Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

CAPITULO 7

Três dias mais tarde, banhada, o cabelo recolhido numa simples coleta e vestida com um singelo vestido branco sem mangas, Anahí estava sentada à mesa de refeitório da habitação, desfrutando de uma torrada enquanto Alfonso acabava de banhar-se e vestir-se.

Alfonso chamava àquilo café da manhã, mas era mais bem um banquete. Fazer amor lhe dava uma fome de lobo... sentiu que as bochechas lhe tingiam de vermelho, incapaz de acreditar-se em que classe de pessoa se tinha convertido.

Ou a tinham convertido, melhor dito. Mal haviam saído daquelas habitações durante os últimos três dias com suas correspondentes noites. Aquele homem era verdadeiramente insaciável, e se alguém lhe tivesse dito que uma jovem de vinte e quatro anos como ela podia transformar-se numa escrava dos prazeres de seu próprio corpo, se teria rido em suas barbas.

E agora, olha-te, disse-se. Ainda podes senti-lo dentro, admitiu envergonhada, e se acercou à janela para contemplar o horizonte de Kowloon.

E a sensação era maravilhosa. Cálida e embriagante. De fato, se aparecesse naquele instante na habitação e dissesse voltemos a fazê-lo, se arrancaria a roupa a puxões!

E Dereck? perguntou-se de repente. Que foi de teus sentimentos por ele?
Desapareceram, contestou-se, e ser consciente disso a encheu de uma nova sensação de horror. Era quase incapaz de recordar seu rosto, apesar do amor que sentia antes com tão só evocar seu nome.

Como sempre, quase como se a mera aparição do nome de dereck na cabeça conjurasse sua chegada, sentiu que os braços de Alfonso lhe rodeavam a cintura.

-Que viste aí fora que seja tão fascinante? -perguntou com voz preguiçosa.
Anahí piscou várias vezes.
- Um sampán... veja, -assinalou ao bote que lentamente avançava sobre o água.- Pela primeira vez desde que chegamos, sinto-me perto da China.
-É um junco, -lhe corrigiu sorrindo,- e Hong Kong já pertence a China te digo por que se levas cinco anos perdendo-te as notícias da tv.
- É verdade -contestou, sorrindo também. - É que não sou mais do que uma pobre secretária à que, na verdade, pagam-lhe um salário miserável, -disse, dando-se a volta em seus braços.- Não tenho teu... êh!
- Que?

Sorria, e parecia tão diferente do homem que tinha saído daquela habitação quinze minutos antes que ficou boquiaberta olhando-o.

- Estás... muito bonito. -lhe disse.
- Tu também. Estás como para comer-te...o que passa é que creio que ambos comemos bastante já desse prato como para estar saciados, ao menos durante um momento.