Fanfics Brasil - A dama de vermelho AyA {Finalizada}

Fanfic: A dama de vermelho AyA {Finalizada}


Capítulo: 5? Capítulo

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CAPITULO II


 


 


Anahí havia acabado de sentar-se à mesa que seria sua dali em diante, quando Alfonso abriu a porta que separava as duas salas. Parecia aborrecido, mas ela não ficou surpresa.


Tentara mencionar aquele último item de uma maneira ca­sual, para que ele nem notasse, mas, pelo visto, não tivera sucesso. O brilho de fúria nos olhos dele comprovou isso.


— Srta. Fazpaz! — Notando que chamara a atenção de ou­tros funcionários, ele abaixou o tom de voz. — Venha até meu escritório. Agora!


— Oh, Deus... Anahí não via uma expressão tão furiosa quanto àquela desde que o supervisor Gentil descobrira que ela havia deixado Napoleão Bonaparte entrar no paraíso para dar uma espiadela no lugar. O pior era que Alfonso parecia estar ainda mais furioso do que Gentil.


Os olhos castanhos haviam adquirido um brilho intimidador. Os cabelos castanhos, levemente caídos sobre a testa, atribuíam-lhe um charme especial, assim como os traços másculos de seu rosto, marcados pelos lábios firmes.


— Claro, Sr. Herrera — respondeu Anahí, com incrível cal­ma. — Algum  problema? — perguntou, ao fechar a porta do escritório.


— Pode-se dizer que sim. O que diabos quis dizer com en­contrar uma esposa para mim?


— Então é isso...


— Sim, é isso mesmo.


Anahí deu de ombros. — Estava em sua lista.


— Não diga tolices!


— Quer que eu lhe mostre? — inquiriu Anahí, mantendo o tom calmo.


— Isso seria interessante, já que fui eu mesmo quem es­creveu aquela lista. Não escrevi nada sobre encontrar uma esposa.


Anahí arqueou uma sobrancelha.


— Quer dar licença para eu passar e pegar a lista ou terei de forçar a passagem? — Ela o desafiou.


Um brilho insinuante surgiu nos olhos de Alfonso.


— Esta é a proposta mais tentadora que já recebi. Pretende mesmo cumprir a ameaça?


Anahí observou o rosto bonito de Alfonso, imaginando quanto parecia convidativo se envolver com alguém que era um exem­plo da beleza masculina. Porém, lembrou-se a tempo de que sua missão era a de encontrar uma esposa para ele, e não realizar seus próprios desejos terrenos.


Alfonso deve ter percebido a recusa em seu olhar, porque as­sentiu em silêncio e ficou de lado, dando espaço para ela passar. No entanto, ele também pareceu deduzir o pensamento de Anahí, pois tocou-lhe a mão, já sobre a maçaneta da porta.


— Entendeu por que não dará certo trabalharmos juntos? — perguntou. — Você sente o mesmo, não?


Ela não podia negar que havia algo diferente entre eles. Fazia muito tempo que não sentia o toque carinhoso de um homem, mas não podia se deixar levar por sensações que per­tenciam ao passado.


— Assim que eu encontrar uma esposa para você, isso não o incomodará mais. Prometo. O que está sentindo é uma distração momentânea, mas logo passará.


— Passará logo porque você não continuará trabalhando comigo — disse Alfonso. — Tenho contatos. Arranjarei um em­prego para você em outro lugar. Esse caminho pelo qual es­tamos seguindo só nos trará problemas.


— Lamento, mas é o único caminho que conheço — afir­mou Anahí.


Alfonso afastou a mão da de Anahí, como se temesse que aquilo fosse mais além.


— Pegue a lista.


Pela primeira vez na vida, ou depois da morte, Anahí achou difícil se equilibrar sobre o salto de oito centímetros. Mantendo a concentração, para não perder o equilíbrio, adiantou-se para pegar a lista.


Depois de respirar fundo, retornou ao escritório e fechou a porta.


— O último item diz: "Encontrar uma esposa para mim" — declarou, colocando o papel sobre a mesa.


Alfonso franziu o cenho, ao ler o item.


— Que tipo de brincadeira é essa? — indagou, em um tom ameaçador.


Aquela não era uma pergunta que Anahí poderia responder. Pelo menos, não ainda. Sentando-se diante da mesa, abriu o bloco de anotações e olhou para Alfonso.


— Não acha melhor falarmos sobre o tipo de mulher que você prefere?


— Não! — O grito exasperado fez Anahí se sobressaltar. — Quero que me diga como esse item veio parar na minha lista.


— Você não o escreveu? — inquiriu ela, com um ar inocente.


— Claro que não! — Contendo um pouco o tom impaciente, Alfonso perguntou: — Não foi você?


— Não.


Mas Anahí deduziu quem poderia ter feito aquilo. Anjos da guarda eram sempre muito matreiros quando queriam. Alfonso colocou o papel de lado e fitou-a nos olhos.


     A honestidade é algo muito importante para mim — disse ele. — Na verdade, é o primeiro item da minha lista de virtudes.


Anahí arqueou uma sobrancelha. — Outra lista?


— Srta. Fazpaz!


— Tudo bem, tudo bem. Acho que já falamos sobre hones­tidade. Eu nunca minto, lembra?


— Foi o que disse.


— Agora que nos entendemos a esse respeito, podemos voltar ao que interessa? Se me disser o que espera de uma esposa, poderei cuidar melhor do assunto. Prometo que manterei a questão em sigilo.


— Esqueça isso. Eu a contratei para ser minha secretária, nada mais. Não quero ouvir falar sobre essa história de me arranjar uma esposa. Entendeu? Anahí suspirou.


— Esse é o quarto item?


— Acho que o primeiro item abrange esse também. Sou o chefe, lembra? O que eu digo é lei. Nada de discussão ou de argumentação. A palavra final é sempre minha.


— Estou começando a achar que essa regra vai ser uma verdadeira maldiç... —Anahí se interrompeu, diante da palavra pouco celestial. — Um verdadeiro desafio — emendou.


Alfonso disfarçou o riso. —  Posso sobreviver a isso.


Ele sim, mas talvez ela não, pensou Anahí. Não tinha certeza de quanto tempo teria para cumprir sua missão, mas achava que o prazo duraria um mês no máximo. Se não obtivesse nenhum resultado dentro desse período... De súbito, sentiu uma onda de determinação.


Poderia me dizer pelo menos quais são as qualidades que você gostaria de encontrar em uma esposa? — perguntou com calma, tentando não demonstrar seu desespero. — Prometo que não voltaremos a falar nisso.


— Você nunca desiste?


— Não posso desistir — respondeu Anahí. Não se quisesse continuar no paraíso.


— Então, deixe-me facilitar as coisas para você — falou Alfonso. — Minha mãe é quem cuida dos assuntos sentimentais na minha vida. Ela decidiu que quer me ver casado e está se empenhando para conseguir isso.


— Deve ser bastante embaraçoso.


— E mais inconveniente do que qualquer outra coisa. Pelo menos uma vez por mês ela faz reservas em um restaurante, em meu nome e no da vítima do momento, e me avisa no último instante.


— Que estranho.


— Concordo plenamente.


— E por que você não se recusa a ir?


— Porque acho que seria injusto com a pessoa envolvida. Quando minha mãe me avisa, a "pretendente" já se encontra a caminho do restaurante. Quanto à minha mãe... Digamos que tenho razões para não censurá-la. Portanto, não preciso de sua ajuda para encontrar uma esposa. Tenho certeza de que o encontro que minha mãe deve ter programado para essa noite dará bons resultados.


— É mesmo? — Anahí sorriu, esperançosa.


— Sim.


— Fale-me mais sobre a candidata. Como ela é?


— Não está mesmo me ouvindo.


— Claro que estou. Ouvi e posso repetir cada uma de suas palavras, desde que nos encontramos. E pode acreditar, você não falou pouco.


— É mesmo? Deve estar sendo bastante tedioso para você — Alfonso ironizou. — De qualquer maneira, quero que mais um detalhe fique bem claro: ficará aqui apenas por duas semanas. Depois disso, quero vê-la fora da minha vida de uma vez por todas.


Um breve ruído vindo da porta interrompeu a conversa.


     Oh-oh — disse Joel. — Acho que chegamos na hora errada,
Manchado.


 


 


— A culpa não é minha — insistiu Anahí. — Alfonso Herrera é uma pessoa muito difícil de se lidar. E não me olhe desse jeito, porque eu estou tentando. Trate de sair desse sofá, Manchado. Se ele encontrar mais um pêlo de cachorro nas almofadas, não vai esperar duas semanas para nos dispensar.


Manchado latiu energicamente, antes de afundar um pouco mais no sofá.


     Para sua informação, eu tenho um plano — Anahí con­tinuou. — Se ainda não notou, esta é a agenda de Alfonso — anunciou ela, tirando o objeto de uma das gavetas da mesa dele. — Essa noite, ele terá um encontro com uma garota
chamada Pamela, no restaurante Sarduccfs. — Ela sorriu. — Lembra-se desse restaurante? Foi engraçado o que aconteceu por lá.


O cão ganiu baixinho, cobrindo os olhos com as patas por um momento.


— Tenho certeza de que já esqueceram — disse Anahí. — De qualquer maneira, iremos até lá esta noite para observá-los.


Com um pouco de sorte, Pamela será perfeita para Alfonso e bastará apenas um "empurrãozinho" para os dois se casarem e serem felizes para sempre.


Para sua surpresa, Anahí chegou ao restaurante juntamente com Alfonso e Pamela. Porém, Alfonso não pareceu nem um pouco satisfeito com a "coincidência" de encontrá-la por lá.


Pelo visto, senso de humor não era algo natural na perso­nalidade dele. Isso tornava essencial que a futura esposa de Alfonso fosse bem-humorada. Anahí observou Pamela com ar de curiosidade. Mas logo notou que, se a moça tinha algum senso de humor, devia mantê-lo bem escondido.


— O que está fazendo aqui? — perguntou Alfonso, em um tom impaciente.


— Vim jantar. E vocês?


— Temos uma reserva, como você bem sabe.


— Oh. Então é necessário fazer reservas para jantar aqui? — inquiriu Anahí.


— Na verdade, é essencial. — Olhando para Manchado, ele acrescentou: — Trouxe o cão?


— Manchado sempre me acompanha.


— Mas nunca o deixarão ficar aqui dentro. E proibida a entrada de animais em restaurantes.


     É mesmo? Bem, nunca tive problema com isso antes.


Anahí olhou para Pamela. A moça era alta e linda, mas parecia não gostar de falar muito. Estava vestida com um tailleur cinza, em estilo conservador, e com os cabelos presos em um coque baixo. Os belos olhos castanhos retribuíram o olhar de Anahí com atenção.


— Não vai nos apresentar? — Pamela perguntou a Alfonso, em um tom polido.


Ele se mostrou visivelmente relutante.


— Essa é minha secretária, srta. Fazpaz. Anahí, essa é Pa­mela James.


Os duas trocaram um aperto de mãos.


— Vocês se conhecessem há muito tempo? — indagou Anahí.


Alfonso a fuzilou com o olhar. — Não comece, senão terá de procurar um novo emprego amanhã mesmo.


— Meu Deus, Alfonso! — Pamela interveio. — O que ela fez de errado? Anahí quer apenas saber a quanto tempo nos conhecemos.


— Não foi exatamente isso o que ela quis dizer — sa­lientou ele.


— Não?


— Foi apenas uma pergunta amigável, Alfonso — afirmou Anahí.


— Você já sabe a resposta — assegurou ele. — Então, por que perguntou?


— Alfonso, se ela soubesse a resposta, não teria perguntado — insistiu Pamela, que se voltando para Anahí, respondeu: — Eu e ele acabamos de nos conhecer.


— Excelente!


— O que diabos está querendo dizer com isso? — perguntou Alfonso.


Pamela franziu o cenho. — Não seja indelicado, por favor — pediu ela. — Estamos tendo apenas uma conversa social.


— A intenção da srta. Fazpaz não é inocente, pode acreditar.


— Estou querendo apenas salientar quanto os primeiros encontros são especiais — explicou Anahí. — Os primeiros olha­res... A súbita consciência da presença física um do outro... O primeiro toque... A ansiedade em saber se o outro é mesmo tão sexy quanto parece...


Pamela arregalou os olhos. — Mas eu nunca pensei dessa maneira.


— Srta. Fazpaz...


— Não mesmo? — Anahí continuou se dirigindo a Pamela.


— Oh, sempre achei os primeiros encontros a parte mais ro­mântica de um relacionamento. E o período em que a paixão cega o casal com relação a certas verdades. — O cão puxou a barra da saia dela, distraindo-a por um momento. — Pare, Manchado. Estou falando sobre a parte engraçada de tudo isso.
Quando a ânsia de amar faz os apaixonados ignorarem os de­feitos um do outro...


Pamela cruzou os braços. — Que defeitos? — perguntou ela.


— Bem, deixe-me ver... — Anahí não teve de se esforçar muito para encontrar a resposta. Bastou lembrar de seu dia com Alfonso. — Ter um temperamento difícil, por exemplo. Ou uma desagradável tendência à teimosia. Oh, e sempre querer as coisas feitas à sua maneira. Esse tipo de coisa... — Manchado ganiu, em protesto, e Anahí olhou para ele. — Eu me lembro do que Gentil disse. Amor verdadeiro. Tudo bem, mas quando se ama, releva-se os defeitos. — Ela olhou para Alfonso. — Certo?


— Eu gostaria que alguém me explicasse sobre o que ela está falando — pediu Pamela, confusa.


— Não se preocupe em entender agora, querida. O fato é que vocês ainda não se conheceram o suficiente para saberem quais são as qualidades e os defeitos um do outro. A realidade do tédio ainda não os afetou. Com sorte, isso não acontecerá até que estejam devidamente casad...


— Srta. Fazpaz... — Alfonso a interrompeu.


— Sim?


— Acho melhor não terminar a frase.


— Talvez devêssemos ter continuado com a parte informal da conversa — disse Pamela.


— Está vendo? — Alfonso forçou um sorriso. — Eu disse que a intenção dela não era inocente. Se a conhecesse tão bem quanto eu, já teria se dado conta disso.


Pamela arqueou uma sobrancelha. —    Talvez eu devesse ter perguntado há quanto tempo vocês se conhecem.


— Nós nos conhecemos hoje — explicou Anahí, rindo.


Seguiu-se um silêncio embaraçoso.


— Srta. Fazpaz! — Alfonso foi o primeiro a quebrá-lo. — No caso de não haver notado, não estou nem um pouco satisfeito com seu comportamento.


Ela deu de ombros, com um sorriso se insinuando nos lábios


— Estou acostumada com isso. Pareço ter um "dom" para falar e fazer coisas erradas. Mas se isso o fizer sentir-se melhor, saiba que se eu falhar dessa vez nunca mais atrapalharei nin­guém. Meu supervisor acabará enviando Chuck ou Dotty para consertar meu fiasco. Não será afetado pessoalmente, prometo.



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Autor(a): theangelanni

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Alfonso franziu o cenho, sem ter a mínima idéia do que ela estava falando. Porém, antes que pudesse dizer algo, o maitre os interrompeu. — Srta. Fazpaz! Que prazer em revê-la! Anahí virou-se e sorriu. — Olá, Rollo. Como está Beatice? — Bem melhor, obrigado. — Olhando em volta, ele pergun­tou: &md ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 58



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  • helyluna Postado em 20/04/2015 - 10:47:27

    Simplismente perfeita ameiiii

  • nathmomsenx Postado em 26/05/2013 - 12:10:38

    Que web linda! bjs

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
    AyA forever s2

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • css Postado em 03/10/2009 - 16:53:10

    aahhhhhhhh... não acredito que acabou tão rápido... mas eu amei do começo ao fim... vou sentir muita falta... por que vc não tenta fazer uma segunda temporada? já me tem como uma leitora certa.

    BJO.

  • annytha Postado em 01/10/2009 - 10:30:29

    estou suplicando por mais, a tua web é umas das melhores.
    tou amando.
    posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++


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