Fanfic: A maldição da familia Herrera - Anahí & Alfonso | Tema: AyA romance
Já haviam se passado quatro horas quando um dos criados finalmente o encontrou, de pé no estúdio, lampiões acesos em volta dele, sem a casaca e com a camisa branca manchada e borrada de tinta.
— Ah, meu senhor... lady Ravenscar enviou-me para encontrá-lo — disse o lacaio, meio receoso, nunca tendo visto o elegante conde em tal estado antes. Ele o vira um pouco embriagado, é claro, os botões nas casas erradas ou desabotoados, a gravata amassada e desarrumada.
Mas como só trabalhava ali há cinco anos, nunca o vira com uma mancha marrom na parte de trás da mão e outra de cor cinza na face. Nem com aquele olhar diferente e distante, do tipo que olha e não vê.
— O quê? — O conde franziu o cenho. — Anahí?
— Não, meu senhor. A viúva lady Ravenscar.
— Ah. Por quê?
— Já passou da hora do jantar, senhor. Os outros estão prontos para sentar à mesa.
— Ah. Diga-lhes que continuem. Traga meu jantar aqui em cima, em uma bandeja. E traga-me mais lampiões. A luz está muito fraca aqui dentro.
O lacaio viu pouco sentido em argumentar que já era noite e que havia pouca probabilidade de se obter uma boa iluminação. Concluíra há muito que a aristocracia era toda louca, e essa última visão do conde de Ravenscar somente confirmou sua opinião.
Quando o lacaio repassou a informação para lady Ravenscar, ela congelou.
— Não devemos esperar por ele. Pelo menos... — Virou-se para Anahí, dando-se conta de que ela era agora a dona da casa - isso é o que eu recomendaria, Anahí.
— Sim. Imagino que esteja certa. — Mas Anahí, ao contrário da sogra, sorriu ao dizê-lo, e o olhar que trocou com Maite trazia um quê de prazer triunfante.
Alfonso pintou durante a maior parte da noite, indo para a cama exausto e descontente por suas habilidades estarem enferrujadas. Jamais recuperaria a destreza com que pintava antes, pensou, embora soubesse que continuaria tentando.
Na manhã seguinte, quando acordou, estava se sentindo menos desesperançado e, dando uma nova olhada no que fizera à luz do dia, pensou que, mesmo não sendo digno de ser guardada, a pintura pelo menos não estava tão horrível quanto parecera na noite anterior.
Desceu para a biblioteca, onde encontrou Anahí em uma discussão sobre números com Hiram Baldwin. Alfonso estava ficando mais e mais aflito com sua incapacidade de reproduzir o rosto dela da forma exata. Foi então que lhe lembrou de que ela prometera posar para ele.
Anahí levantou-se, sorrindo, e acompanhou-o sem um murmúrio sequer de desacordo, deixando Hiram suspirar e voltar sozinho para o problema que o estava incomodando.
Durante o curso dos poucos dias que se seguiram, Alfonso ficou fechado em seu estúdio a maior parte do dia. Anahí posava para ele duas horas por dia, uma de manhã e outra à tarde, o máximo que conseguiria ficar sentada, parada, disse-lhe. O restante do tempo ele praticava com esboços, cores, naturezas-mortas e paisagens — o que lhe desse vontade. Estava tomado por uma ânsia, não como as febres obsessivas que o acometiam com freqüência quando era mais jovem, mas ainda assim uma necessidade de criar que afastou todas as outras coisas.
Como Anahí soube que essa necessidade ainda vivia nele? Nem ele mesmo sabia disso.
Se parasse para pensar, teria ficado um pouco surpreso ao perceber quão pouco sentia falta da agitação de Londres e dos propósitos aos quais se entregara por tantos anos. Consumido pela excitação da pintura, pela necessidade de fazê-lo, nem se lembrava mais das jogatinas ou das saídas à noite em busca de diversão. Até mesmo o consumo de bebidas foi reduzido com a diminuição do tédio. Surpreendeu-se ao descobrir os prazeres de acordar de manhã sem sentir a cabeça pesada e sem estar com o raciocínio nebuloso. Quando queria diversão e animação, os pensamentos voltavam-se naturalmente para Anahí. Há alguns meses, teria rido diante da idéia de que uma noite jogando cartas com a esposa e com a irmã, ou até mesmo ficar sentado, apenas conversando com ela, seria mais interessante do que uma noite de libertinagem e bebidas, mas essa era a realidade agora.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Algo que descobriu, no entanto, foi que o desejo súbito de pintar não diminuiu o desejo — que só aumentava — por Anahí. Ele nunca imaginara que seria possível ficar duplamente obcecado assim, mas, estranhamente, parecia que os dois desejos se alimentavam um do outro. Pintou o rosto e a silhueta de Anahí na tela, tentando ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 208
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debaya Postado em 16/05/2016 - 02:52:51
Coitadinho do Alfonso! Passou por tudo isso por culpa da Leona vagaba....q ela morra!!!! Posta mais dindaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 02/05/2016 - 22:22:45
Afff q essa leona morra logo.....espero realmente q o poncho ame a any....
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franmarmentini♥ Postado em 02/05/2016 - 22:17:57
Sei não agora... .
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franmarmentini♥ Postado em 02/05/2016 - 22:10:52
Afff....que rolo e agora.... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 02/05/2016 - 22:07:29
Oq é isso meu deus...
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franmarmentini♥ Postado em 02/05/2016 - 22:00:17
Nossa....quem ta por trás disso....e essa madrasta....to com medo....
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franmarmentini♥ Postado em 02/05/2016 - 20:16:07
Posts
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☆lenny_love_ponny☆ Postado em 20/04/2016 - 14:59:03
Omg!!! Contínuaa
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jessica_ponny_steerey Postado em 28/03/2016 - 00:46:44
☆lenny_love_ponny☆: Sim a madrasta da Anny sofreu por culpa da vadia da Leona Continuando
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jessica_ponny_steerey Postado em 28/03/2016 - 00:43:01
debaya: Sim destruiu msm :/ Continuando