Fanfic: Redes de Mentiras | Tema: Ponny, AyA

Anahí sentiu a pancada no lado direito do corpo, mas não a dor que deveria acompanhá-la. Quando deu por si, estava deitada no asfalto. Um desconhecido de olhos muito escuros inclinava-se sobre ela, enquanto uma voz trêmula e aflita repetia com insistência:
—

 Ela atravessou na minha frente! Não tive chance de evitar!
Atordoada e confusa, Anahí tentou sentar-se.
— Não se mova — ordenou urna voz grave.
— Está bem — ela murmurou, obediente.
E tudo parecia mesmo muito simples. Anahí ainda não sentia nada, não se lembrava de nada, o que lhe parecia perfeitamente natural.
— Estou morrendo, ou algo parecido? — indagou, curiosa.
— Não, enquanto eu estiver aqui para evitar — o desconhecido respondeu.

Anahi ficou ali, parada, estudando-o. Não era tão jovem, mas também não poderia ser considerado velho. Era estrangeiro, a julgar pelo tom de pele e pelo leve sotaque, um homem bronzeado e atraente, cujos lábios bem desenhados logo atraíram sua atenção. Assim como os olhos muito escuros.
Ele a encarou com um leve sorriso, que provocou uma sensação totalmente desconhecida para Anahi. Sem compreender os próprios sentimentos, mas profundamente perturbada por eles, ela tratou de fechar os olhos e afastar da mente a imagem do desconhecido, e as tonturas que a atacaram.
De repente, começou a tremer de maneira incontrolável e, no mesmo instante, algo quente e macio cobriu parte de seu corpo, e ela se deu conta de que o homem havia tirado o paletó para agasalhá-la. Foi só então que Anahi percebeu que não deveria estar deitada ali, que estivera correndo para chegar a algum lugar, mas não conseguia se lembrar de para onde estivera se dirigindo.

— Já falei para não se mover! — a voz profunda insistiu.
— Eu me movi? — ela indagou, confusa.

Não se sentia em condição de fazer coisa alguma. Respirar já era difícil, uma vez que seu peito parecia comprimido. Ocorreu-lhe que havia se ferido gravemente, pois sempre ouvira dizer que, quanto piores os ferimentos, menor a sensação de dor.

— Meu peito dói — admitiu.
— Alguém chamou uma ambulância? — ele inquiriu por cima do ombro, irritado.
— Já cuidei disso — uma voz ofegante informou, antes de comentar em tom furioso: — Mal posso acreditar que ela atravessou a rua daquele jeito!
"Tia Laura". Anahi foi sacudida pela lembrança súbita de tudo o que acontecera.
— Doeu? — o homem inquiriu, preocupado.
Ele estava examinando seu punho direito e, realmente, Anahi sentia dores ali, embora não houvesse se encolhido por isso.
— Por que agiu de maneira tão tola? — a tia perguntou, irada.
Anahi ergueu o punho ferido e, com dificuldade, abriu os dedos. Parcialmente escondido pelas notas amarrotadas, encontrava-se o cartão de crédito.
— Você deixou isto em minha casa — explicou. — Achei que poderia precisar dele...
Durante longos trinta segundos, nenhum dos três emitiu qualquer som, limitando-se a olhar fixamente para o pedaço de plástico dourado. Então, o desconhecido dirigiu-se a Anahi em tom pouco amigável:
— Conhece esta jovem? É ela a sobrinha que veio visitar?
— Sim — Laura confirmou com relutância.
Mais confusa do que antes, Anahí perguntou-se por que alguém sentiria tamanha vergonha da própria família. Então, aproveitou o momento de distração dos outros e sentou-se.
— Sr. Herrera... — Laura começou, ansiosa, — deixe que eu mesma cuide de tudo por aqui. Assim, o senhor poderá pegar seu avião para Madri.
Foi então que Anahi se deu conta de que o desconhecido era o patrão de sua tia. Ora, não era de admirar que Anahí a estivesse tão nervosa!
— Pensei ter dito para que não se movesse! — a voz grave advertiu-a.
— Estou bem... juro — Anahí mentiu. — Não é preciso perder o seu avião. Na verdade, acho que já posso me levantar...
— Mas eu não acho — ele a interrompeu em tom autoritário. — Vai ficar exatamente onde está, até a ambulância chegar.

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Sorry gnt tava viajando e só me organizei agr vamos aos posts \o

Bellaherrera: PALMAAAAAAAAAAAAAAAS minha diva chegou *-------* Ponchito já apareceu :3

Debaya: Aeeeeeeee \o Ahhhh essa tia da anny :/ é uo ,Ela é mto mal amada ,Ele já entrou \o