Fanfic: A Escolhida - CONCLUÍDA | Tema: Vondy

Dulce estranhou antes de dar um passo à frente. Christopher suspirou e com os olhos fechados falou: — Se você não andar até mim agora, eu te puxo até aqui, María.

Ela riu um pouco, e agora, com mais confiança andou até ele e sentou ao seu lado.

— Sente-se mal, Christopher? — Ela perguntou juntando as sobrancelhas.

— Estou ótimo. — Ele disse frio, sem olhar para ela.

— Sabe, — Ela disse antes de se levantar novamente e mira-lo — Se você ainda não percebeu somos um casal. Eu nem sequer te vejo como meu marido! — Desabafou. — Você não faz nada para mudar isso. Se dá conta de quantas vezes, — Suspirou — De quantas vezes eu tentei chamar sua atenção? Te fazer feliz e te dar meu melhor? — Ela disse cerrando os punhos — Vejo o casamento de Maite, ela sim é feliz. Ela sim tem quem a ame.

— Porque esta me falando isso agora? O que quer que eu faça? Quer eu que eu te leve as nuvens? que eu te conte tudo? que te diga que és linda, e que me faz bem? — Ele disse levantando e ficando frente a frente com ela.

— Sim, sim Uckermann, eu queria! — Ela gritou. — mas como diz o ditado: Querer não é poder, não é? — Ela sorriu triste. — Acho melhor eu ir embora, eu não quero incomodar você. — Ela disse antes de pegar na bainha do vestido longo e sair, porém, não contava que seu marido corresse atrás dela, perguntando-a: — Pra onde você vai?

Ela o encarou e disse — Eu... vou voltar pra casa. — Engoliu o choro.

— O que? Você não pode fazer isso! — Ele desesperou-se sem soltar o braço dela.

— Dentro de duas horas, você não vai ver um fio de cabelo meu aqui. Eu e meu filho vamos pra não voltar mais.

— Não, Dulce... ér.. eu nem sei o porque dessa briga!

— O que foi agora? Está com medo de perder a moral? — Ela riu. — Eu só não lhe peço pra pegar essa porcaria de região e socar no melhor lugar que lhe couber, porque eu sei que isso seria insano.

— Vem. — Ele a puxou novamente para o lugar onde estavam.

Ela foi, e Christopher a colocou num banquinho e sentou perto dela.

— Você quer conversar? Muito bem, vamos conversar. — Ele disse.

— Não tenho o que falar. — Ela disse sem expressão.

— Então porque quer me deixar? — Ele disse baixo.

— Não seria capaz de te deixar, porque eu estou loucamente apaixonada por você, será que não vê? — Ela enxugou uma lagrima que descia. — E mesmo que eu fosse embora, ainda assim, ficaria perto de você com meus pensamentos... Christopher, acredite, eu nunca quis estragar sua vida, e-eu sei que... — Soluçou — que você poderia estar com outra mulher agora, e que poderia estar feliz, que ela fosse bonita, que ela fosse fina e que te desse prazer, e filhos que você realmente quisesse... — Ela soluçou, limpando as inúmeras lagrimas que escorriam sem parar. — que ela fosse corajosa e que não chorasse sempre, que nunca demonstrasse fraqueza, que fosse perfeita. — Ela o encarou, viu os olhos dele colados aos dela com um brilho diferente. — eu não tenho nada hoje. Bom, na verdade eu nunca tive. — Ela riu triste estalando os dedos, nervosa. — Minha infância sempre foi muito dura. Havia dias que não tínhamos o que comer, ao menos... e então, eu e Belinda íamos para a cidade pedir esmolas na porta da igreja, e o pouco que conseguíamos, dávamos a mamãe para ela pagar as dívidas, e comprar comida, isso quando dava. — ela sorriu serena. — Quando chovia, todas as crianças da vila tomavam banho na chuva pra tirar a sujeira e essas coisas assim, brincávamos de roda, e eu gostava de cantar também... aí, aos poucos, sem perceber, eu cresci, e as responsabilidades aumentaram... mamãe agora era costureira, e Belinda professora. E eu ficava como doméstica. — Dulce o encarou mais uma vez, e ele a olhava fixo. Então ela disse: — Desculpe. Eu não queria...me exceder...