Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

Não, não o sabes, pensou enquanto ele a beijava e a acariciava com mais intensidade, mais seguro de compreender o que podia levá-la ao limite da paixão incontrolável. Então, e quando ela gemeu movendo-se inquieta junto a ele, colocou-se sobre ela e entre suas coxas.

Any deslizou as palmas sobre seu peito, sabendo que aquilo era para ela e ao mesmo tempo experimentando um instante de medo ao sentir a evidência de seu desejo pela primeira vez. E ainda que a penetrou com suavidade, ela se agarrou a seus ombros, fincando as unhas em seus músculos, seu corpo tremendo de ansiosa antecipação.

Mas isso precisamente o deteve.

- Any?
- Não! -Com os olhos fechados, negou com a cabeça.
- Any!

Aquela voz. Abriu os olhos e encontrou nele uma expressão tão sombria que gemeu desesperada.

Tinha averiguado a verdade. Tinha visto a verdade. Agora já sabia que Dereck não a tinha desejado o bastante como para tirar-lhe a virgindade.

- Por favor, Alfonso -gemeu, e ele a beijou com tanta ternura que os olhos se encheram de lágrimas.

Mas a ele uma sombra de tristeza lhe escureceu ainda mais os olhos, e Any soube que essa tristeza era por ela.

- Boba... -murmurou.- Boba maravilhosa...

E beijando-a uma vez mais, penetrou-a completamente, aproveitando-se do que ela lhe oferecia e destruiu a crença de Anahi de que tinha que querer a alguém para sentir-se tão maravilhosamente bem como ela se sentiu nesse instante.

O instante de dor não foi nada comparado com o calor abrasador do prazer que veio depois. Ele a beijava, e ela se deixou arrastar por essa sensação abrindo as coxas, sentindo-o ainda mais adentro, rodeando a sua cintura com as pernas.

E naquela união de corpos, bocas e mentes, desejou que aquele ritmo selvagem se apoderasse dos dois. Precisava sentir que a desejava daquela forma. Precisava saber que tinha o poder de deixar louco a um homem.

Alfonso seguiu movendo-se dentro dela até que de repente, e com uma violenta chacoalhada, sentiu atingir a meta suprema. Sacudiu seu corpo como o faria um raio e depois explodiu num prazer como fogo.

Foi justo então quando soube que a rejeição de Dereck tinha sido uma desgraça para ele e não para ela.
Tinha sobrevivido. Estava inteira. Era uma mulher cálida, sensual e desejável.

Alfonso a seguiu imediatamente, e o orgasmo convulsionou seu corpo e encerrou o ar na garganta quando ambos atingiram o êxtase.

Ficaram assim, numa confusão de pernas e braços banhados de suor até que chegou o silêncio e com ele, a realidade.
Alfonso se fez a um lado e Anahi não abriu os olhos, consciente de que as lágrimas lhe queimavam as pálpebras, consciente de que não podia olhá-lo.

De repente começou a tremer e Alfonso a cobriu com os lençóis e a apertou no oco de seu corpo:

- Tenta não pensar -lhe sussurrou.- Deixa-me abraçar-te

Não pensar, repetiu-se. Não se atrevia a pensar. Voltava a estar em estado de choque.
Mas de uma classe diferente. O choque de descobrir a profundidade de sua própria sensualidade.

Ficou deitada assim, perdida na descoberta.