Fanfic: Rumo ao recomeço | Tema: Hot
Eduarda
Olhando em meio a janela nem acredito que é hoje que eu vou embora daqui, desta
cidade, sem saber o que me espera, e o pior é quando você sabe que ninguém te espera. fechando o portão, várias lágrimas caem sobre meu rosto porém estou a ponto de desistir, olho pela ultima vez pra casa que me acolheu por tanto tempo e a tranco, num gesto em falso, alguém pode achar isso engraçado, porém eu cai como um bebê, e chorei, apenas chorei. até que alguém coloca a mão em meu ombro e sussurra em meus ouvidos.
- Ei, moça? Você tá bem?
- Em meio à lagrimas eu reluto, enquanto me levanto: Estou sim. - Abrindo meus olhos devagar vejo quem era. Era o Felipe, um amigo meu de escola, meu confidente, e desabo em lágrimas de novo, desta vez eu abracei ele, e parecia que não ia soltar nunca mais,
- Calma Dudinha, vai ser dificil, mas não se esqueça que se eu vou estar aqui seja o que for.
- Me leva lá Felipe por favor, não vou conseguir ir sozinha.
- Tudo bem.
Fomos o caminho inteiro abraçados, em silêncio, ao chegar na rodoviária, pego minha passagem, vejo um ônibus com destino à são paulo, era o unico que havia estacionado então certamente era aquele, abracei Felipe pela ultima vez, e entrei no ônibus. minha poltrona se denominava pelo numero 32, era na janela, o ônibus já estava quase cheio, creio que faltavam umas 4 ou 5 pessoas, me sentei e fiquei olhando pela janela. Felipe não foi embora até que o ônibus saisse, um homem jovem de olhos verdes escuros, cabelo enrolado, e com uma barba por fazer, sentou do meu lado, pelo jeito ele era o ultimo, pois o ônibus começou a andar, e pela ultima vez as unicas coisas que felipe disse foram "Se cuida, meu amor" de alguma forma isso simbolizou muito pra mim, e foi pensando nisso que eu adormeci.
Rodrigo
Este é meu primeiro dia como médico no hospital do meu pai, não posso fazer feio afinal, eu tenho vários médicos que sou um exemplo, meu consultório fica no décimo primeiro andar, ao entrar no elevador a primeira coisa que sinto é medo, misturado com uma ansiedade imensa. ainda são por volta de 11h30 dá manhã, meu hospital já está aberto à algum tempo, a cada andar meu medo vai indo embora e ao abrir o elevador, e ver aquele grande quadro do meu pai à minha frente, a unica coisa que eu senti foi saudade, saudades do meu pai, do meu herói. ao lado da minha sala à uma moça com um batom vermelho, cabelos ruivos e um incrível sorriso que me pirou o cabeção, o nome dela é Raquel, diz ser a secretária e que o que eu precisar ela vai ajudar, apenas dei um joinha e sorri pra ela, e entrei naquele consultório, como aquilo cheirava à borracha, limpeza, eu amo esse cheiro, acho que tenho toc, eu me lembro quando vinha trabalhar com meu pai e ele me deixava brincar com as crianças que ele atendia, já que meu pai é pediatra, segui no caminho dele, (Particularmente, em questão de carreira meu verdadeiro desejo é, e vai ser: "ser um homem igual meu pai! pelo menos na carreira" porque em questão de amor, vamos se dizer que eu gosto de experimentar haha).
Já são 11h40 e pela minha lista de pacientes agora vem um garoto chamado Henrique Mota, então agora é a hora da verdade, saber se esses anos cansativos e euxastivos da faculdade vão me valhar para alguma coisa, então me levanto e vou até a porta, e chamo pelo nome, um garotinho pálido no colo da mãe me olha rapidamente e a mãe adentra a porta do consultório. cá estou eu novamente em minha cadeira, pronto para atendê-los.
-Então mãe, o que acontece com o Henrique?
-Doutor ele está desde essa madrugada vomitando e não sente vontade de fazer nada, já teve febre, já dei dipirona porém me parece que nada faz efeito,
-Ele já esteve assim alguma vez? a respiração dele está pesada?
-Sim doutor, percebi que ele está com a respiração cansada, o que pode ser.
-Olha me parece que ele está meio desitradado, é normal neste calor, isso acarretou em uma bronquite, mas não é nada grave, vou receitar pra ele este remédio - anotando na receita - e soro na veia, logo logo ele vai estar bem, - sorri olhando pra ele.
-Muito obrigada doutor, - disse a mãe em um tom de voz aliviado.
O Dia passou rápido minha agenda de consultas se encerra às 17:30 após o ultimo paciente, tranquei meu consultório, olhei pro lado, e a Raquel está de costas, está sentada porém parece que seu computador já está desligado e ela está apenas pegando sua bolsa. então ela se vira e leva um susto
-S-se-senhor Rodrigo, você estava aí?
-Calma pra você é Rodrigo, - risada - Já tá de saida?
-Sim, - ela sorriu.
-Vamos juntos então, posso te dar uma carona, se você quiser.
Eduarda.
Por volta das 13h da tarde, eu acordei, eu estava com minha cabeça no ombro do meu companheiro de poltrona, há quem diga que estavamos parecendo um casal, sua mão estava no meu rosto, parecia que ele estava fazendo uma especie de carinho, olhei pela janela e já conseguia ver alguns arranha-céus estupidamente gigantes, ele acordou, e me perguntou
-Durmiu bem? - confesso que nessa hora gelei, a voz dele era grave porém havia um som suave que me confortou.
-Durmi, - sorri - obrigada por me ceder o seu ombro.
Após isso não falamos mais nada, até que ele perguntou:
-Porque chorou?
-Como você sabe?
-Seus olhos estavam vermelhos.
-É que meus avós morreram, eu não tenho mais ninguém, e preciso recomeçar, construir minha vida.
-E você já sabe onde vai ficar?
-Sinceramente? Não! E quando sair daqui eu nem sei pra onde vou
-Eu posso te ajudar..
Eu realmente precisava de ajuda, mas como eu iria saber se poderia confiar nele? ele poderia ser um estuprador..
-Alô?? Tá ai? - ele abanava a mão em frente aos meus olhos.
-Ok, eu aceito.
Nós desembarcamos na Rodoviária do Tietê, ele segurou em mim pelo ombro e saimos andando à saída, lá havia um homem de terno preto, parado em frente à um carro, confesso que era bonito (o carro) Até eu perceber que era para aquele carro que estavamos indo, fui tratada como uma deusa pelo motorista ao abrir a porta, meu "ajudante" que antes não parecia nem um pouco, pra mim agora me parece ser um homem bem influente.
-Me conte mais sobre como era sua vida, lá em Minas. - (sou de minas)
-Bom não tem meio o que falar, minha infância eu apenas me vejo ajudando meu avô na lavoura, já passamos por muita necessidade lá, - ele me olhava intrigado.
-Olha é.. qual seu nome?
-Eduarda, Duda...
-Ok "Duda" eu posso te dar casa, e tentar te arranjar emprego, visando que você não tem ninguém aqui e.. eu também, apenas minha mãe em Minas, eu não me importaria de ter a sua companhia
- É-é, ok - falei um pouco apreensiva.
Agora eu tinha certeza de que aquele homem pode, entramos em um portão, extremamente enorme, que havia um jardim bonito, e bem ao fundo uma casa, não era pequena, mas não era grande, parecia um chalé, pelo formato, descemos do carro e na varanda, tinha um cachorro com as mãos na grade de madeira, parecia ser um golden retriever, e ao abrir a porta...
Por Gabs Augusto
Autor(a): gabsaugusto
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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E ao entrar a porta... Era incrivel como poderia caber tanta sujeira em um lugar só, ele ficou meio sem jeito, mais até que eu entendi, e antes que ele falasse alguma coisa eu disse: -Uma vassoura por favor, - e levei minha mão até minha cintura, ele riu, mas atendeu às minhas suplicas vocês não tem noção de como ...
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