus! - gemeu, levando a mão ao rosto. - Não faça isso comigo, Alfonso.

- O que estou fazendo com você, tesoro mio? 

Apavorada, porque queria encostar a cabeça no peito dele, Anny foi abrir a janela. Botando a cabeça para fora, respirou fundo. Retesou-se e fechou os olhos ao senti-lo se aproximar. Quando as mãos dele pousaram em seus quadris, o instinto prevaleceu, e ela se recostou nele com um suspiro.

Foi o ruído de metal contra metal que rompeu o encantamento.

- Que foi isso? - Curioso, Alfonso debruçou-se na janela para ver o que se passava. -Aquela mulher acabou de amassar o meu carro.

- "Aquela mulher" é a minha mãe.

- Sua mãe? - Ele estremeceu ao ouvir novamente o mesmo ruído metálico quando o Volvo deu marcha à ré, arrastando-se da traseira do seu belo Mercedes.

- Ela diz que é para isso que servem os pára-choques - explicou Anny, enquanto os pais saíam do Volvo e a voz da mãe chegava até lá.

- Achei que tinha bastante espaço, George.

- Deixe as explicações comigo...

Anny fechou os olhos e tapou o rosto com as mãos. Fazia tempo que chegara à conclusão de que a finalidade principal da vida dos pais era constrangê-la o máximo possível. Porém, agora estavam se superando.

- Meu carro...

Anny tirou as mãos do rosto.

- Esqueça a porcaria do seu carro - sibilou. Se carros amassados fossem o pior da situação, ela se consideraria abençoada. Sendo realista, sabia que isso seria improvável.

O pouco caso ofendeu-o.

- A porcaria do meu carro...?

- Bem, é só um carro, e você deve ter dezenas deles. Meus pais vão subir...

- E quer que eu não mencione a barbeiragem de sua mãe?

- Quero que você não esteja aqui. - O coração dela afundou até os pés. Se não conseguisse livrar-se dele, teria de explicar sua presença aos pais. Nem a imaginação fértil dela era tão criativa. - Não podem encontrá-lo aqui.