Fanfics Brasil - A dama de vermelho AyA {Finalizada}

Fanfic: A dama de vermelho AyA {Finalizada}


Capítulo: 8? Capítulo

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— A encontrar uma pretendente para Alfonso? Talvez.


Aquela não foi exatamente a resposta entusiasmada que Anahí esperava ouvir.


— Não acha que ele deveria se casar? Ter filhos?


Joel deu de ombros. — Acho que sim. Se for o que ele quer.


Anahí franziu o cenho, considerando a resposta estranha. — Qual o problema, Joel? — indagou, com gentileza.


— Nenhum.


Sim, havia algo errado. E qualquer que fosse o problema, ele parecia sério.


     Não precisa se envolver, se não quiser. Posso cuidar disso sozinha.


Ele hesitou um momento e perguntou:


— Diga-me por que está fazendo isso. Qual seu interesse nessa história?


— Trata-se de uma missão que prometi cumprir.


— Prometeu a Alfonso?


— Não. Digamos que ela foi designada por alguém que tem mais autoridade do que seu irmão.


— Sei. — Joel assentiu. — Minha mãe deve tê-la enviado. Ela está tentando fazer Alfonso se casar desde que... — Ele não terminou a frase. — Posso conhecer a mulher que você escolher para Alfonso?


— Claro — anuiu Anahí. — Já que mora com seu irmão, acho que essa é uma excelente sugestão. Mas primeiro terei de oferecer a Alfonso um breve treinamento sobre encontros românticos.


Joel arqueou uma sobrancelha. — Treinamento sobre isso? Alfonso?


— Sei que deve estar surpreso. Confesso que também fiquei. Mas quando vi o modo como ele agiu com Pamela, no Sarduccfs, achei que seria preciso uma "ajudazinha".


— Oh, deve ter sido uma das garotas que minha mãe manda para se encontrar com Alfonso de vez em quando. Ela é a pior casamenteira que conheço. Ainda bem que contratou uma es­pecialista desta vez.


— Sua mãe não me contratou — esclareceu Anahí. — Na verdade, nossas missões coincidiram. Acha que me sairei me­lhor do que ela se saiu até agora?


— Bem, aposto que eu conseguiria mais resultados do que vocês duas juntas.


— Ótimo — aprovou ela. — Então está disposto a ajudar?


— Só se você me deixar acompanhar tudo de perto.


— Não quebrarei minha promessa — respondeu Anahí, com gentileza. — Não farei Alfonso se casar com ninguém sem sua aprovação. Tem minha palavra.


— Obrigado. — A tensão desapareceu do rosto de Joel. — Como vai treiná-lo para encontros românticos?


Anahí sorriu, com um ar maroto — Tenho um plano — confessou.


Joel também sorriu. — Algo cruel, demoníaco e condenável?


Ela riu alto. — Com certeza.


— Nesse caso, pode contar comigo!


Alfonso entrou no Sarduccfs com passos firmes. Essa seria a última vez que sua mãe faria isso com ele. Vinha tentando ser paciente com aquela idéia de casamento que ela insistia em manter, depois do fiasco que fora seu relacionamento com Dulce. Mas toda paciência tinha um limite.


— Ora, mas que prazer revê-lo, Sr. Herrera!


— Olá, Rollo. Para ser sincero, não estou muito contente em ter de voltar aqui.


O maitre sorriu. — Logo mudará de idéia, pode acreditar. Sua acompanhante já chegou. Quer que eu lhe mostre a mesa reservada?


— Sim, por favor.


Ao levantar mais a cabeça, qual não foi seu espanto ao avistar sua secretária ocupando a mesa principal. Continuava usando um vestido vermelho, como desde a primeira vez em que ele a vira. Mas aquele modelo, em particular, seria capaz de levar o controle de qualquer homem ao limite absoluto. Sustentado por duas alças finíssimas, possuía um generoso decote nas costas, que terminava bem próximo da cintura delgada.


Alfonso tentou desviar a atenção daquele rosto e do corpo ma­ravilhoso de Anahí, mas simplesmente não conseguiu. Como poderia prestar atenção em sua acompanhante, com aquela verdadeira tentação diante de seus olhos? Sua última esperança era que sua mesa ficasse bem longe...


 


Rollo parou ao lado de Anahí. — Pronto, Sr. Herrera.


Alfonso franziu o cenho. — Como assim, "pronto"?


O maitre lançou um olhar apreensivo de um para o outro.


— Sua acompanhante desta noite é a srta. Fazpaz.


— Obrigada, Rollo — Anahí o interrompeu. — Cuidarei de tudo agora.


— O que está acontecendo aqui? — perguntou Alfonso, indig­nado, quando o maitre se afastou.


— Quer se sentar enquanto eu explico? — sugeriu ela.


— Eu preferiria ir embora daqui.


— A escolha é sua. Não tentarei detê-lo.


— Sábia decisão.


Alfonso pensou em sair, sabendo que essa seria a atitude mais sensata a ser tomada, mas... Ora, desde quando sempre tinha atitudes sensatas na vida? Com um suspiro impaciente, puxou a cadeira e sentou-se.


— Diga logo o que está acontecendo, srta. Fazpaz.


— É uma longa história.


— Então comece logo.


Anahí partiu um pedaço de torrada, sorrindo ao olhar para as migalhas que se espalharam pela toalha da mesa.


— Conheci uma pessoa que "lê" farelos de pão da mesma maneira como alguns lêem cartas. Já notou como eles formam padrões interessantes?


— Não — respondeu Alfonso, não parecendo muito interessado no assunto.


— Tente observar.


— Srta. Fazpaz...


— Anahí, lembra?


— Anahí...


— Por favor. Quebre outro pedaço de torrada para mim — pediu ela.


Alfonso não acreditou que aquilo estivesse acontecendo. Mesmo paciente, pegou uma torrada e quebrou-a ao meio.


— Está satisfeita agora?


Anahí pegou os óculos na bolsa e colocou-os. Em seguida, levantou-se e ficou ao lado dele, inclinando-se até que seus ombros quase se tocassem.


Um delicioso perfume invadiu as narinas de Alfonso, deixando-o entontecido por um momento. A essência floral, com um leve toque amadeirado, aguçou-lhe os sentidos, levando-o a imaginar como seria inspirar aquele perfume diretamente na pele de Anahí.


— Interessante...


O comentário o trouxe de volta à realidade.


— O quê?


— O padrão que os farelos de sua torrada fizeram sobre a toalha.


— Isso é ridículo, Anahí. Não estou interessado...


— Deixe-me continuar, por favor. Faz muito tempo que não pratico isso.


Sem esperar pela resposta, ela tomou a mão direita dele e colocou em sua palma um punhado de queijo parmesão. Soprando-o com gentileza, deixou que os flocos de queijo caíssem sobre os farelos de torrada.


— Para que está fazendo isso? — perguntou ele.


— Os farelos representam nossas ações e as decisões que tomamos. O queijo representa nossas emoções.


Alfonso conteve o riso.


— Claro. Faz muito sentido. E o que tudo isso está dizendo?


— Bem, primeiro que você é uma pessoa muito fechada. Está vendo como os farelos se espalharam pouco? Isso mostra o lado reservado de sua personalidade.


— Exatamente o contrário da sua, não?


Anahí sorriu. — Sim — confirmou, apontando os farelos de sua torrada. — Está vendo? Os meus se espalharam para todos os lados. Isso significa que sou expansiva perante a vida.


— Não sei por quê, mas não estou surpreso em ouvir isso.


Anahí fitou-o com seus lindos olhos azuis.


— O que isso significa? — perguntou Alfonso, perturbado com a intensidade daquele olhar. — Quais são as características de uma pessoa fechada?


— Elas gostam de manter o controle sobre a própria vida e sobre a de todos que se encontram próximos.


— Isso também não me surpreende — declarou ele.


— E organizado e cauteloso... — Anahí voltou a olhar para a mesa. — Os farelos estão organizados, exceto...


— Exceto o quê?


— Está vendo como alguns se espalharam um pouco nas tangentes?


— Isso é pura física, Anahí. Quando você joga algo de uma determinada altura, a substância tende a formar padrões similares.


— Similares, mas não iguais — ela salientou. — É exatamente nisso que reside a arte desta leitura específica. Deixe-me ver se ainda me lembro... As tangentes representam seu futuro. A maneira como os farelos caíram indicam que você está pro­curando algo.


— O quê, exatamente? — indagou Alfonso, com um brilho de ironia no olhar. — Você?


— Não. — Anahí se voltou para ele, mantendo-se bem pró­xima. — Você está procurando uma mulher para amar pelo resto da vida.


Os lábios de Alfonso se curvaram em um arremedo de sorriso. Deveria ter imaginado que ela acabaria dizendo aquilo. Aquela história a respeito de quererem lhe arranjar uma pretendente já estava passando dos limites. Como se não bastasse sua mãe viver insistindo naquilo, sua nova secretária também se tornara aficionada pela idéia.


Com um gesto impaciente, estendeu a mão e espalhou os farelos sobre a mesa.


— Pois você errou, minha querida. Essa é a última coisa de que preciso no momento. — Segurando-a pelo braço, e esforçando-se para ignorar a maciez daquela pele, acrescentou: — Agora me diga o que está fazendo aqui. E é melhor que tenha um bom motivo.


— Bem... — Anahí forçou um sorriso. — Sei que ficará sur­preso, mas sou sua nova treinadora amorosa.



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Autor(a): theangelanni

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CAPITULO IV   Alfonso levou alguns segundos para entender o significado do que Anahí dissera. — Treinadora amorosa? — Isso mesmo. É simples: sairemos juntos algumas vezes e eu lhe ensinarei como deve agir com uma pretendente. — Mantendo um tom gentil, indicou o braço que ele continuava segurando. — Por exemplo, nunca deve ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 58



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  • helyluna Postado em 20/04/2015 - 10:47:27

    Simplismente perfeita ameiiii

  • nathmomsenx Postado em 26/05/2013 - 12:10:38

    Que web linda! bjs

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
    AyA forever s2

  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

    Mais uma web vou ler *-*
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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:44

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • maaju Postado em 15/01/2010 - 12:33:43

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  • css Postado em 03/10/2009 - 16:53:10

    aahhhhhhhh... não acredito que acabou tão rápido... mas eu amei do começo ao fim... vou sentir muita falta... por que vc não tenta fazer uma segunda temporada? já me tem como uma leitora certa.

    BJO.

  • annytha Postado em 01/10/2009 - 10:30:29

    estou suplicando por mais, a tua web é umas das melhores.
    tou amando.
    posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++


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