Fanfic: A Escolhida - CONCLUÍDA | Tema: Vondy

Dulce novamente se exaltou dizendo:
- Quero que vão agora, cada um para seus lugares. Não quero mais ninguém aqui nesta sala,
a não ser nosso feitor, Uckermann e eu.
Todos ficaram abismados! Aquela era a doce e tranquila Dulce Maria? - Todos se perguntavam.
- O que estão esperando? Vamos, rápido! - ela ressaltou, e aos poucos, todos haviam ido para seus lugares.
Ela olhou para o feitor e perguntou: - Que lhe aconteceu? - disse referindo-se ao marido.
- O encontramos jogado no meio da estrada, Baronesa. O cavalo em que saiu sumiu.
- Deus, como ele está ferido! - Dulce disse alisando o rosto do marido. - Leve-o para o quarto, e
o deite na cama. Estou indo para lá com algumas coisas para limpa-lo.
O feitor fez o que Dulce pediu. Ele levou Christopher para o quarto e o deitou na cama.
Quando Dulce entrou no quarto, falou para o feitor que deixasse ela e o marido a sós, para que
ela cuidasse dele; e assim ele fez.
Dulce molhou um paninho com água e limpou delicadamente o rosto ferido do marido.
Aos poucos, Christopher foi despertando, e logo o primeiro sussurro apareceu:
- Dulce? - ele a procurava com os olhos ainda semi fechados;
- Estou aqui, meu querido. - ela disse receosa.
- Acenda os candelabros, Dulce. Não consigo ver, está escuro.
Dulce engoliu seco.
- Todos os candelabros, estão acesos, Chris...
- Não. Para de brincadeira, minha cabeça dói muito, ai! - ele reclamou quando tentou levantar da cama.
- Não se esforce. Deite-se, já! - ela ordenou.
- Não obedeço a mulheres! - ele resmungou.
Ele começou a andar pelo quarto, tocando as coisas com as mãos, forçando os olhos para enxergar,
mas não conseguia.
- O que está acontecendo, Dulce? Porque não consigo ver!
Dulce não se aguentou, e em pouco tempo, já surgam as primeiras lágrimas: Ele estava cego.
- RESPONDA-ME! - ele gritou. - Estou cego? É isso? - ele baixou o tom de voz, ao ouvir um dos soluço da esposa.
- Temo pelo pior... - ela sussurrou - Não sei o que fazer!
- Estou cego. - ele disse em voz baixa. - Não poderei mais ver... NÃO POSSO MAIS OLHAR PAA VO... MERDA! - ele corrigiu-se.
Como um louco ele começou a andar rapidamente pelo quarto, e acabou caindo por cima da comoda onde haviam wískis. Os vidros
caíram no chão fazendo um barulho estrondoso.
- Chris! - Dulce gritou assustada indo ajuda-lo.
- SAI! - ele gritou - Não se aproxime de mim!
Ela saltou para trás, derramando cada vez mais lágrimas.
- Me deixe te ajudar, por favor, meu amor! - ela o disse.
- Porque comigo? - ele perguntou do nada.
- Eu não sei, mas fique calmo, eu estou aqui com você. - ela disse com voz falha, com medo do que ele diria.
- E do que você me serve? - o ódio na sua voz era de arrepiar.
Nada mais do que aquilo para fazer Dulce chorar, mais e mais. Ela se sentiu um nada, ao ouvir aquilo de quem mais amava.
- Você está sujo... - ela começou tentando ser forte - Dispa-se e eu o levarei para lavar-se no rio.
- Não sou tão inútil agora que não possa banhar-me só.
- Não disse que você era inútil. Você é muito importante, eu só quero lhe ajudar...
Ele suspirou por fim.
- Tudo bem.
-/-
Dulce despiu o marido no rio, lhe jogou água sobre as feridas, o que fez Christopher dar um pequeno gemido.
- Está ardendo? - ela perguntou a ele.
Ele não a respondeu.
Dulce lavou cada parte do corpo másculo do marido.
- Você também está nua, Dulce?
- Estou. - ela disse baixinho.
Ele subiu as mãos pelo corpo da menina...
- Não Chris, não podemos... - ela disse num sussurro.
- Você não me quer? - ele perguntou baixo, enquanto já começava suas tecnicas de sedução.
- Não podemos. - ela resistiu, fechando os olhos ao sentir leves mordidas dele em seu pescoço fino.
Ele riu, roco, da situação da menina. Sentiu ela arrepiarse em seus braços, e a abraçou mais forte.
- Você está ferido... não pode... - ela calou-se quando ele pôs a mão no rosto dela, como se para
examinar, cada detalhe da menina. Os lábios rosados e pequenos, olhos grandes, pele macia... parecia um anjo. O SEU anjo. Ele sentiu um grande
desejo de beijar aquela boquinha linda, que sempre estava disposta a dar-lhe os beijos mais doces, mais quentes, mais molhados... Deus!
Beijou-a com força, esmagando seus labios nos dela e sugando sua língua.
- Para, me solta. - ela disse se afastando dele. - Vamos para o quarto, eu estou com frio.
- Posso te esquentar se quiser...
- Como você mesmo disse:Eu não sirvo pra nada não é mesmo? Então também não sirvo para me entregar a você.
Ele calou-se, quando ouviu magoa na voz de Dulce.
- Onde você está agora, Dulce? - ele disse tentando acha-la do aldo oposto ao que ela estava.
- Aqui, atrás de você. Vem, vamos. - ela disse o abraçando de lado e servindo de guia, até entrarem no quarto.
-/-
- Não. Já pensou se te nos pegam nus no meio da casa? Não o faça mais. - Chris discutia com Dulce.
- Foi rápido, e todos já estão dormindo... Vem, vamos deitar. - ela disse novamnte tentando ajuda-lo.
- Deixa, eu me viro sozinho.
- Deixa de ser orgulhoso! Vou fechar as janelas.
Dulce fechou as janelas, e em seguida, revisou se Christopher estava confortavel na cama. E Deitou-se em seu lado da cama de casal enorme.
Ela fechou os olhos, estava cansada, porém preocupada, não conseguia dormir.
Ela sentiu a mão dele procurar-lhe, e logo a respiração quente dele já estava em seu rosto.
- Está acordada? - ele perguntou passando as mãos levemente pelas bochechas dela. Então ele lhe deu um beijo leve no rosto, aceitando que ela já havia dormido, já que
não havia obtido respostas.
- Chris...? - ela disse só para ele ouvir. - Está se sentindo bem, algo está doendo, suas feridas ou...
- Estou bem. - ela o interrompeu.
- Tem certeza? Posso ajeitar seus travesseiros se quiser, para ficar mais confortavel e eu...
- Dulce... eu estou bem.
- Não está se fazendo de rogado, não é?
Ele riu por um momento.
Deus! ele estava tão calmo que dulce chegava a ficar derretida.
- Você me acha inútil? - ela pergutou
- Porque não quer nada comigo hoje?
- Você está ferido, e eu estou triste. Sei que estou aqui apenas pra me submeter ao que você deseja de mim, mas eu acho que não iria querer
fazer amor comigo hoje. Pois não tenho ânimo, e consequentemente também não te passaria isso.
- Não posso te ver... - ele disse passando as mãos pelo rosto dela.
- Eu te daria meus olhos, so para ver brilho no seu olhar de novo.
- Eu estou te vendo agora, sei como você se sente, que esta corada e com os olhos marejados. So não tenho a luz nos olhos para ver outras coisas agora. Mas você eu consigo enxergar. Você me odeia Dulce?
- Porque me pergunta isso? Eu te amo, Chris! Pensei que já soubesse.
Ele não resistiu a vontade procurar novamente os lábios dela, e a beijou.