Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Alfonso: Mas você não o fez. 

Anahí: Porque ele não deixou. – Murmurou, olhando a chuva – Alfonso, no momento em que Christopher entrou na maternidade, no meu quarto, eu soube que não o amava mais. Havia morrido, miseravelmente. Meu coração estava destroçado, incapacitado. Eu jurei pra mim mesma que não me envolveria mais com ninguém, nunca. E evitaria a dor que eu senti naquele dia, e depois. Eu viveria por Suri. Eu não ia voltar pra faculdade, eu ia mostrar ela pro mundo, e viveria pra ela. Então, que diabo, você apareceu pra estragar tudo. – Alfonso riu de leve. 

Alfonso: E então...? 

Anahí: Voltei pra casa. Pedro conheceu Allie, e por lá ficou. Eu contei pro meu pai sobre Suri. Ele amou ela. Babou horrores. – Ela sorriu – Mas eu senti falta de Dartmouth. De Christian, Dulce, Rob, de todos. Eu estava sofrendo muito. Era um preço caro a se pagar. Então ele deu a idéia: Eu voltaria pra faculdade, e revezaria meu tempo pra ficar com Suri. Eu aceitei. Não achava que daria certo, aceitei. O meu primeiro ano de vida dela, não, eu fui dela todo o tempo. Depois, voltei pra faculdade.

Alfonso: O que sua mãe achou disso? 

Anahí: Minha mãe teve raiva de mim quando eu optei por ter o bebê. Me renegou. Durante o tempo que eu estive fora, ela quis tanto me esquecer, que conseguiu. Criou um problema no cérebro, esquece as coisas. Na maior parte do tempo ela se lembra que é casada, e que tem uma filha, linda. – Ela soluçou – Meu pai vai vê-la todos os dias. 

Alfonso: E você?     

Anahí: Ela não sabe que a filha sou eu. Fica alterada quando me vê. Me chama de “menina má.” Ela não quer ver a menina má. – Ela soluçou mais ainda – Toda vez que me vê, fica mal por dias, então eu parei de ir. – Ela respirou fundo – Nunca viu a neta. 

Alfonso: Então era isso. – Murmurou, pra si mesmo.  

Anahí: E que ser abominável eu sou! – Soluçou, histérica – Toda vez que eu olho pra Suri eu me lembro do que ela teria sido, dependendo de mim. Ou um feto, largado em um lixão qualquer, ou um bebê adotado sabe-se lá por que família. – Ela soluçou – Quando eu vi ela cair no lago hoje, eu vi o feto dela, eu vi o que eu quis fazer. Mas eu tive o castigo que eu mereci, ah, tive. – Soluçou, amarga. 

Alfonso: Castigo? – Perguntou, confuso. Não se lembrou de nada sobre castigo. 

Anahí: Eu sou estéril, Alfonso. – A dor em sua voz era mais que clara quando ela se levantou – Eu sou seca por dentro, oca. Suri me custou isso. O parto me custou isso. Não sou mais capaz de gerar filhos, não sou mais capaz de amar. Não presto pra nada. – Disse, andando pra chuva de novo – Nunca mais vou ser mãe de novo. Ela é tudo o que eu vou ter. 

Alfonso recebeu aquilo como um tapa. A mulher que amava não podia ter filhos. Ele podia ver seus sonhos de crianças gordinhas, com seus olhos, engatinhando pra ele em um tapete, desmoronando agua abaixo.