Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Anahí: É claro que não. – Disse, passando a mão no nariz – Eu tenho medo. Está doendo. Mais que nos últimos anos, está doendo. Cada vez que ele me toca, cada vez que me beija. Eu sei que vai doer. Quando eu fico sozinha, é como se estivesse sendo açoitada. Meu coração dói. –

Assumiu, e ele secou seu rosto. Alfonso com um choque entendeu o porque ela fugia dele.

Christopher: Aceite a dor. Tente conviver com ela. Depois, ignore-a. É torturante, a inicio, eu sei. Mas dá certo.

Anahí: Eu sou fraca. Eu não quero sofrer. – Ela respirou fundo – Eu vou fugir. – Concluiu. Alfonso franziu a sobrancelha, mas Christopher fez a pergunta que enchia sua boca.

Christopher: O que? – Perguntou, confuso.

Anahí: Vou pegar Suri. Vou voltar pra França. Até cicatrizar. Quando ele voltar, já vai ter outra, e eu vou me acostumar. Isso é, se já não tiver. – Disse, dura consigo mesma.

Christopher: Mas você não vai, não. – Disse, duro com ela. – De jeito nenhum. Eu aceitei que você preferisse manter segredo sobre Suri, mas não vai fugir.

Anahí: Chris... – Interrompida.

Christopher: É minha filha também. – Continuou – Se fugir, eu vou contar a verdade a todos. Eu vou atrás de você.

Anahí: EU NÃO POSSO FICAR AQUI! – Gritou, soluçando.

Christopher: Vai ficar. Vai acabar com isso. – Disse, em voz conclusiva, após segurar os pulsos dela.

Anahí: Está doendo. Quase como da ultima vez, está doendo. – Murmurou, ainda chorando. As lágrimas dela torturavam Alfonso.

Christopher: Vai parar. Se você enfrentar, vai parar. – Prometeu.

Anahí: Porque eu não consigo ser como você? Superar?

Christopher: Porque você não aceita a dor. Você, lá dentro, ainda espera que algo mude. Não vai mudar. Só vai melhorar, se você aceitar, e compreender.- Ele secou o rosto dela – Se aceitar ele, Annie.

Anahí encarou ele por alguns segundos. Estava branca feito papel. As lagrimas corriam pelo rosto inundado dela. Alfonso soube o que ia acontecer na hora que aconteceu: ela desfaleceu. Não agüentou a dor. Christopher a abraçou pelos ombros na hora que ela caiu, e a ninou por vários instantes. Em seguida deitou-a na cama. Anahí, ainda sem sentidos, parecia em paz. Alfonso entendeu quando percebeu que ele não ia forçar pra que ela despertasse. Ia lhe dar tempo, em paz, sozinha, sem sentidos. Ele colocou ela direito na cama, arrumou os travesseiros. Anahí ficou parecendo uma paciente de hospital, sendo confortada. Por fim ele
cobriu ela, que não reagiu, mole, porém calma. Ele colocou a bandeja na mesa de cabeceira dela, pra quando acordasse. Deu-lhe um beijo na testa. Alfonso tampou a parede e saiu dali, antes que o outro o visse. Só havia uma imagem em sua cabeça: Anahí, sucumbindo em sua dor, perdendo os sentidos. Será que havia tortura maior que a que ele estava sentindo?

Assim que Christopher saiu, Alfonso voltou ao quarto de Anahí. Só demorou o tempo necessário pra tomar um banho, tirar o cheiro de desinfetante do corpo. Ele se arrepiou ao entrar no local. Estava frio, a luz era fraca. A loura parecia morta, perante a palidez e imobilidade como se encontrava. Ele não iria acorda-la, concordava com Christopher em deixa-la dormir. Apenas se sentou ao lado da amada, pegando sua mão. Ele secou o rosto dela, que não se moveu.

Alfonso: Não vai doer mais, meu amor. – Prometeu em um murmúrio, com a boca na pele das costas da mão dela – Eu vou fazer parar. Eu prometo.