Fanfics Brasil - A dama de vermelho AyA {Finalizada}

Fanfic: A dama de vermelho AyA {Finalizada}


Capítulo: 13? Capítulo

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Na manhã seguinte, Anahí achou o caminho até o escritório mais longo do que nunca. A parte do envolvimento pessoal sempre acabava acontecendo de alguma maneira em suas mis­sões. Ela parecia atrair as pessoas. Era como se, inconscien­temente, as elas "sentissem" quem ou que ela era, e ficassem atraídas por sua presença.


Essa missão não estava sendo diferente das outras. Não conseguia passar por nenhum dos outros empregados da em­presa sem que lhe solicitassem alguma opinião sobre o lado pessoal de suas vidas.


Vermelho havia se tornado a "cor da moda" na Construtora Herrera, segundo ela percebeu assim que entrou no escritório. Também não pôde deixar de notar as duas novas "loiras" que haviam aparecido nos últimos dias. Mas Annie e Betsy haviam ficado lindas, com aquele tom de loiro platinado nos cabelos, isso ninguém podia negar.


Joel a alcançou antes que ela chegasse à sua mesa. — Adivinhe o que aconteceu? — perguntou ele, com anima­ção. — Recebi a liberação!


Anahí pestanejou, confusa. —Desculpe-me, Joel, mas sobre o que está falando?


Não acredito que tenha se esquecido! — protestou ele. — Acorde, Anahí! Enfrentou Alfonso por causa disso e não se lembra?


— Oh, está falando sobre a maquete?


— Claro que sim! Aquela que estou montando para o projeto de Wellsby. Você não vai acreditar na quantidade de materiais e de sucata que consegui!


Anahí não gostou muito de ouvir aquilo. — Sucata?


— Você nem imagina quanta! Agora terei de comprar al­gumas ferramentas e...


— Joel? — ela o interrompeu. — Apenas por curiosidade... Onde você colocou toda essa... sucata?


— Bem, eu não sabia onde deixar tudo aquilo, então coloquei tudo no...


—Srta. Fazpaz!


Anahí estremeceu. — Não me diga que colocou no escritório de Alfonso?


— Era o lugar onde havia mais espaço — respondeu Joel, em um tom defensivo.


— Tudo bem, não se preocupe. Darei um jeito nisso.


— Eu não estava mesmo preocupado.


Com um suspiro, Anahí se encaminhou para o escritório de Alfonso. Ele estava de pé, diante da porta fechada, esperando por ela.


— Bom dia, Sr. Herrera! — cumprimentou-o, com uma ani­mação que estava longe de sentir.


— O dia não está sendo nada bom, srta. Fazpaz. Quer que eu explique por quê?


Porque eles não haviam feito amor na noite anterior?, Anahí se perguntou, mas tratou logo de afastar tal pensa­mento. Alfonso também manteve oculto os próprios sentimentos com relação àquilo.


— Por acaso isso tem algo a ver com o projeto de Joel?


— Brilhante dedução!


— Reconheço que ele não deveria ter guardado o material no seu escritório. Darei um jeito nisso bem rápido.


Por um momento, ela teve a impressão de ver um brilho de divertimento nos olhos dele. Então Alfonso ficou de lado, para que ela pudesse entrar no escritório.


— Fique à vontade.


Anahí adiantou-se para abrir a porta, mas o máximo que conseguiu foi empurrá-la alguns centímetros.


— Espere... Espere um momento.   .


— Tente de novo. Minha reunião só começará daqui a qua­renta e cinco minutos. Isso lhe dará um tempo mais do que suficiente para tirar toda essa bagunça daí.


Anahí empurrou a porta o suficiente para olhar pela fresta e... ficou boquiaberta.


Havia caixas de materiais empilhadas até o teto! Fios elétricos, madeiras de todos os tipos e tamanhos, canos... De sú­bito, um rosto canino apareceu em algum lugar próximo do sofá. Manchado soltou um ganido de protesto.


— Droga! — resmungou Anahí, censurando-se logo em se­guida pelo uso da palavra depreciativa.


Alfonso também espiou pela abertura. Depois de muitas con­torções, ambos conseguiram entrar na sala.


— E então, srta. Fazpaz? Qual é sua desculpa... angelical?


Antes que ela pudesse responder, Joel apareceu à porta.


— Não é incrível? — perguntou, com um sorriso animado.


— Depende do que isso significar — respondeu Alfonso. — Para que diabos servirão tudo isso?


— São materiais para a maquete do projeto de Wellsby.


Anahí balançou a cabeça. — Não pode ser, Joel. Uma maquete é pequena o suficiente para ser colocada sobre uma mesa. O material cabe em uma caixa. Uma caixa pequena.


— Só que a minha maquete será um pouco maior do que as convencionais — anunciou Joel, com orgulho. — Vou cons­truí-la de uma maneira em que tudo funcione, como seria na realidade. Pensei em colocá-lo no saguão do prédio.


—Terei uma reunião dentro de quarenta minutos — repetiu Alfonso, olhando para o relógio. — Acho melhor tirar essas coisas da minha sala, srta. Fazpaz.


Anahí franziu o cenho. — E onde colocarei tudo isso?


— A idéia brilhante foi sua. Agora resolva o problema.


Ela não soube o que dizer. Alfonso enrijeceu o maxilar e saiu do aposento.


— Comece por tudo que está obstruindo a porta — disse ele, já do lado de fora. — E acho melhor começar logo. Tem apenas trinta e oito minutos.


Joel interveio:


— Ela não conseguirá remover tudo isso a tempo. Será pre­ciso pelo menos quatro ou cinco horas.


Anahí revirou os olhos. — Eu... Ele...


— O que foi, srta. Fazpaz? Fale de uma vez.


— Pare de pressioná-la, Alfonso — replicou Joel. — Pode muito bem fazer sua reunião na sala de conferência, e sabe disso. Se quiser que tudo isso seja removido daqui, diga-me onde colocar essas coisas e eu ajudarei Anahí.


— Deixe tudo no apartamento, por enquanto — disse Alfonso. — Depois mandarei Tigre discutir os métodos de montagem de maquete com você.


Joel fez uma careta de desgosto. — Pensei que entusiasmo fosse um fator positivo no trabalho.


— Claro que é — confirmou Alfonso. — O único problema é que você foi muito além do entusiasmo. Agora, vá até a recepção e peça a alguns empregados para ajudá-lo.


Um brilho esperançoso surgiu nos olhos de Joel. — E após o trabalho vai me ajudar com a montagem?


— Somente depois que o desenho em escala estiver pronto. Agora vá até a recepção. — Quando Joel desapareceu, Alfonso se voltou para Anahí. — Vermelho de novo?


— O que disse?


— Está usando vermelho de novo? É uma escolha interes­sante para um anjo.


Ela afastou algumas caixas e sentou-se em uma cadeira.


— Por alguma razão, não se usa muito esta cor no paraíso. Por isso, costumo usá-la sempre que tenho chance. — Tirou os óculos da bolsa. — Há algo que você quer que eu faça antes da reunião?


— Acho melhor conversarmos sobre a noite passada.


Anahí lançou um olhar rápido para Manchado.


— Vamos deixar isso de lado, sim? É melhor falarmos sobre o que faremos quanto a tudo isso que Joel deixou aqui. Já digitei e imprimi todas as cartas que você ditou ontem. Mas preciso de sua assinatura antes de...


— E porque sou seu patrão? — Alfonso a interrompeu. — Por isso não quer dormir comigo?


Anahí conteve o fôlego, lançando um olhar aflito na direção do dálmata. Pela primeira vez, desde o início da missão, Manchado estava prestando atenção. Sentiu o rosto esquentar. Mas que ótimo. Não enrubescia desde os quatorze anos, quando fora fla­grada beijando Hugh Dailey, atrás do laboratório de química.


Ajustando os óculos, olhou para a lista em seu bloco de anotações.


— Confirmei sua palestra em Chicago. Disse que sua antiga secretária havia feito as reservas no hotel, mas se quiser que eu as confirme, poderei fazê-lo.


— Será que terei de lembrá-la da regra número um?


Anahí forçou um sorriso. — Suas regras criam um bocado de problemas. Principal­mente a número um.


— Não se preocupe. Depois de seu período de experiência, não terá nenhum problema. Talvez seu próximo patrão não seja tão exigente quanto eu.


Anahí levantou a vista, observando-o em silêncio por um instante.


— Alfonso, eu não me afastei de você por ser meu patrão. Apenas percebi que se dissesse "não" com determinação você manteria nosso relacionamento a um nível estritamente pessoal.


— Só que você não disse nada com determinação — ele sa­lientou.


Anahí se viu forçada a concordar. — Tem razão — admitiu. — Reconheço que me sinto atraída por você, mas não é para isso que estou aqui. Minha missão é lhe conseguir uma esposa.


— Seu serviço é cumprir seus deveres de secretária, e não me forçar a casar.


— Mas a lista dizia...


— Para o inferno com essa lista! Pareço do tipo que pediria à minha secretária para me arranjar uma esposa?


— Não. Mas você parece... frustrado.


— Quanta perspicácia — ironizou Alfonso. — Tem razão. Sou muito frustrado, e quer saber por quê?


Anahí suspirou. — Tenho a estranha sensação de que isso tem algo a ver comigo.


— Acertou de novo — disse ele. — Isso tem tudo a ver com você. Não importa o que a lista mostrava. Quero que fique fora da minha vida pessoal, a menos que tenha a intenção de terminar o que começamos ontem à noite.


Anahí tirou os óculos e voltou a encará-lo, ficando de pé.


— O que você parece não entender é que não tenho escolha. Não posso ir até o fim e tenho de encontrar uma esposa para você. Essa é minha missão.


Alfonso fechou os olhos por um momento e respirou fundo.


— Claro que você tem escolha, Anahí. E ela é bem simples. Ou pára com essa história de ser cupido ou procura outro emprego.


— Por favor, não faça isso.


— Qual será sua escolha? — Alfonso arqueou uma sobrancelha. — Disse que nunca mente. Então promete esquecer essa tolice e concentrar-se no seu dever de secretária?


— Por favor, Alfonso. Posso prometer muitas outras coisas, mas não isso. Fui enviada...


— Chega, Anahí. É uma história interessante e engraçada. Quase tão  engraçada quanto a do dálmata surdo que come em restaurantes finos. Mas, infelizmente, tenho um negócio sério para administrar e não posso fazer isso com meu irmão en­chendo meu escritório de sucata, e tendo minha secretária mais preocupada com a minha vida amorosa do que com os meus compromissos de negócios.


— Posso lidar com tudo isso ao mesmo tempo.


— Talvez até consiga essa proeza, mas eu não. — Ele massageou a nuca. — Escolha logo, srta. Fazpaz. O emprego, com a condição de nunca mais mencionar essa história de anjo e de casamento, ou sua carta de demissão.


Anahí umedeceu os lábios. — Você não entende. Essa é minha última chance.


— Mas não precisa sair do emprego. Basta prometer...



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Autor(a): theangelanni

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— Não posso! Eu estaria mentindo. Alfonso enrijeceu o maxilar. — Nesse caso, não tenho alternativa. Foi... interessante tra­balhar com você. — Alfonso, por favor, reconsidere. — Sinto muito, mas está despedida, srta. Fazpaz. Pedirei ao setor de recursos humanos para lhe pagar o que tem direito por esses dias de trabal ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 58



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  • helyluna Postado em 20/04/2015 - 10:47:27

    Simplismente perfeita ameiiii

  • nathmomsenx Postado em 26/05/2013 - 12:10:38

    Que web linda! bjs

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
    AyA forever s2

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • css Postado em 03/10/2009 - 16:53:10

    aahhhhhhhh... não acredito que acabou tão rápido... mas eu amei do começo ao fim... vou sentir muita falta... por que vc não tenta fazer uma segunda temporada? já me tem como uma leitora certa.

    BJO.

  • annytha Postado em 01/10/2009 - 10:30:29

    estou suplicando por mais, a tua web é umas das melhores.
    tou amando.
    posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++


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