Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

- Pareceis conhecer-vos muito bem, -comentou.
- É porque antes eu vivia aqui. -contestou, sorrindo ao ver sua expressão de surpresa.- Voltei a Londres a ocupar-me da empresa depois da morte de meu pai, mas desde então segui vindo aqui regularmente. E costumamos reunirmos para jantar quando venho.
Ela franziu o cenho.
- Mas não me tinhas dito que se tratava de uma reunião de negócios?
- Em certo modo, assim é. Todos são colegas de trabalho e amigos ao mesmo tempo. Assim é como funciona, -adicionou com certa tristeza.- Os negócios e a amizade tendem a unir-se em nosso nível, e essa é a razão pela que não podia permitir-me ofendê-los quando nos ofereceram este... jantar de casamento.
- Jantar de casamento? -Anahi se sentiu ainda mais culpada por não ter estado à altura das circunstâncias.
- Sinto que está sendo tão esgotante para ti.
- Não o é ,-mentiu.- São gente encantadora. O que passa é que estou tão... cansada.
- Uns poucos minutos mais, -contestou, acercando-a ainda mais ao sólido calor de seu corpo,- e creio que poderemos ir sem ofender a ninguém.

Foram umas palavras que liberaram um pouco a tensão que tinha ido acumulando durante a noite, apesar de que era estranho, muito estranho, sentir-se tão perto ao homem ao que mal conhecia.

Estava acostumada a dançar com Dereck, mas Alfonso era maior e mais forte, pensou ao concentrar na firmeza de seu corpo. E enquanto Dereck ria e estava cheio de uma exuberância à que sempre lhe tinha resultado fácil responder, Alfonso era bem mais difícil e mantinha sempre o controle sobretudo o fazia no entanto, numa situação como aquela na que se sentia esgotada e vulnerável, preferia ter a consciência serena e firme de Alfonso que a ruidosa exuberância de Dereck.

- Alfonso, -pensou, e nem sequer foi consciente de ter pronunciado seu nome ao apoiar-se algo mais sobre ele.

Mas Alfonso sim o ouviu, e sua expressão foi difícil de definir, ainda que a forma em que a abraçou foi uma mensagem a si mesma... se Anahi tivesse estado o bastante alerta para reconhecê-lo.

Mas o único que foi capaz foi de levantar a cara e sorrir... para deixar-se arrastar às profundezas de seus grandes olhos cinzas e ficar agarrada nelas.

Era desejo o que leu neles, e Alfonso não estava fazendo nada para ocultá-lo, e como se tivesse encontrado a resposta que estava esperando ao vê-la entreabrir os lábios pela surpresa, Alfonso a beijou na boca.