Fanfic: A Escolhida - CONCLUÍDA | Tema: Vondy

NATAL — 1876

...Dez anos depois...

Pov Dulce María;

Dez longos anos se passaram, e muita coisa havia mudado.

— Mãe! – Chamei mamãe para me ajudar a embalar alguns presentes. A começar daqui, mamãe fizemos as... pazes. Ficamos mais próximas depois de tudo. Ela e minha irmã deixaram de morar na nossa antiga casa, e vieram morar aqui, na minha casa e de Chris. Estamos tão mais unidas, e nos aceitando tão bem, como no inicio de tudo. Eu e Belinda continuamos como sempre fomos, so que, ainda mais confidentes e cúmplices, pois já estava esclarecido que ela não queria o Meu Chris, até porque ela estava casada agora. Ela casou por amor, continuava sendo professora apesar de agora estar rica, pois seu marido havia subido de vida, com o suor do seu trabalho, o que a deixava super orgulhosa. —Mãe, acha que ele vai gostar...?

— Claro, minha filha... é maravilhoso. – ela respondeu com o rosto iluminado.

Benjamin já estava crescidinho, meu filho estava cada vez mais esperto. Ele e o pai haviam saído para pescar, juntamente com Alfonso. Sim, isso mesmo. Alfonso e Anahí também mudaram muito, no final eu acabei por entender porque toda aquela implicância da loura comigo... ela queria ter o marido por completo, e ele não queria entregar-se, e isso a irava. Mas em um dia qualquer, acertamos nossos negócios, das respectivas famílias, Uckermann e Herrera e também nossos problemas pessoas, e contradições. Somos bons amigos agora, mesmo que de vez em quando Chris e Alfonso ainda se bateram de frente, para ver quem tem mais voz, sabem? Anahí e Alfonso tiveram uma filha, chamada Lorena, loirinha como a mãe. E Maite, estava a espera de seu quarto filho. Urgh, ela e Christian eram bem animados. – ri com meu pensamento.

Natalia, também se casou, mas, por ironia do destino, seu marido pediu o divorcio e ela acabou ficando mal vista na cidade toda, motivo? Ela o traía com homens mais velhos. As demais amantes de Christopher paparam de atiça-lo, e agora estava tudo calmo.

Mamãe e eu colocamos todos os presentes embaixo do grande pinheiro de natal, que mais a noite seria iluminado por velas coloridas de natal.

— Dulce! – alguém me chamou, Anahí.

— Oi, Any? – respondi atenta, vendo ela aparecer com Lorena em seus braços.

— Não acha que eles estão demorando muito? – ela disse fazendo careta.

— É, eu acho... mas sei que vão demorar ainda mais... – disse sincera. — Estão pescando, e depois disso talvez vão á cidade.

— A cidade?

— Chris irá comprar algumas lembrancinhas para as crianças mais pobres da cidade.  Como presente de natal. – a loura sorriu, assentindo e voltando a sentar-se na poltrona.

Mais tarde... POV CHRISTOPHER

—Liberem todos os escravos da senzala, deixa que eles façam festa hoje. – avisei ao capitão.

Confesso que era um natal em que eu estava muito animado. Desde que Dulce voltou para casa, a anos atrás tudo pareceu se iluminar, mas, agora estava realmente me sentindo, entre minha família; Os negros da senzala faziam sua festa com danças, e urros de euforia. Eles comemoravam porque não precisavam trabalhar naquela data tão especial, e porque tinham boa comida para ser dividida. E nós, da casa grande, não fomos diferentes, todos estavam naquela mesa, em volta de um grande peru quentinho, Minha mulher, e meu filho, Anahí e Alfonso, sua filha, Christian e Maite, seus filhos, Blanca e Belinda, e minha babá. Eles riam de algo que Christian contava, meu irmão era mesmo uma graça.

— Ele era frio como uma pedra, dou graças a Deus que, Dulce com seu fogo, tenha derretido o coração de pedra dele. – ele se referia a mim, e não pude deixar de rir de sua conversa suja.

— Hey, eu não tenho fogo nenhum, seu... seu... – Dulce começou e teria terminado a frase se Maite não tivesse jogado um olhar furioso para ela. Mais uma vez todos riram, a morena estava com os nervos a flor da pele.

Depois do jantar, todos fomos para a sala de estar, onde foi realizada a troca de presentes. Aquela coisa boa, de papel jogado e rasgado no chão, sorrisos nas faces daquela gente... aquilo me acomodava. Muito. Cheguei perto de Dulce e sussurrei em seu ouvido para que me encontrasse no jardim, não me importava o quanto aquilo parecesse incomodativo, e todos aqueles olhares cumplices, inclusive o sorriso sacana de Anahí quando ela, minha Dulce foi logo na frente... que mulher!

— Quer me falar algo? – disse com o seu sorriso iluminado, colocando o cabelo atrás da orelha. Lhe sorri e falei:

— Queria dar o seu presente. A sós. – sorri. Ela me olhou curiosa com aqueles olhos grandes... castanhos... e depois sorriu e riu com o nariz.

Puxei uma caixinha vermelha de veludo de meu bolso, e abri diante de seus olhos, uma aliança grossa de ouro e diamantes. Seus olhos brilharam e ela tapou a boca com a mão.

— Eu não entendo... Chris!

— Olha, não sou romântico você sabe, que eu prefiro mil vezes fazer isso enquanto estou dentro de você enquanto você geme para mim mas... – senti um leve tapa em meu ombro e ri. – Quero que saiba que eu amo você. Amo você e quero casar-me de novo. Renovar os votos. Com mais sinceridade que a onze anos atrás. – lhe olhei.- e dizer que eu amo você, simplesmente por ter me compreendido, e ter ficado comigo quando eu pensei que ninguém mais se importava e queria um ogro como amigo, ou... marido. – ri com o nariz. – Tudo que eu sou hoje, okay, ainda que as vezes grosso, e dando os meus ataques de ciúme, - ainda lembrava dela na estação de trem, e imagino como aquele maldito ( que estava morto agora) poderia te-la tocado. Urgh. – eu devo a você meu amor, por favor aceite casar-se comigo outra vez. – ela sorriu com, se não fosse ilusão minha, lagrimas em seus olhos, estava emocionada. E do nada, me abraçou pelo pescoço, e eu retribuí. Nos beijamos, uma, duas, três vezes, sua língua em minha boca era algo que eu sempre iria querer. – Aceita? – disse nervoso. Um nervosismo idiota, eu sei.

Ela se aproximou de meu ouvido e disse: — Claro, mas, o vestido branco tem que ser um pouquinho maior que o primeiro, bebê. – a olhei confuso, e ela levou minhas mãos até sua barriga, me olhando nos olhos, eu conhecia aquele gesto, ah sim, conhecia. Sorri encantado, e se, dessa vez fosse uma menininha? Eu estava ansioso para saber. Minha mãe sentiria orgulho de mim nesse momento. – ri meio incomodado com meus pensamentos...

- Christopher? – Dulce chamou e eu voltei minha atenção para ela sorrindo.

— Ouça menina, eu amo você.

— Meu senhor, me desculpe se meu amor por você é bem maior. – ela voltou a sorrir e selamos os lábios.

— Depois de tudo isso, nos vamos subir para aquele quarto, e aproveitar esse natal, okay? – sorri e ela assentiu, safada.

3 meses depois...

— Christopher Alexander Uckermann, aceita Dulce Maria Saviñon como sua legitima esposa para ama-la, respeita-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe? – o padre proferiu.

— Sim. – respondi  olhando para ela, que toda de branco, tinha suas mãos nas minhas, suando frio.

— Dulce Maria, aceita Christopher Alexander Uckermann, como seu legitimo esposo para ama-lo, respeita-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

— Sim. – ela respondeu.

— Eu vos declaro, marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva. – O velho disse por ultimo.

E com esse beijo, estava ligado o laço... aliás, o nó, entre a bela e a fera, o anjo e o demônio, a dama e o... bruto. A princesa e o sapo. Tudo bem, já entendemos. Até porque não tem a mínima possibilidade de eu ser um sapo. – pensei e ri comigo mesmo.

— Sou a sua escolhida. – ela disse pincelando meu nariz com o seu.

— A MINHA escolhida. E de mais ninguém. Porque me amou quando ninguém dava mais nada por mim, e me entregou a vida quando sabia que eu poderia tira-la. Você é a mulher mais linda que eu ja conheci, eu te amo. - E ara mim, nada era mais lindo que aquele sorriso, e aquele olhar brilhante, da minha menina...

É preciso sofrer, depois de ter sofrido e

 amar, e mais amar depois de ter amado.

(Guimarães rosa)

F  I  M