Fanfic: A Escolhida - CONCLUÍDA | Tema: Vondy

Depois de tudo, Christopher colocou o menino no berço e retornou para seu quarto. Quando deitou-se na cama, Dulce mexeu-se um pouco, mas não chegou a se acordar. Mas Christopher não conseguiu sequer pregar mais os olhos. Olhou para o teto bem moldado e clássico do quarto, sustentados por pilares. Só Deus, sabia como ele estava naquele momento. Não aguentando a tensão, pegou seu roupão grosso e longo saindo novamente do quarto. Olhou para o relógio analógico que havia no corredor: Eram três e dezessete da manhã. Desceu para a cozinha, não havia ninguém acordado, a não ser uma escrava que já trabalhava amassando uma massa branca, que deveria ser a do pão do dia seguinte. Era a mesma escrava que se deitara uma vez, no início de seu casamento. Quando ela o viu, sorriu safada fingindo-se de inocente e voltando a amassar a massa do pão.

— Já acordado, Senhor Uckermann?

— Se está me vendo de pé... — Ele disse seco. A mulher alargou o sorriso.

— Que houve? Não se recorda quem sou? ­— Ela caminhou até ele, limpando as mãos nas saias do vestido. Quando ela chegou até ele, e colocou as mãos em seu ombro – com muita intimidade – Uckermann teve certeza que daria uns tapas na bun.da daquela negra. Pegando as mãos dela, e a olhando nos olhos com um olhar ameaçador e cheio de ódio ele disse:

— Tenho certeza que antes de te colocar no tronco, te arranco as mãos se tornar a se oferecer para mim dentro de minha casa novamente. – A escrava pareceu entender o recado e soltou-se dele.

— Está deixando-se dominar por sua esposa, barão? – ela disse voltando para por a mão na massa novamente.

— Esteja segura de que isso não se passa comigo. Não esqueça que eu mando e nunca obedeço. Principalmente a mulheres.

— Sei. O senhor deve saber que está falando contrariamente a suas ações. – provocou.

— Diga-me: Isso tudo é rejeição? És tão mal amada assim? – Ele questionou e riu.

— Esperei por você. Deveria saber que neste tempo já deveria vir outro herdeiro a caminho. – Ela desafiou levantando uma de suas sobrancelhas e lavando as mãos num recipiente de barro que estava na mesa.

— E que quer dizer? – Ele disse tendo ruga na testa.

— Que estou esperando um Uckermann. E se não assumi-lo espalharei para toda a cidade que me colocou barriga. – Christopher riu, e riu alto e por um momento a mulher achou que ele estivesse aceitando a ideia.

— Está me dizendo que está esperando... um Uckermann? – ele tornou a sorrir. – Vocês negros são engraçados, sempre acham que estão com o poder nas mãos. – deixou de sorrir. – É mais um bastardinho. Um bastardinho preto. – sorriu demoniacamente.

— Mas é seu filho! – ela ainda disse.

— Vá lá fora e me traga um balde d’água. Desejo tomar banho. – A escrava cruzou os braços – Que está esperando? – Ela empinou o nariz e antes de sair olhou seria, olho no olho com ele. E ao ficar a centímetros do rosto de Christopher, ela cuspiu em sua face.

— Porco nojento. – disse antes de sair correndo.