Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

FLASHBACK DE ANAHÍ .

Anahí estava atormentada. Christopher surgira em sua vida como um raio de luz, um trovão, destruindo tudo o que ela sabia de si mesma. Pedro percebera essa alteração nela, ele sentia a confusão nos sentimentos da namorada.

Anahí: Mamãe! – Exclamou, chorosa.

Marichello: Annie, minha princesa. – Disse, carinhosa, se sentando e abraçando a filha, que se acolheu a mãe – Era de se esperar. Você é linda, é perfeita, parece um anjo, uma obra esculpida por Deus. É claro que todos vão te olhar, vão te desejar, minha bonequinha. – Disse, alisando os cabelos da filha.

Anahí: Christopher é diferente. – Fungou, passando a mão no nariz.

Marichello: Porque ele é diferente? – Perguntou, paciente.

Anahí: O jeito dele, o modo como anda, como fala. O olhar dele. O modo como se veste. O modo como ele faz eu me sentir por dentro, como se fosse única. Uma em um milhão, como ele disse. – Marichello sorriu – Fora que é lindo. Parece um Deus, mamãe! – Exclamou, e Marichello riu. – Não ria! – Disse, se soltando a mãe e ajoelhando-se do seu lado – Você precisa vê-lo! A cor da pele, branca, é macia, perfumada. Os olhos dele, mamãe, os olhos dele, tem uma coisa que, eu não sei, prendem a gente! Dá vontade de parar e passar o resto da vida encarando aqueles olhos. Os cabelos dele, tem um perfume tão gostoso, lembra chocolate com morango. – Marichelo riu mais gostosamente ainda – E ele é forte, mamãe. É mais alto que eu, e os braços dele...

Marichello: Annie... – Chamou, rindo educadamente.

Anahí: As vezes ele me toca, me abraça, e eu vou no inferno, converso com o capeta e volto! – Exclamou, exasperada. Marichello pôs as mãos no rosto, a pele de porcelana começando a ficar vermelha pelo riso.

Marichello: Anjo, calma. – Pediu, sorrindo. Amava a exasperação da filha.

Anahí: Mas se fosse só a beleza. Mamãe, o jeito que ele me trata! – Exclamou, tirando os cabelos do rosto. Marichello observou, com fascínio, os cabelos da filha ricochetearem no ar, formando uma cascata de cachos louros – Me faz sentir diferente, como se ele fosse capaz de destruir o mundo por mim!

Marichello olhou em volta, tentando parar de rir. Desde que Anahí nascera, ao longo dos anos quando foi crescendo, ela sempre soube que teria problema com os romances da filha. E estava adorando te-lo. O quarto de Anahí era o sonho de toda adolescente. Mesmo sabendo que daqui a alguns anos Anahí terminaria o preparatório e se mudaria para uma republica em Dartmouth, Marichello não poupava nada ali. Era enorme, tinha uma cama de casal, com uma colcha rosa claro. Plateleiras com bonecas de porcelana, porta-retratos, criados mudos, poultronas, cômodas, um closet enorme, um tapete felpudo no centro, televisão, dvd, aparelho de som, home theater, frigobar, ursos de pelúcia enormes, um banheiro individual, quadros na parede, com fotos de Anahí feitas por profissionais, todas em preto e branco, que davam um toque bonito com as paredes brancas... enfim, era o sonho de todas nós. Era um templo, pra a deusa Anahí.

Marichello: Então qual o problema, meu bebê?

Anahí: O problema é que eu tenho namorado! Eu gosto do Pedro, mamãe! – Disse, com a voz chorosa novamente.

Marichello: Ele está meio diferente esses dias. – Comentou.

Anahí: Até você vê. Ele percebeu que eu estou diferente. Mas não me pressiona, não me cobra. Eu não sei o que eu faço, mamãe. – Disse, com o olhar se inundando, e se deitou no colo da mãe novamente.

Marichello: Faça o que seu coração mandar. – Disse, acariciando os cabelos da filha. Anahí usava um shortinho de algodão rosa, e uma blusinha simples, branca – Não chore, meu bebê. – Pediu, limpando uma pequena lagrima solitária que vazou do olhar de Anahí.

Anahí: O que você acha que eu devo fazer? – Perguntou, com a voz embargada. Marichello não respondeu – Mamãe? – Chamou, virando o rosto pra mãe.

Marichello: Coloque as mãos por dentro, - Disse, tocando o peito de Anahí, onde o coração dela tamborilava energeticamente – E arranque o mal pela raiz. Esqueça tudo, e imagine sua vida sem os dois, separadamente. – Anahí analisou – Você vai descobrir qual dos dois você não pode viver sem.

Anahí: É? – Marichello assentiu – Ah, obrigada, mamãe. – Disse, abraçando a mãe com força. Marichello sorriu e aceitou o abraço da filha, retribuindo-o.

Alexandre: Reunião de família? – Perguntou, entrando no quarto.

Marichello: Assunto de mulheres. – Respondeu, sorrindo, e Alexandre, vendo Anahí encolhida no colo da mãe, entendeu o que era.

Alexandre: Princesa, se você quiser, eu jogo o Pedro pra fora da próxima vez que ele vier aqui. Me livro dele pra você, sim? – Prometeu, e Anahí riu, secando o rosto.

Anahí: Papai, não! Coitado do Pedro. – Resmungou, e Alexandre riu – Mamãe!

Marichello: Alexandre, para. – Retrucou, mas sorria também. Alexandre abraçou Anahí, dando-lhe um beijinho no ombro e selou os lábios com os da esposa. Eram uma família feliz.

Marichello se arrependeu amargamente do conselho, anos depois. Anahí descobrira que, das duas opções, era sem Christopher que ela não podia ficar. Estava irrevogavelmente apaixonada por ele. Pedro, já prevendo isso, conversou com ela, terminou o namoro dos dois, e se tornaram grandes amigos, sem represarias. Marichello teve frouxos de felicidade ao conhecer Christopher; em sua opinião, a beleza dele fazia juz a beleza de seu anjo, estava a altura de Anahí. Entretanto, alguns meses depois, ela chorou amargas lágrimas por ter permitido aquele namoro, por ter apoiado Christopher. Sua Anahí, sua bebê, sua menina, grávida... .

FIM DE FLASHBACK.