Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

- Tu limita-se a contestar a pergunta. Um homem acaba de jogar-me nesse terreno e não quero voltar a cair na mesma armadilha.
- É que os rumores sobre minha vida sentimental são tremendamente exagerados, -lhe informou.- Não, não há mais mulheres. Só tu, eu, e algo especial.

Algo especial. Soava tentador. Algo especial era o que estava já começando a sentir por aquele homem tão complicado, e aquela... mostra de sinceridade era talvez o essencial.

- Mas...

Baixou a mirada e a fincou em suas próprias mãos enquanto tentava encontrar-lhe o truque a tudo aquilo. Porque tinha que o ter. Era demasiado bom para ser verdadeiro; demasiado fácil.

Ademais; precisamente essa facilidade convertia a ela numa pessoa volúvel e crédula. Seriam capazes de construir algo sobre essa base?
Merecia a pena tentá-lo, ou estaria abocada ao fracasso?

- E bem? -insistiu ele quando demorou tanto em contestar.
- De acordo, tentaremos. -se rendeu.

Um instante depois, Alfonso se tombava sobre ela e ambos se beijaram.
Quando Anahí foi enredar os dedos em seu cabelo, ele tomou sua mão e a apertou com a sua sobre a cama. E só então se deu conta ela de que havia algo frio e sólido entre elas: o pequeno Buda que acabava de presentear-lhe. Para que te traga boa sorte, tinha-lhe dito. Oxalá fosse verdadeiro.

E talvez os pensamentos de Alfonso fossem na mesma direção que os seus, porque quando tomou de novo o timão para conduzir a nave da paixão a bom porto, o Buda seguiu entre suas mãos, e depois seguiu retendo-o em sua palma até que ambos ficaram dormidos.

E os dois trabalharam para que tudo saísse bem, durante o resto de suas duas semanas de estadia em Hong Kong e depois de chegar a Londres.

E tudo funcionou às mil maravilhas, sobretudo porque a maior parte do tempo estiveram os dois a sós, de maneira que nenhuma in-fluência externa pôde estragar o conseguido. Ademais, e durante todo esse tempo, utilizaram ao máximo o maior potencial de seu relacionamento, o sexo.

Sexo pela manhã, sexo pela noite, sexo cada vez que algum gesto desatava o desejo. Anahi mal pensava em outra coisa, nem desejava outra coisa.

Tinha encerrado num rincão de sua cabeça todas as razões pelas que o sexo não podia e não devia bastar para manter uma relação. Havia afastado de sua cabeça o fato de ter aceitado o amor físico renunciando ao amor de sentimentos. Na realidade, sua relação não tinha nem uma só oportunidade, e tão só estava antes de que alguém ou algo chegasse e lhe tirasse a venda dos olhos.