Fanfic: Perto Demais-Part 3/3 Ponny- Vondy-Robsten-Chaverroni! | Tema: Alfonso e Anahí-Aya-Ponny

Anahí: Então deite aqui. – Anahí chegou pro lado na grande cama que era de Suri, e tocou na cama – Assim cuida de mim e descansa.  

A menina pareceu relutante, mas por fim aceitou. Uma vez deitada, colocou a mão da mãe em cima da barriguinha, e continuou o trabalho com o algodão. Amanheceu, e o sono venceu Suri. A menina dormiu, o algodãozinho na mão.

Anahí observou a luz do sol se apossar aos poucos do céu pela janela, como um mau presságio. Ela se demorou o máximo que pode. Depois se levantou, e arrumou a filha na cama, tomando-lhe o algodão e o soro das mãozinhas. Mexer suas mãos doía barbaramente, cada corte parecia doer, e haviam muitos em cada uma delas. Nas costas, nos dedos, na palma, nas laterais.

Estava arruinada. Ela tomou um longo banho, de mais de 45 minutos debaixo do chuveiro frio. Suas mãos ardiam como álcool. Alguns cortes recomeçaram a sangrar. Por fim, ela saiu da água. Fechar o chuveiro foi tão fácil como parir um filho. Por fim, Anahí teve que usar as pontas dos dedos, separando aqueles que não estavam feridos, pra fechar a água. Ela se secou, e vestiu a roupa da noite passada.

Tinha de ser assim. A calça de linho e os tamancos foi fácil, mas o corpete não. Mas ela puxou, cordão por cordão, sentindo as mãos protestarem, e se olhou no espelho. Fora os cabelos soltos e o rosto sem maquiagem, estava igual a noite passada. Ela não queria se maquiar. Queria que o mundo visse seu rosto cansado, e soubesse que sofria. Passou a escova no cabelo, prendendo a poupa firme novamente. 

Suri: Almoça comigo, mamãe. – Implorou, ao ver a mãe sair do banheiro, pronta pra ir embora. 

E Anahí aceitou. Retardaria aquilo o máximo que pudesse. Demorou-se no almoço, mesmo sem ter fome. Então eram 14:00, e não havia mais o que retardar. Ela pegou sua nécessaire, e tomou coragem.

Se abraçou ao pai por minutos, e ele lhe desejou boa sorte, disse que tudo estaria bem. Só depois de prometer a Suri que voltaria, a menina a deixou ir. Ela abriu o carro, e se sentou. Parou, em frente ao volante. 

Anahí: Isso precisa mesmo ser tão difícil? – Perguntou, olhando o volante.  

Ela ergueu as mãos acima do volante e foi fechando-as lentamente, pra poder dirigir. As feridas da palma protestavam por serem esmagadas, e as das costas da mão protestavam por estar sendo esticadas. Anahí gemeu quando um dos cortes fundos se abriu novamente, logo pingando um fiozinho de sangue. Edgard fizera o favor de deixar o porsche hoje pela manhã. Ela apanhou um lenço no porta-luvas, e pôs em cima do ferimento que sangrava. Então ligou o carro e saiu. A viajem até Dartmouth, para desgosto dela, foi rápida.

Logo estava parada na frente de casa. Ela respirou fundo e saiu do carro. Alguns que passavam pararam pra olhar a loura escultural, vestida socialmente, descer do carro. Ela não deu atenção. Tirou o lenço da mão, e o guardou no bolso. Entrou em casa, e ouviu a voz de Alfonso no segundo andar. A dor a alcançou de novo.

Aquela casa lhe trazia recordações demais. O cheiro dele estava ali. Concentre-se, Anahí. Ela foi pra cozinha e vestiu as luvas de proteção pro forno, escondendo as feridas. Estava preparando um prato a tempos, quando um cheiro torturantemente familiar lhe alcançou.

Alfonso: Que saudade de você. – Ele abraçou ela pela cintura, apertando-a contra seu peito, enquanto afundava o rosto em seu ombro, beijando-o. Ter Anahí em seus braços agora era tudo o que ele mais precisava.