Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Kristen: Robert! – Repreendeu, mas ria. 

Robert: Ei, não me bate! – Ele encolheu o braço, rindo – Vamos, Kris, diz pra mim. O que você quer. 

Kristen: Quero namorar com você. – Disse, por extenso, como ele queria. 

Uma faísca de felicidade riscou os olhos de Robert. Ele se inclinou pra ela, tomando seus lábios em um beijo doce, apaixonado. O primeiro beijo oficial. 

Logo aquele “eu gosto mesmo de você” se transformaria em um belo “eu te amo”. Era apenas uma questão de tempo. E assim o primeiro casal da republica 06 se forma. 

Horas se passaram. Quando Anahí acordou, já passava do meio dia. Era sábado. Ela não se mexeu, um som atraiu sua atenção antes. O som do coração de Alfonso. Ela estava deitada sob o peito dele, de modo que seu ouvido estava pousado em cima do coração, que tamborilava tranqüilo, enquanto seu dono dormia. Anahí ouviu aquele som por minutos. O coração dele trabalhava normalmente, sadio, bombeando sangue por seu corpo enquanto ele descansava. Mas depois o som começou a torturar ela, e ela se soltou dele. Se deitou de bruços, do outro lado da cama, com o rosto virado pra parede, pro oposto dele. O tempo passou, e quando Anahí percebeu, estava chorando. Uma dor agonizante se apoderou dela, e ela chorou em silêncio. 

Alfonso: Ana? – Murmurou, após algum tempo, acordando. Anahí secou o rosto rapidamente. 

Anahí: Hum? – Respondeu, sentindo as lágrimas deslizarem novamente. 

Alfonso: O que houve? – Anahí balançou a cabeça negativamente – Você... você tá chorando? – Perguntou, ouvindo a respiração dela alterada. Ele se sentou, se aproximando dela, mas ela se encolheu – Anahí, o que foi? – Perguntou, ao ver, de relance, o rosto dela molhado novamente. 

Ele sabia o que foi. Ela se arrependera. Estava pensando em Christopher. Se arrependera do impulso que teve na noite passava, e agora chorava a magoa do que teria que encontrar. 

Anahí: Não me pergunte o que foi. Só me deixe chorar. – Murmurou, dentre os soluços de seu choro 

Então, o que Alfonso não esperava: ela o abraçou. O abraçou, e continuou em seu choro, agora com o rosto no peito dele. Ele abraçou ela de volta, acolhendo-a, e deixou-a chorar, molhando seu peito. O pior é que ela nem estava pensando em Christopher, agora, ao contrário do que ele pensava. O sentimento que ela tinha por Alfonso rasgou os curativos que ela mesma fez em seu coração, curativos antigos, e avançou, deixando-o exposto. Mas o coração dela estava ferido demais, destroçado demais, e a dor disso a engolfou. Queria poder ser capaz de ama-lo, sem medo. Ela fugira desse sentimento por 2 anos, mas sempre soube que um dia ele a alcançaria. Porém, depois de algum tempo, se achou capaz de reprimi-lo quando viesse. Mas então Alfonso chega, e derruba todas as muralhas que ela construiu, arranca todos os curativos já colocados. E ela nada podia fazer. Era fraca diante daquele sentimento. Só lhe restava chorar, chorar por ser fraca, chorar por não ser capaz. Chorar por gostar dele mais, muito mais do que devia. 

Anahí estava na cozinha, picotando algo que Alfonso achou que lembrava caramelo em barra. Além disso, um cheiro gostoso de doce subia de uma panela, no fogão. Ele sorriu consigo mesmo, vendo o rostinho de dedicação e atenção dela. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo, e ela usava uma blusa de alça amarela clara, com um shortinho branco. Estava descalça. Completamente a vontade. Ele se aproximou, e ela não percebeu. 

Alfonso: Ana? – Chamou, antes de se encostar. Tinha medo de que ela se assustasse e talhasse a mão. Anahí ergueu o rosto e olhou ele brevemente. 
Anahí: Oi. – Respondeu, medindo os tamanhos dos cubinhos. 

Alfonso: Ocupada? – Perguntou, se encostando ao lado dela. 

Anahí: Não muito. Só tô fazendo uma torta. – Disse, dando de ombros. – Olha, eu não quero falar sobre ontem. – Disse, pondo os cubinhos em uma tigela, e se sentando em um banco da mesa. Ele se sentou ao lado dela. Ela ficou em um lado da mesa, na cabeceira dela, e ele sentado em sua lateral. 

Alfonso: Porque não? – Perguntou, ameno. 

Anahí: Porque eu não quero relembrar, muito menos falar em voz alta sobre o papelão que eu fiz. – Disse, sorrindo de canto, enquanto cortava mais do caramelo. 

Alfonso: Não foi um papelão. – Ele disse, e ela ergueu o rosto pra encara-lo, com a sobrancelha erguida – Além do mais, você fica linda quando chora. – Elogiou, acariciando a maçã do rosto dela com as costas das mãos. Anahí sorriu de canto. 

Anahí: Alfonso... – Ela hesitou – Eu... – Respirou fundo – Eu gostaria, muito, de te dizer o que realmente houve. – Ele ouviu, prestando atenção – Mas não é algo que envolve só a mim. Eu não tenho... não tenho o direito de falar.