Fanfic: Irmão do Noivo | Tema: Ponny, AyA

- Sim –lhe contestou com um sorriso cheio de doçura.
- E que te pareceu?
- Muito bem.

Então, antes que ele pudesse protestar, tirou-lhe o copo da mão e se sentou em seu colo.

- Posso beijar-te por isso, ou estás ainda demasiado enfadado para fazer isso?

Ele não contestou, e a seriedade de seu rosto seguiu sendo a mesma. Não ia pôr-se fácil.
- Também posso voltar a sair, se tu quiseres, -ofereceu.

Nada. Nem sequer piscou.

- O problema é... continuou meio trágica, que és demasiado velho para mim...

Não funcionou.

- Eu sei.. -contestou ele, com igual seriedade.
Anahi suspirou.
- Tens doze anos mais do que eu de experiência, e não é justo.
Ele a olhou nos olhos.
- Me estás pedindo que espere doze anos, enquanto tu te pões em dia?
- Para que serviria? -suspirou. -Sempre me levarias doze anos de vantagem.
- Bem... -fechou os olhos. - Se te sentes melhor, te direi que não me sinto doze anos mais velho que tu... senão cinqüenta.
- Pobre vovô! -lamentou-se, e sujeitando-lhe a cara entre as mãos, beijou-lhe.
Aquilo o pegou desprevenido, e a princípio não respondeu; mais bem ao invés. Mas já que tinha cobrado a vantagem da surpresa, decidiu seguir adiante, até que sentiu que a tensão ia abandonando-o, que deixava de tentar afastá-la e que a beijava por sua vez.

- E isto, por que? -perguntou-lhe quando se separou dele.
- Pois porque, velho ou jovem, quero-te, -contestou.
Mas não foi tão fácil.
- Onde está Dereck? -perguntou, como se relacionasse imediatamente o conceito do amor com o nome de seu irmão.
- Foi-se. Voltou com sua preciosa esposa que não saberia como beijar nem lendo num livro de instruções.
Alfonso arqueou as sobrancelhas.
-Dereck te disse isso?
- Não, foste tu. Ainda que crer numa só palavra de que tu digas, sabendo tão bem que mentes, é um risco que não sei se quero correr...
- Ah, já. Assim que te contou tudo, não?
- Sente-se culpado por ter-te forçado a rogar-lhe que me deixasse.
- Rogar-lhe? -protestou. -Que cínico. O ameacei de matá-lo se não deixasse de jogos, mas me nego a que me acusem de suplicar!
Anahi se encolheu de ombros.
- Bem... ele o viu assim, de toda forma, -sorriu, deliciosa, -eu prefiro imaginar-te rogando-o que me deixasse para poder ocupar seu lugar.
- Se eu estivesse em teu lugar, teria cuidado com que terreno pisas, porque sigo muito enfadado contigo.
- Já.. mas é que te trouxe um presente. Um cachimbo da paz se o preferes.

Ele viu como ela mordia suavemente o lábio, olhando-o nos olhos esperando uma resposta:

Era uma mirada que ele já tinha visto antes, justo no meio do mercado de rua mais tumultuado do mundo, e seus olhos se escureceram ao recordá-lo. Aquela mirada brincalhona e sensual podia fazê-lo enlouquecer, e seus sentidos reagiram como os navegantes ante os cantos das sereias.

- Está bem se rendeu. Que classe de presente?
Anahí foi desabotoar-se o cinto do roupão, mas ele a sujeitou.
- Que estás fazendo?
- Abrir teu presente -contestou. -Sou eu. Isto é, se ainda me queres depois da estupidez que cometi hoje...

Alfonso fechou um instante os olhos e quando voltou a abri-los, sua íris quase tinham desaparecido.

- Venha aqui, -gemeu, agarrando-se a ela. -Tão cega estás que não és capaz de ver quando um homem esta apaixonado de ti dos pés a cabeça?
- Suponho que sim, -se lamentou. -Mas eu também estou apaixonada por ti dos pés a cabeça, Alfonso! Levo tanto tempo estando-o que quase não recordo como era antes minha vida.

Debaya: Simmmm *---------------* Vdd mto idiota ¬¬