Fanfics Brasil - A dama de vermelho AyA {Finalizada}

Fanfic: A dama de vermelho AyA {Finalizada}


Capítulo: 6? Capítulo

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Alfonso franziu o cenho, sem ter a mínima idéia do que ela estava falando. Porém, antes que pudesse dizer algo, o maitre os interrompeu.


— Srta. Fazpaz! Que prazer em revê-la!


Anahí virou-se e sorriu. — Olá, Rollo. Como está Beatice?


— Bem melhor, obrigado. — Olhando em volta, ele pergun­tou: — O que achou da reforma que fizemos?


— O restaurante ficou lindo. Não dá nem para notar os locais que foram atingidos pelo fogo. Sinto muito por tudo aquilo.


— Ora, já nos recuperamos, não se preocupe. Veio jantar?


— Há um lugarzinho para mim?


— Claro que sim. Sempre há. — Ele lançou um olhar preo­cupado para Manchado. — Mas você conhece as regras...


— Eu avisei — interveio Alfonso.


Com um suspiro resignado, Anahí abriu a bolsa e tirou dela uma espécie de elástico vermelho. Passou-a pela cabeça de Manchado e centralizou o laço em seu pescoço.


— Pronto. Está bom assim?


— Perfeito! — exclamou o maitre. — Sabe que nossas regras são muito rígidas, mesmo para convidados ilustres.


— Eu entendo — anuiu Anahí, tendo de conter o riso diante da expressão atônita de Alfonso.


Despedindo-se com um breve aceno, ela acompanhou Rollo até o salão principal.


— Acho que nos saímos bem, não? — perguntou a Manchado, que respondeu com um latido.


— Será possível que eu sou o único que acha estranho comer em um restaurante cinco estrelas com um dálmata? — ques­tionou Alfonso, indignado.


 


— Você não está comendo com um dálmata — salientou Pamela.


— Não importa.


— Sim, claro que importa — insistiu ela. — Está comendo no mesmo restaurante que um dálmata, mas não na companhia dele.


— E você não acha isso estranho?


Pamela arqueou uma sobrancelha. — Por que eu deveria?


Alfonso olhou para os ocupantes das outras mesas.


     Não acredito que ninguém faça sequer uma reclamação.


É como se nem estivessem notando! Há um dálmata surdo sentado à mesa, usando uma gravata vermelha, e todos agem como se isso acontecesse todos os dias!


     Bem, você tem de reconhecer que ele não está enfiando as patas no prato e nem latindo alto — salientou Pamela, examinando o menu. — As entradas parecem ótimas, não?


Alfonso ia responder, mas desistiu por pura impaciência. Abriu o menu com um gesto firme, furioso por sua nova secretária haver chamado sua atenção pela vigésima vez nos últimos dez minutos.


Não que ela houvesse feito isso deliberadamente. Anahí não sorrira nem acenara em sua direção. Não era preciso. Bastava ficar sentada ali, naquela mesa próxima, para impeli-lo a olhá-la a todo instante.


Anahí ocupara a mesa central do salão, com seu vestido ver­melho e os cabelos loiríssimos refletindo a luz vinda do alto. Ela não apenas era a mulher mais bonita do salão, como também parecia muito à vontade tendo um cão como acompanhante.


Notou que ela também os observava de vez em quando. Não tinha idéia do que deveria estar se passando pela mente dela, mas pela expressão de seu rosto não parecia ser algo bom. Deus, o que fizera para merecer uma secretária tão excêntrica? Devia ter sido um pecado bem grave.


— Já decidiu o que vai pedir como entrada? — A pergunta de Pamela lhe interrompeu os pensamentos.


— O quê? Oh, uma sopa de ervilhas.


Ela anuiu, satisfeita. —        É exatamente o que eu pretendia pedir. Pelo visto, temos muito em comum.


Alfonso suspirou. Sim, claro. Ambos compartilhavam um in­teresse por ervilhas. Sem dúvida, haviam nascido um para o outro.


— Pare de reclamar, Manchado. E importante que façamos uma lista. Alfonso gosta de usar esse método e eu também. Agora, pare de protestar e diga o que posso incluir nela. Ele considera a honestidade como a principal das virtudes, portanto, esse será o primeiro item da lista.


Ela olhou discretamente na direção da mesa dele.


— Mas como poderei saber se Pamela é honesta? Isso não é algo que se percebe facilmente. Gentil não lhe disse algo que possa ajudar?


Manchado suspirou.   


— Vejamos... Qual o próximo item? Senso de humor. Essa escolha é minha, não de Alfonso. Com um temperamento como o dele, é muito importante que ele encontre alguém que o faça rir de vez em quando. E ela também tem de ser determinada. Uma pessoa de personalidade fraca logo o deixaria aborrecido.


Manchado latiu com firmeza.


— Por que você insiste em trazer isso à tona? Sei muito bem que ele terá de amá-la. Só que ele não acredita no amor, como você já deve ter notado. — Estreitando o olhar, acres­centou: — Diga-me uma coisa: como poderei convencê-lo a acre­ditar no amor, se nem eu mesma acredito nele?


Manchado olhou-a em silêncio, como que lamentando a di­ficuldade que ela teria de enfrentar.


— Como está a sopa? — Pamela perguntou.


— Oh, muito boa.


— A minha está meio insossa.


— Talvez porque você não quis colocar queijo.


— Detesto queijo. E detesto sopa insossa.


Alfonso pegou o saleiro e aproveitou para olhar discretamente para o relógio. Droga. Teria de ficar ali pelo menos mais qua­renta e cinco minutos, antes de conseguir escapar.


— Sal faz mal para a saúde, sabia? — perguntou ela. Alfonso arqueou uma sobrancelha.


— É mesmo? Quer um pouco?


— Não estou gostando disso — disse Anahí. — Os dois estão comendo a mesma coisa, mas parecem muito...


Manchado ganiu.


— Isso mesmo. Entediados. Onde está aquela chama que já deveria ter surgido entre os dois? Alfonso não segurou a mão de Pamela nenhuma vez, não lhe sussurrou nada ao ouvido e nem sequer a fez rir. — Ela olhou para o dálmata. — Como poderão ter um relacionamento duradouro agindo assim logo no primeiro encontro?


Rollo apareceu ao lado dela.


  Como está o jantar, srta. Fazpaz?


— Maravilhoso. Mudaram o tempero do molho do fettuccine?


O maitre assentiu. — Notou?


— E também acrescentaram anchovas — continuou ela. — E estão usando azeite grego. Essa não foi uma boa mudança, Rollo.


— Por favor, srta. Fazpaz — sussurrou ele. — Fale mais baixo, ou acabará revelando nossos segredos.


— Oh, desculpe-me.


Anahí olhou mais uma vez na direção da mesa de Alfonso e fez um sinal para Rollo, que se inclinou para ouvi-la melhor.


— Com que freqüência ele vem aqui?


— O Sr. Herrera? Duas vezes por mês pontualmente.


— Sempre com uma acompanhante diferente?


Rollo deu de ombros. — É bem raro, mas às vezes ele chega a se encontrar duas vezes com a mesma mulher.


Anahí se tornou pensativa por um momento. Quando Rollo fez menção de se afastar, ela o puxou de volta.


— Nos encontros que duraram mais de uma vez, ele tentou beijar a acompanhante?


— Não que eu tenha notado — respondeu o maitre.


"Essa não!", pensou ela.


— Ele não tenta nem tocá-las?


Rollo pensou por um momento, antes de sorrir, com ar de triunfo.


— Isso só aconteceu uma vez. Ele ajudou uma delas a se levantar, porque a moça havia torcido o tornozelo.


Anahí soltou-lhe o braço, deixando-o finalmente endireitar o corpo.


— Ele nunca discute com elas?


— Nunca.


— Nem compartilha segredos?


— O Sr. Herrera? Imagine!


— Nem ri com elas?


O maitre balançou a cabeça negativamente.


— Obrigada, Rollo.


Manchado soltou um suspiro quando o maitre se afastou.


— Sim, foi o que pensei — disse Anahí, lançando um olhar determinado na direção da outra mesa. — Parece que, além de trabalhar como secretária, também terei de ensinar a Alfonso algumas lições sobre romance. — Balançando a cabeça, acres­centou: — Até Deus duvida das coisas que nós, anjos, temos de fazer...



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Autor(a): theangelanni

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CAPÍTULO III     Uma semana depois, Anahí havia acabado de arrumar uma pilha de papéis sobre a mesa de Alfonso quando Manchado levantou a cabeça de repente e latiu com animação. Pulando do sofá, correu em direção à porta e latiu novamente, agitando a cauda. — Joel está aqui? &mda ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 58



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  • helyluna Postado em 20/04/2015 - 10:47:27

    Simplismente perfeita ameiiii

  • nathmomsenx Postado em 26/05/2013 - 12:10:38

    Que web linda! bjs

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
    AyA forever s2

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • css Postado em 03/10/2009 - 16:53:10

    aahhhhhhhh... não acredito que acabou tão rápido... mas eu amei do começo ao fim... vou sentir muita falta... por que vc não tenta fazer uma segunda temporada? já me tem como uma leitora certa.

    BJO.

  • annytha Postado em 01/10/2009 - 10:30:29

    estou suplicando por mais, a tua web é umas das melhores.
    tou amando.
    posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++


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