Fanfics Brasil - A dama de vermelho AyA {Finalizada}

Fanfic: A dama de vermelho AyA {Finalizada}


Capítulo: 24? Capítulo

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CAPITULO IX


 


 


— Pensei que quisesse apenas dar um passeio de carro — disse Anahí, olhando pela janela do veículo. — Este caminho não vai dar no lago?


— Sim — confirmou Alfonso. — Decidi voltar até lá.


— Por quê?


— Digamos que nós dois temos alguns assuntos por terminar.


— No lago? — perguntou Anahí, com apreensão.


— Isso mesmo. — Alfonso olhou-a de soslaio. — Precisamos conversar.


Ela sentiu a boca secar. Um mau sinal. — Sobre o que você quer conversar?


— Vários assuntos.


Anahí não disse mais nada. Teria Alfonso à intenção de con­tinuar a discussão sobre encontrar uma esposa? Ou estaria ele querendo falar mais sobre Dulce? Mas poderiam ter con­versado sobre isso no hotel. Por que ir até o lago?


Quando chegaram, Alfonso tirou uma toalha do banco traseiro do carro e fez um sinal para que Anahí o seguisse. Ele foi direto para um local quase à beira do lago, onde tirou os sapatos e estendeu a toalha.


— Venha, Anahí. Vamos nos sentar aqui e conversar.


Ela hesitou, sem saber se teria coragem de ficar em um local tão perigoso.


— Por que não podemos conversar debaixo da árvore onde ficamos ontem?


Alfonso se aproximou dela, mas não a tocou. —     Você confia em mim?


Ela fechou os olhos por um instante, lamentando a situação difícil em que Alfonso a colocara. Claro que confiava nele, mas seu medo da água parecia mais forte do que qualquer outra coisa.


— Confie em mim, Anahí. Segure minha mão que eu a protegerei.


Devagar, ela pousou a mão sobre a dele e o acompanhou até a beira da água. Tremula, sentou-se ao lado de Alfonso e aceitou o abraço protetor que ele lhe ofereceu.


— Estou com medo — confessou.


— Eu sei.


— Então por que está fazendo isso?


— Porque anjos não podem ter medo.


Anahí levantou a vista para ele. — Agora acredita que sou um anjo?


— Depois do que vi ontem à noite, seria difícil negar.


— Está surpreso?


— Sim.


— Por que não acredita em anjos?


— Até onde sei, eles não andam à solta por aí. Pelo menos, nunca me encontrei com um antes.


— Há mais de nós "por aí" do que você imagina — disse ela, com um sorriso encantador.


Alfonso também sorriu. — Agora me diga por que querem que eu tenha uma esposa.


— Nem sempre temos uma explicação clara dos nossos su­periores. Acredito que seja porque você precisa dar um bom exemplo a Joel. Ele imita tudo que você faz, e talvez meus superiores queiram que ele veja como é sentir um amor ver­dadeiro, para que ele próprio deseje encontrar um algum dia.


Alfonso abaixou a vista. — Sinto muito, Anahí. Não sei se conseguirá cumprir sua missão.


— Por causa de Dulce e da criança?


— Sim. Será que isso não é suficiente para seus superiores? Quero conhecer o amor através de meu filho, apenas isso.


— Então não ama Dulce?


— Eu a amei no passado. Talvez consiga amá-la de novo, se for preciso — respondeu ele.


— Deixe-me lembrar algo que um tio meu costumava dizer: "Quando você está no caminho certo, as montanhas se trans­formam em morros fáceis de se escalar. Mas quando você está no caminho errado, os morros se transformam em montanhas impossíveis de ser escaladas".


— Acha que Dulce é minha montanha?


— Durante dois anos, você a tem procurado sem sucesso. Talvez não esteja destinado a encontrá-la, para que possa se abrir para outras possibilidades.


— Como a do amor? — perguntou ele, com ironia.


— Não tente me enganar, Alfonso. Vi quanto você ama Joel e sua mãe.


— Claro que os amo. Eles são minha família.


— E quanto a mim? — indagou Anahí. — Está me abraçando com muito carinho. Por quê?


— Você sabe a resposta.


— Porque estou com medo da água.


— Sim.


Após um momento de silêncio, Anahí falou: — Passei minha vida inteira esperando realizar um único desejo. Nunca consegui realizá-lo, e agora é tarde demais para mim, mas você ainda tem uma chance. Precisa apenas dizer as palavras certas para seu desejo se realizar. Tem idéia do que eu daria por uma chance como essa?


— Não posso fazer isso, Anahí. — Ele a segurou pelos ombros. — Se quiser me ajudar, diga-me onde está Dulce.


— Não sei onde ela está, Alfonso. Talvez nem estivesse grávida.


— E se estivesse? — ele insistiu.


— E se ela entregou o bebê para adoção?


— Não! Eu me recuso a pensar nisso.


— Pois deveria.


— Esse desejo que me prometeu... Posso usá-lo para encon­trar Dulce?


Anahí se viu forçada a dizer a verdade. — Sim.


— O que acontecerá se esse for meu desejo?


— Seus detetives conseguirão localizá-la "milagrosamente".


— E se eu tiver um filho e me casar com Dulce?


— Se resolver se casar com ela sem amá-la, minha missão terá falhado.


Isso o deixou com uma expressão preocupada. — O que acontece quando os anjos falham em suas missões?


Anahí deu de ombros. — Depende. Às vezes, mandam outro anjo para substituí-lo. Um que não falhe. Como fizeram comigo no Sarducci`s ou com
Ralph, no Grand Majesty. De outras, quando o anjo danifica demais o brilho de sua auréola... — Ela hesitou. — Ele é enviado para o outro lado do portão.


Não quis falar mais detalhes para não deixar todo aquele peso sobre os ombros de Alfonso.


— Outro anjo não resolveria o meu caso — afirmou ele. — Chuck ou Dotty não conseguiriam encontrar um amor verdadeiro para mim. Conseguiriam?


— Provavelmente não, se você preferir se casar com Dulce.


Anahí fitou-o com um último brilho de esperança no olhar. Se não o amasse tanto, talvez... Conteve o fôlego de repente. Oh, Deus... Amava Alfonso!


Como isso acontecera? Quando? A resposta estava além de sua compreensão, mas ela não se importava. Um sorriso curvou seus lábios, ao se dar conta de que finalmente conhecera o amor.


— Obrigada, Gentil — sussurrou quase para si mesma.


Mesmo que acabasse sendo expulsa do paraíso, levaria seu amor por Alfonso para qualquer lugar do universo. E ele lhe daria forças para lutar, se fosse preciso.


— E esse seu desejo, Alfonso? Encontrar Dulce e se casar com ela?


— Quero pensar mais um pouco, antes de decidir.


Anahí assentiu, mal conseguindo disfarçar o alívio. Talvez ainda houvesse uma chance de Alfonso mudar de idéia.


— Agora vamos ao seu problema — ele sugeriu, prendendo com delicadeza uma mecha de cabelos atrás da orelha dela.


— Não se preocupe com isso. E apenas um medo tolo que carrego comigo.


— Esforçou-se para me ajudar e quero lhe retribuir de al­guma maneira.


Anahí apertou os lábios. — Eu agradeceria muito se não fosse uma aula de natação. Além disso, não estamos vestidos apropriadamente.


— Estamos de bermuda — salientou Alfonso. — Não importa se nos molharmos. Vamos apenas tentar livrá-la dessa fobia.


— Alfonso, agradeço muito, mas...


— Confie em mim. Prometo que pararei se não funcionar.


Anahí hesitou, mas aquela mão firme e carinhosa segurando a sua lhe trouxe uma onda de segurança.


— Está bem, mas seja rápido, por favor.


Devagar, Alfonso a conduziu até a beira do lago, deixando a água tocar as pernas de ambos. Anahí sentiu um frio no es­tômago, mas permitiu que Alfonso a virasse de frente para a água, mantendo suas costas junto ao peito dele.


— Nem vou pedir que relaxe — disse Alfonso.


— Ótimo, porque eu não conseguiria.


— Mas preciso que feche os olhos. — Assim que Anahí obe­deceu, ele disse: — Sabe o que eu pensei na primeira vez em que a vi?


— Aí vem problema?


— Exatamente. — Alfonso riu, pegando um pouco de água e molhando os braços dela.


Anahí estremeceu, a princípio de medo, mas depois de prazer.


— Que tal? — perguntou ele.


— Nada mau — ela admitiu, surpresa.


— Ótimo. Agora relaxe. Está sentindo a água tentando le­vantá-la e levá-la?


Anahí abriu os olhos no mesmo instante, apavorada. — Não deixe, por favor.


Alfonso a enlaçou entre os braços, transmitindo-lhe segurança.



— Nunca a deixarei ir — sussurrou ele. — Então, sem­pre causou problemas por onde andou, mesmo antes de se tornar anjo?




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Autor(a): theangelanni

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A essa altura, a água já estava alcançando sua cintura e tentando molhar sua blusa vermelha com leves ondulações ao seu redor. O lago parecia inócuo, com sua cor ligeiramente esverdeada, refletindo o brilho do sol em uma espécie de dança dourada ao longo de toda sua extensão. Mais adiante, em outra margem, ela av ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 58



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  • helyluna Postado em 20/04/2015 - 10:47:27

    Simplismente perfeita ameiiii

  • nathmomsenx Postado em 26/05/2013 - 12:10:38

    Que web linda! bjs

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
    AyA forever s2

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • css Postado em 03/10/2009 - 16:53:10

    aahhhhhhhh... não acredito que acabou tão rápido... mas eu amei do começo ao fim... vou sentir muita falta... por que vc não tenta fazer uma segunda temporada? já me tem como uma leitora certa.

    BJO.

  • annytha Postado em 01/10/2009 - 10:30:29

    estou suplicando por mais, a tua web é umas das melhores.
    tou amando.
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