Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Alfonso se sentou ao lado dela, observando-a. Podia ver o sofrimento atrás das palavras dela.  

Anahí: Então ela nasceu. – Disse, pondo a mão na testa – E era a coisa mais linda que eu já havia visto na vida. Era a minha menina. – Disse, sorrindo, ao se lembrar de Suri, toda ensangüentada, gritando, indignada, pra vida – Mas eu ia da-la. Ia dar ela a alguém, e voltaria pra faculdade, esqueceria isso. 

Ela parou, olhando a grama molhada. Parecia criar forças, seu corpo balançava levemente, sob os soluços. 

Anahí: Mas eu amei. – Confessou, chorando convulsivamente – Eu a amei desde o primeiro momento em que a senti. A amei durante os enjôos, durante os chutes, as noites sem dormir, a amei enquanto a via crescer, me deformando, vivendo. – Ela sorriu de canto – Eu comprava roupas pra ela. Dizia que era pra não da-la sem nada, para que tivesse algo. Mas acho que no fundo sempre soube que não teria coragem. Entretanto, até nisso, foi Christopher que salvou tudo. De novo. 

Ela respirou fundo, e Alfonso imaginou como Christopher a impedira de dar a menina. Então ela começou a falar novamente. 

FLASHBACK DE ANAHÍ 

Era uma manhã fria. O tempo estava nublado, ventava. Christopher dirigia. Ela ia no banco de trás, levando Suri. A menina a olhava, com os olhinhos inocentes, os olhos do pai. Era tão pequena. Deus, nas mãos de quem iria parar? Iriam cuidar bem dela? E se a maltratassem? Se batessem nela?

Era um ser tão puro, tão imaculado, merecia o melhor. O carro parou em uma rua vazia. Havia um enorme orfanato do outro lado da rua, com aquela roda onde você põe os bebês pra entrega-los as madres. Anahí desceu do carro, aninhando Suri na mantinha rosa. Christopher logo chegou até ela.

Ela entregou a menina, e abaixou o rosto, cruzando os braços ao redor do peito. Christopher avançou até o outro lado da rua. Usava um sobretudo preto, e ela só podia ver a mantinha rosa. Ela acompanhou com o olhar ele chegar na porta do orfanato, e testar a roda, ver se era segura. Então, na hora H, ele virou o rosto e a encarou. O mel de seus olhos era duro, frio, banhava preocupação, desaprovação, dor. Aquele olhar mostrou tudo o que ela precisava ver para acabar com aquela besteira. 

Anahí: NÃO! – Gritou, desesperada. Christopher, que já tinha se abaixado pra por Suri na roda, se virou pra ela novamente – CHRISTOPHER, NÃO! – Gritou, e as lágrimas queimaram seu rosto. 

Anahí correu até ele. Ele lhe entregou a menina. Suri encarou a mãe, inocente, pura. Não sabia o que os pais estavam prestes a fazer. 

Anahí: É minha. – Soluçou, beijando a testa da filha – É minha, eu fiz. Eu não quero dar, ela é minha. – Christopher sorriu, aliviado, e lhe beijou a testa. Logo os 3 voltaram ao carro, e retomaram seu caminho pra casa. 

FIM DE FLASHBACK .

Anahí: Foi o olhar dele. Por um nada, eu não estragava tudo novamente. Era minha filha, e eu ia da-la. Que espécie de mãe eu sou? Eu quis matá-la, quis da-lá a alguém que eu nem conhecia.