Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Edgard: Annie? – Perguntou, vendo ela. Estava pálida, da cor de papel. Parecia frágil. 

Anahí: Ban-banheiro. – Murmurou entre os dentes, e disparou dali, correndo pro banheiro. 

Ela se trancou lá. O banheiro de funcionários do Monseur Vatel tinha azulejos verde-escuros, era grande, e havia um grande espelho. Anahí não queria ver o verde. Nada verde.

Não queria se lembrar dos olhos dele. Então, em um rasgo cruel, a ferida em seu coração se reabriu. E agora não era mais um coração, eram migalhas.

A ferida não havia sumido, como ela achava. Estava escondida, esperando pra dar o bote. Anahí se apoiou na mesa, arfando seguidamente, sentindo as ondas impiedosas de dor que ela não sentia há tempos atingirem ela.

Mas agora era pior. Era muito pior. Porque ninguém a matava, e acabava com aquilo?  

Era cruel deixar alguém sentir dor a aquele ponto. Ela apertou o mármore da pia, e as feridas em sua mão prontamente começaram a sangrar outra vez. .

Alfonso: Você ainda vai me amar amanhã? 

Anahí: Amanhã e para sempre. – Prometeu. 

Alfonso: Eu amo você. – Disse, e ela sorriu . Ela não suportava lembrar.

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As lágrimas queimaram seu rosto, e ela gemeu com aquela dor insuportável. Deus, o que fizera de tão mal pra merecer aquilo? Então ela não agüentou e caiu de joelhos.

Logo estava com o rosto no azulejo frio, os soluços de dor lhe sacodindo, enquanto se contorcia no chão. A vida era cruel. O amor era cruel. Alfonso era cruel. E ela queria morrer. 

Edgard: Annie? – Ele bateu na porta, tempos depois dela ter entrado ali. – Anahí, você está bem? – Silêncio. 

Edgard bateu, e insistiu, e chamou. Estava se preocupando. Anahí não tinha forças pra responder, mutilada, caída num canto da parede.

Pálida, soando frio, os olhos vermelhos, o rosto lavado em lágrimas, a maquiagem borrada. A dor não passava, era insuportável.

Ela queria gritar. Mas não o fez, a morte deveria estar próxima, ela não deveria agüentar muito mais tempo. Então, ao fundo, ouviu o estouro de uma porta. Não teve forças pra virar o rosto, queria sumir dentre os azulejos. 

Edgard: Annie! – Exclamou, horrorizado. Ele fechou a porta, mesmo com a fechadura ruim, para evitar cusiosos. – Anahí, o que há? – Ele se ajoelhou na frente dela, pegando o rosto dela entre as mãos – Deus, está gelada. – Murmurou, e ela o encarou, mais duas lágrimas escorrendo pelo seu rosto – O que você tem?

Anahí: Dor. – Assumiu, em um murmúrio, com a boca seca. 

Edgard: Eu vou chamar um médico. – Disse, e prontamente se levantou. 

Anahí: Não! – Pediu, e ao esforçar a voz a dor deu uma ricocheteada mais forte, como se a avisasse que ela deveria sim sumir, não se anunciar a ninguém.