Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

- Que? -Anahí franziu o cenho. -Eu não...
- Cala-te! -interrompeu-a, soltando-a inesperadamente para levar-se ambas mãos à nuca. Estava tão tenso, todo ele, que Anahi conteve a respiração.
-Deveria ter imaginado, -disse, depois de uma gargalhada carregada de sarcasmo.- Esse bastardo volta a Londres na segunda-feira, e tu me deixas a quarta-feira.
- Mas eu não vi a Dereck, -contestou.

Não tinha caído na conta de que poderia ter utilizado suas palavras como via de escape, mas era já demasiado tarde. De todas formas, ele não acreditou.

- Mentes! -A acusou, apertando um punho. -Por suposto que o viste.

Teria chegado a essa conclusão por seu próprio encontro com Madeleine?

- E que ele fez? - perguntou com outra dolorosa gargalhada. - Aproveita a primeira oportunidade que se apresentou, estando eu fora da cidade, para despir sua alma ante ti e pedir-te perdão?

Não deixava de ter sua graça que fosse precisamente ele quem a acusasse, quando ela o tinha visto com seus próprios olhos rogando-lhe algo a Madeleine... e até se tivesse rido da ironia se tivesse tido vontades, mas se limitou a apertar os dentes e a olhá-lo desafiante.

- Maldito verme – resmungou ele ante sua falta de resposta. -Quanto tempo lhe custou voltar a ganhar teu coração, Anahi? Um par de minutos? Uma hora, talvez, interpretando o papel de amante confuso?
- Qualquer um diria que estás com ciúme Alfonso, -exclamou.

Aquelas palavras tiveram o efeito mais incrível sobre ele. Seus olhos se voltaram quase tão negros como os dela e enrijeceu como se acabasse de expor à vista de qualquer um seu segredo melhor guardado. E foi precisamente a visão dessa raiva o que a alarmou de tal modo que a fez retroceder.

Mas ele alongou o braço e sujeitando-a pela nuca, se apoderou de sua boca num beijo selvagem e duro.
E tudo o que de especial tinha sentido por ele, caiu como um pássaro ferido a seus pés. Para quando a soltou, Anahi estava soluçando.

- Tira tuas coisas de minha casa. -lhe disse, dando meia volta. - Não quero encontrar-me com um só segundo, de que tens estado ali até amanhã a noite, fica claro?
- Muito claro.
- Uma coisa mais, -adicionou quando abria já a porta. -Diga a Dereck que se lhe ocorre fazer dano a Madeleine com tudo isto, me encarregarei pessoalmente de torcer-lhe o pescoço.

Ah, a pobre Madeleine. A razão de tudo aquilo. Não tinha que ferir a Madeleine.

- És um hipócrita. -lhe lançou.
Alfonso se deteve na mesma porta e se voltou para ela com toda sua fúria.
- Que se supõe que significa isso?
- Te vi com Madeleine! -Acusou-o.