Fanfic: Amar otra vez - vondy | Tema: vondy

POV CHRISTOPHER

– O que? – indaguei me afastando um pouco.

– Sim, foi a Letícia que me empurrou – disse Dulce.

– Não, não pode ser, Dulce ela é a sua tia – respondi não acreditando.

– Isso não a impediu – disse Dulce.

– Não, não você deve estar enganada – me levantei da cama.

– Você não acredita em mim – murmurou Dulce.

– Olha, isso tudo foi um choque enorme, acho melhor.... - não pude continuar, pois a porta foi aberta.

– O que aconteceu? – indagou Letícia, entrando no quarto preocupada – Você está bem Dulce? – se aproximou de Dulce com a expressão preocupada, Dulce não respondeu, simplesmente desviou o olhar de forma brusca.

– Sai daqui – mandou Dulce em tom frio, obviamente se dirigindo a Letícia.

– Querida eu só…. – Letícia foi interrompida de forma brusca por Dulce.

– NÃO ME CHAMA DE QUERIDA, É SAI DAQUI, VAI EMBORA – gritou Dulce enfurecida.

– Dulce se acalma – pedi, bom na verdade ordenei.

Dulce se virou é me encarou, podia sentir a ira irradiar pelos seus olhos castanhos.

– Eu quero os dois fora do meu quarto – disse em um tom extremamente gélido.

– Dulce.... - tentei argumentar, mas ela me interrompeu.

– Vai embora, vão embora os dois – Dulce ordenou fria.

– Eu só quero saber como você está – disse Letícia, com a mágoa evidente na voz.

– Mentirosa – disse Dulce a encarando como se ela fosse sua inimiga – vai embora daqui – disse quase em um grito.

Letícia a encarou por um breve segundo é então saiu, olhei para Dulce em repreensão.

– Você foi rude com ela – a repreendi – ela estava preocupada com você – suspirei – você está abalada pelo que aconteceu hoje, então vou ignorar o fato de você ter culpado a sua tia pelo meu descuido – a encarei.

Dulce me encarou é então fechou os olhos com força.

– Se você não acredita em mim, não posso fazer nada, agora sai daqui é não volte – ela desviou o olhar.

Continuei a observando, ela fechou os olhos novamente.

– Se é isso que você quer, mas te digo uma coisa, se você continuar assim, ninguém vai querer a sua companhia – me dirigi a porta – eu vou voltar, mesmo que você não queira – e com isso saí do quarto, fechei a porta atrás de mim.

Fechei os olhos, é então os abri dando de cara com Letícia que me observava do outro lado do corredor.

– Como ela está? – indagou – soube pelos empregados o que aconteceu, estava no meu quarto, não ouvi som algum, assim que soube o que tinha acontecido, me senti culpada, ela é minha responsabilidade, Fernando vai me matar quando souber o que aconteceu – disse em voz quase baixa.

– Ela está bem – respondi – não se sinta culpada, eu fui o responsável por tudo, não devia tê-la deixado lá, sozinha, sabendo do pequeno problema dela – abaixei a cabeça envergonhado.

– Então você sabe – ela murmurou me encarando.

– Sim, descobri a pouco tempo – expliquei.

– Isso não te incomoda? – indagou Letícia.

– De jeito nenhum, além do mais ela pode se curar – respondi, ela deu uma risada – eu disse algo engraçado?

– Não, mas acontece que você está errado, ela nunca vai voltar a caminhar novamente, o estado dela é permanente – respondeu, em um tom quase alegre, não, devo estar enganado, agora a pouco ela estava preocupada.

– Mas tem que haver alguma solução – retruquei, não querendo acreditar na possibilidade de Dulce ficar trancada nesse quarto.

– Não ah, Fernando tentou de tudo, mas ela perdeu o movimento total das pernas, no momento do acidente ela não usava cinto, quando o carro capotou ela foi da frente para trás, ela se machucou brutalmente, ficou pressa entre as ferragens do carro – disse ela, com o olhar perdido.

Fiquei calado, e então ela continuou a falar.

– Depois que descobrimos que ela ficou paraplégica é que isso não tinha solução, fizemos de tudo para tentar acomodá-la no seu novo mundo, mas ela se fechou totalmente, começou a culpar Fernando pela morte de Gabriela é pelo seu estado, a medida que ela crescia isso piorou, ela não sorria, não chorava, ela ficou fria, virou uma garota sem sentimentos – suspirou – mas o que está começando a acontecer com ela me tem muito mais preocupada, mas não vou te perturbar com isso – disse balançando a cabeça.

– Não, pode me disser – pedi, estava curioso.

– Acho que o fato dela ficar trancada nesse quarto por mais de dez anos a está deixando.... Louca – comentou.

– Como assim? – indaguei confuso.

– Um dia eu escutei ela gritando, pedindo para Gabriela não deixá-la, ela estava “falando” com alguém, e parece que para ela, esse alguém era Gabriela, ela ficou chorando é desde então começa a imaginar coisas, que não acontecem – respondeu Letícia.

– Louca – murmurei para mim mesmo.

– Sim, bom agora tenho outras coisas pra fazer – se virou para sair, mas se deteve no meio do caminho – mais uma coisa, talvez isso soe rude, mas.... Gostaria que você ficasse longe da minha sobrinha, não gostaria de que ela se iludisse, pensando que ela pode voltar a andar algum dia, porque isso não vai acontecer, é não quero que no final ela se decepcione, você entende não é? – ela não esperou por minha resposta, sorriu é entrou no seu quarto.

Louca! Será mesmo que ela está louca?

Olá meninas, sentiram saudades? Eu sei, que estão com raiva de mim, afinal estive fora por quase um mês, mas já sabem problemas pessoais, en fim, vim avisar que estou tentando retomar minha rotina novamente, minha familia está passando por um tempo ruim.

Vou tentar postar, mas não sei se vai ser seguido, mas uma coisa eu aviso, essa fica ainda vai ter muitas  emoções!

Esta é uma das fics que tem mais comentarios, se você sentiu saudade de mim, é quer logo o proximo capitulo, comente bastante!

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