Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Alfonso: Vai ser nosso segredo. – Ele disse, e uniu os lábios levemente com os dela, separando-os em seguida - Não vou contar a ninguém. - Prometeu, e beijou-a novamente, de leve - Ninguém vai ver, ninguém vai saber. - Ressaltou, beijando-a pela terceira vez. Anahí suspirou, sofrega.

Anahí: Não. - Repetiu, mas sua voz já não tinha certeza nenhuma.

Alfonso: Eu preciso disso, Ana. - Disse nos lábios dela - Preciso disso como se fosse a força que bombeia o meu sangue. - Ela encarou ele, e o verde de seus olhos inebriou os pensamentos dela. A sinceridade daquelas palavras reinava, absoluta, no olhar dele. Anahí não protestou mais. Permitiu. E então, aconteceu. 

Tudo é tão fácil

Meu amor ♫ .

Alfonso se lançou a ela novamente, mas desta vez não foi apenas para um selinho. Anahí ofegou de saudade quando a língua dele possuiu agressivamente sua boca. Alfonso tinha a mão livre pousada no pescoço dela, perto da maxilar, possessivo, e ela pousou uma mão, delicada, no braço dele. Pois bem, que o coração dele continuasse a bombear seu sangue, então. As línguas dos dois se encontravam apaixonadamente, e a alma de Anahí sorria. Ela pensou, na mente nublada, se algum dia poderiam começar com calma, sem essa agressividade. Nesse ponto ela descobriu que adorava o jeito violento dele. Os minutos passaram, e a necessidade do ar era ignorada. Alfonso se sentou direito, sem deixar ela, e pousou a mão na cintura dela, apertando-a de leve. Não se sabe como, eles não conseguem explicar, mas os dois tombaram pro chão. Alfonso deitado, de costas, e Anahí em cima dele. O moreno desceu os beijos, agitados, pra maxilar da loura, em seguida pro pescoço. Ele tinha fome do gosto da pele dela. A gana dele era tão grande, que o rosto da loura balançava a cada busca da boca dele, e ela sorriu com isso. Logo ele buscou a boca dela novamente, e ela o correspondeu a altura. Porém, logo foram interrompidos. Alfonso, sedento, foi virando ela, buscando estar por cima. Ela aceitou de bom grado, e desceu de cima dele. Porém, quando ele foi passar pra cima dele, a loura se ajeitou para recebe-lo, sua cabeça bateu na perna da mesinha de centro, com um baque oco. Ela riu, ele também.

Anahí: Ai. – Ge*meu, dentre o riso, segurando a nuca – Te machuquei? – Perguntou, sabendo que na batida, no susto, e dentre o beijo, havia mordido a boca dele.

Alfonso: Não. – Disse, sorrindo do riso alegre dela.

Salve seus beijos pra mim

Porque eu não quero ser apenas um amor de verão ♫ .

Logo, junto com a dor na nuca dela e na boca dele, o riso morreu. Os olhares dos dois se encontraram, azul contra verde. Alfonso acariciou o rosto dela de leve, tirando-lhe uma mecha do rosto. Ela apenas observava ele. Ele não conseguia ler o olhar dela, então, arriscando tudo, voltou a aproximar o rosto do dela. Só que ela desviou o rosto, de modo que só sentiu o hálito quente dele sob sua pele.

Anahí: Foi melhor assim. – Disse, voltando o rosto pra ele. Foi a vez dela de acariciar seu rosto. Ele sorriu de canto, sentindo o toque frágil de sua pele – Eu não sou uma delas, Poncho. Eu queria poder ser, mas eu não sou.

Era a mais pura verdade. Ela queria ser inteira, ter um coração saudável, e toda vez que houvesse oportunidade, ir pra cama com ele, como seu corpo gritava, implorando. Depois, quando ele aprontasse, ela o mandaria pro diabo que a carregasse. Funcionava com todos, não é? Mas o coração dela não era assim. Agora, por exemplo, latejava nas bordas, em agonia. Ela sabia que quando estivesse só, sem ele, a dor a engolfaria novamente, e ela padeceria sob sua dor.

Não deveria ter beijado ele. Era mais do que seu coração frágil podia suportar sem sofrer. Era se dar ao desfrute de ter ilusões, esperanças.

Alfonso: Eu sei que não é. – Disse, passando o polegar de leve na maxilar dela. Anahí buscou o olhar dele, procurando alguma coisa que ela não tivesse entendido, mas não havia nada.

Anahí: Eu... eu vou subir. Eu tô cansada. Logo os outros vão chegar, e eu quero descansar um pouco antes do furacão Dulce María voltar. - Disse, e ele saiu de cima dela, tombando pro lado. Ela se levantou - Boa noite, Poncho. - Desejou, e rumou a escada, sumindo no segundo andar.

Alfonso: Qualquer coisa, grite. - Avisou, e ouviu o riso dela vindo do segundo andar. Ele sorriu, e passou as mãos no rosto, respirando fundo.

Anahí entrou no dormitório vazio, e ligou o abajur de sua cama. Ela se deitou e cruzou as mãos sob o peito, e assim a dor a apanhou. Ela queria gritar, como Alfonso advertira, queria pedir por sua ajuda.Mas não havia ajuda pra aquela dor. Era uma dor dela, só dela. O choro a apanhou quase instantaneamente, e ela ofegou. Ela o queria tanto... . Talvez, quando Dartmouth terminar. . Mas eu quero ele agora. . Não pode querer, uma dose só não é o suficiente? . Não vai ser igual. . Não se cansa de sofrer, Anahí? . Eu também tenho direito de ser feliz, como os outros. . Seja feliz com o que tem. Seja feliz com Suri. Esqueça-o. . Eu não consigo. . Ele vai te machucar. Veja, mesmo te demonstrando tanta paixão, ele sai com todas que aparecem pela frente. Vai te magoar, vai te destroçar, e vai te jogar fora. Você vai sofrer novamente, e vai ser pior. . Anahí soluçou em seu choro, espantando aquele pensamento. Não queria ouvir a verdade. Não queria ouvir nada. Queria sumir. No andar debaixo Alfonso estava distraído, sem ter a mínima noção de que a amada sucumbia em dor no andar de cima.

Minutos depois, a dor foi passando. Anahí tinha a testa soada, os olhos vermelhos, o rosto lavado em lágrimas. Ofegava, tremula. Foi afrouxando o aperto no peito, aos poucos, enquanto se recuperava. Alfonso decidiu ir dormir também, mas ao passar no corredor, se lembrou da tampa fantasma do corredor. Ele foi até lá e, cuidadosamente, a retirou. Viu Anahí deitada, de barriga pra cima. Ela já havia secado o rosto. Ele viu que estava pálida, mas infelizmente não pode ver a vermelhidão de seus olhos. Anahí agora se sentia nauseada, após aquela sessão de tortura. Logo, motivada pelo choro, o sono começou a chegar. Inconsciente de que Alfonso a observava atentamente, ela tirou uma caderneta de uma gaveta na mesinha de cabeceira, abriu em uma pagina, aparentemente com uma foto. Anahí beijou a foto da filha levemente, e sorriu de canto. Alfonso observou, curioso. Ela apagou a luz, e se deitou. Ele observou a escuridão do quarto por instantes. Anahí não gostava do escuro. Fazia ela se sentir violentamente sozinha. A solidão era ruim, machucava. Ele ouviu ela rosnar, e ligar o abajur novamente. Sorriu ao ver ela, emburrada, se virar de costas pra o abajur, e fechar os olhos. Logo ele viu o rosto dela se descontrair, e soube que tinha adormecido. Podia passar a noite inteira ali, velando seu sono, mas achou melhor dar-lhe privacidade. Colocou a tampa da parede no lugar, e rumou ao seu quarto, onde logo adormeceu também.