Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

A sensação de triunfo foi gloriosa quando ele, com um doloroso gemido, pulsou o botão que os levaria de novo a sua suite... o triunfo de saber que tinha o poder de fazer-lhe desejá-la acima de todas as coisas, inclusive acima de seu precioso jantar de negócios.

- És uma bruxa -murmurou-, e me enfeitiçaste.

O elevador se deteve e quando as portas se abriram, encontraram-se olhando a um casal japonês que esperava para entrar. Alfonso retirou-se com ela e rapidamente voltaram a entrar em sua habitação, com a mirada dos japoneses colada na nuca.

- Se chegam a sabê-lo, me matariam –murmurou ele.
- Eu não penso dizer-lhes. -prometeu ela, ocupada já em desabotoar os botões da camisa.

Seus dedos pareciam voar acariciando o pêlo de seu peito, que respondia eriçando-se ante seu avanço e palpitando de necessidade. Puxou a camisa para tirá-la das calças e, com uma determinação que surpreendeu inclusive a ela mesma, baixou as mãos ao longo de suas coxas para voltar a subi-las sobre o volume de seu sexo.

Ele se estremeceu violentamente e durante os últimos dias que tinham compartilhado, nunca se tinha sentido tão consciente de sua própria feminilidade como naquele momento.

Porque Alfonso estava desfrutando... desfrutando de perder-se nela com os olhos fechados. E foi precisamente essa entrega o que lhe deu o valor para seguir até o final. Enquanto introduzia a língua entre seus lábios para acariciar com ela seus dentes, desabotoou o botão de suas calças, baixou o zíper... e pegou seu membro com a mão.

Foi uma surpresa. Apesar da intimidade que tinham compartilhado nos últimos dias, aquela foi a primeira vez que lhe tocou assim. E a surpresa foi sentir seu tremendo calor, a incrível tensão, o poder que batalhava contra a ultima barreira.

- Não pares agora. -murmurou ao sentir sua mão imóvel.

Não pare, tinha-lhe dito, e ela não queria parar. Queria sobressaltar-se com o poder de sua sensualidade, igual que ele tinha feito montões de vezes com ela, mas...

Levantou a mirada e se encontrou com ele que tinha aberto os olhos e que o fogo do desejo ardia neles... e ficou olhando-o, rogando-o quase que tomasse o comando agora que ela tinha perdido a coragem.

Mas Alfonso contestou que não com a cabeça.

- Desta vez foi coisa tua, Anahi. -disse.- Tu começaste, tu terminas.

Foi naquele momento quando descobriu que não queria fazê-lo. Agradava-lhe que fosse ele quem tomasse o comando, que fosse o quem a devorasse, e enganar-se desse modo a si mesma dizendo-se que não lhe tinha ficado outro remédio naquela loucura sexual que era sua relação. Agradava-lhe ver a si mesma como a vítima inocente dos irmãos Herrera, porque se não fosse assim, teria que se enfrentar a si mesma e começar a reconhecer-se como o que era para valer.

Volúvel. Volúvel em seus sentimentos, na forma em que pretensamente podia amar a um homem e estar assim com outro.

Então ele acariciou sua cabeça suavemente, e todo seu corpo se estremeceu antes de voltar-se para aquela palma e beijá-la ardentemente.

Volúvel ou não, disse-se enquanto afundava as mãos sob sua camisa e voltava a beijá-lo na boca, queria chegar ao final, precisava chegar ao final, tanto que tudo o demais parecia carecer de impor-tância.

E acima de tudo, a verdade que tinha empurrado suas ações durante todo o episódio compartilhado com aquele homem: saber que a desejava, que não podia saciar-se dela, de Anahí, a noiva à que seu irmão tinha plantado no altar. Independentemente do que Madeleine pudesse significar para ele, desejava a ela.

E se isso os reduzia a ambos a seres volúveis, que assim fosse.