Fanfic: Atração sem limites (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

Sua expressão fechada relaxou quando Laurie agarrou o berloque de prata martelada que Anny usava pendurado no pescoço e tentou levá-lo à boca. Anny, grata pela distração, soltou os dedinhos gorduchos, dizendo:

- Não, Laurie, não é gostoso.

Os dedos de Christopher apertaram o ombro dela.

- Sente-se maternal, Anny?

A pergunta foi feita em tom de brincadeira, mas algo na voz dele fê-la levantar os olhos e examinar seu rosto.

- Maternal, eu? - Christopher sorriu, mas notou que seus olhos estavam sérios. - Prefiro os bebês que posso devolver no fim do dia. - Isso não era verdade, mas parecia uma resposta adequada. Não podia dizer: Se não posso ter os seus bebês, não quero ter nenhum!

- É o que pensa agora, mas todas as mulheres um dia começam a falar em bebês.

Anny sentiu um choque ao ouvir isso. Christopher, pai... Ia acontecer em algum momento, então tinha de se acostumar.

- Devo dar os parabéns?

Christopher não respondeu. Seguindo a direção do olhar distraído dele, Anny viu que olhava para Dul.

Sentindo-se uma intrusa, Anny imediatamente desviou a vista, tentando, inutilmente, imaginar um homem olhando para ela com o tipo de desejo reprimido que via no rosto de Christopher. Vislumbrou-se no espelho enorme que cobria a parede à direita e pensou: Até parece que isso vai acontecer! Mas a dura realidade era que sardas, cabelos ruivos e um corpo que jamais teria curvas nunca inspirariam desejo mudo e ardente.

- Parabéns? - Christopher voltou a atenção para Anny.

- Pensei que você e Dul talvez estivessem começando uma família.

Seu comentário inócuo congelou as bonitas feições de Christopher.

- Eu não estou pronto para começar uma família. Então Dul estava...? Anny especulou, intrigada com a expressão dele.

- Pensei que você adorasse crianças.

- Agora não é uma boa ocasião.

- Haverá uma boa ocasião algum dia? O rosto de Christopher ensombreceu-se ao se aproximar de Anny.

- Pelo amor de Deus, Anny - sibilou. - Preciso entrar em detalhes? Você, mais do que ninguém, deve entender que não tenho dinheiro suficiente para pensar em bebês. E não posso contar a Dul... - Engoliu, respirou fundo e sacudiu a cabeça. - Sinto muito, Anny. Não devia ter desabafado com você. Podemos conversar?

- Não é isso que estamos fazendo?

Christopher pigarreou e indicou as portas francesas fechadas.

- Em particular. Tudo que você quiser.

Ligeiramente ruborizada por esse pensamento traiçoeiro, Anny concordou calmamente, lembrando, pela décima vez naquela tarde, que era uma mulher forte e independente que não precisava de um homem.