Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Fez frio quando a madrugada caiu. Bastante frio. O verão estava chegando, sim, mas as madrugadas eram impiedosas. Alfonso se lembrou de Anahí, do modo precário como ela se preparara para dormir. Ele bocejou, e se levantou, saindo descalço do quarto. Entrou no dormitório feminino estava categoricamente frio, a porta da varanda estava aberta, e o vento entrava, livre. Alfonso olhou Anahí, e sorriu de canto. A loura dormia, encolhidinha, com os braços cruzados, porém, totalmente descoberta. Alfonso foi até a varanda e fechou a porta, fazendo o vento assobiar ao se bater na madeira. Ele apanhou um grosso edredom dobrado nos pés da cama, e cobriu ela. A loura, aos poucos, foi se desencolhendo. Alfonso sorriu, e tirou o cabelo do rosto dela, dando-lhe um beijo de boa noite. Ele se ergueu, até que percebeu algo errado. Tinha uma lagrima no canto dos olhos dela, provavelmente tinha lhe escapado antes que adormecesse. Ele tocou a pequena gotinha, retirando-a dali. Até que ela, ainda dormindo, segurou o braço dele, sem força nenhuma.

Anahí: Alfonso... – Murmurou, em seu sono.

O coração de Alfonso se iluminou de felicidade. Ela estava dormindo, isso era inegável, mas era por ele que estava chamando.

Alfonso: Eu estou aqui, meu amor. – Respondeu no mesmo tom que ela, sem querer acorda-la, mas incapaz de não responder o chamado da amada.

Anahí: Fique comigo. – Pediu, com a voz quase inaudível.

Alfonso analisou, mas depois assentiu. Se deitou ao lado dela, que estava na pontinha da cama. Ficaria ali uns 10 minutos, depois, quando ela parasse de falar, iria embora. Só que Anahí se virou, abraçando-o pela cintura. Ele ficou imóvel, com a respiração presa. Se Anahí acordasse, mataria ele. Ela, porém, uma vez acomodada no peito largo dele, voltou a ressonar calmamente. Alfonso sorriu e envolveu o ombro dela com um braço, começando a lhe acariciar os cabelos. Até que ela o chamou, novamente.

Alfonso: Hum? – Respondeu, com os lábios na testa dela.

Anahí: A menina... – Murmurou, com a voz abafada no ombro dele.

Alfonso: Que menina? – Perguntou, distraído.

Anahí: Suri. – Respondeu, baixinho. Ele olhou pra frente, depois abaixou os olhos pra ela.

Alfonso: O que tem a menina? – Perguntou, instigando.

Anahí: Minha filha. – Assumiu, com a vozinha falhando.

Alfonso esperou. Disso ele já sabia. Porém, essa oportunidade era mais do que ele podia esperar. Ela podia responder tudo a ele. Tudo o que se negava a dizer, uma vez acordada.

Alfonso: Christopher? – Testou.

Anahí: O pai. – Disse, após alguns segundos.

Alfonso: Vocês... estão juntos? – Perguntou, cauteloso.

Anahí apenas se apertou a ele, e balançou a cabeça, negativamente. 

Alfonso: Mas eu vi. – Contestou.

Anahí: A menina.

Alfonso: O que tem a menina, meu amor? – Perguntou, acariciando os cabelos dela.

Anahí: Não precisa saber. – Completou.

Alfonso: Pedro?

Anahí: Soube de tudo, desde o inicio. – Confessou.

Alfonso juntou todas as informações, como alguém que

encontra pedras pequenas de diamante.

Anahí: Não me condene. Não foi por querer. – Pediu, com a vozinha falhando.

Alfonso: Não vou te condenar. Eu te amo. – Disse, e ela pareceu se tranqüilizar. Deus do céu, se ele soubesse que ela falava dormindo antes, tanto trabalho teria sido poupado.

Na realidade, Anahí não falava dormindo. Não no normal. Mas a alma dela estava tão desesperada por se libertar disso, que, uma vez sem seu juízo normal, contou- lhe na primeira oportunidade que tinha.

Alfonso: Porque foge de mim, se não há nada com Christopher?

Anahí: Dor. Dor demais. – Assumiu. Ele franziu o cenho, sem entender.