Fanfic: Aulas Calientes - AyA Ponny

Dulce se perguntava à caminho do carro, quando aprendera a ser tão sedutora. De onde tirara aquela coragem.

Riu sozinha. No fim não compartilhavam das mesmas ideias.

Alfonso diria que corrompera Anahi, ela achava diferente:

Alfonso Herrera havia libertado Anahi Portilla.

- Dê-me cinco minutos para fazer uma mala.

Havia dito Anahi antes de saírem no apartamento, mas Alfonso não deixou:

- Não será necessário. Tenho certeza de que se divertirá muito mais se comprar o que precisa na ilha, nos dará um bom motivo para explorarmos o local, ou então realmente não lhe deixaria sair do hotel. Quer dizer, não creio que precisará de muita coisa, já que realmente terá grandes dificuldades para deixar aquele quarto.

Ela sorriu e assentiu.

Era maravilhoso sentir-se daquela maneira. Estar apaixonada, sim ela já admitira a si mesma que estava, deixava-a leve, como se andasse nas nuvens. Ao mesmo tempo era desesperador, pois sabia que tudo aquilo tinha um momento para acabar.

Durante o trajeto, Anahi permanecera calada, pensativa.

Poderia revelar a Alfonso que o amava? Que o queria por mais que meros dois meses? Que este tempo não seria suficiente?

E se ele não sentisse nada por ela. Nada alem do desejo irrefreável, pareceria então uma tola adolescente que doara muito em troca de nada. Isso lhe deixava em pânico.

Quando chegaram ao aeroporto, Christopher, irmão de Alfonso já estava esperando-os. Assim como Manuel e o restante da equipa de defesa.

Alfonso passou o braço possessivamente pelos ombros dela e estampou o melhor sorriso quando apertou a mão do irmão, sob o olhar frio e invejoso de Manuel.

- Minha advogada ?

Perguntou Christopher com gracejos.

- Sim, sua advogada.

Christopher levou os braços na intenção de cumprimentar Anahi com um abraço, mas ela foi puxada para trás com delicadeza.

- É sua advogada e minha garota, tire as mãos dela.

Christopher gargalhou e abraçou Anahi mesmo assim.

- Ah Poncho, você sempre ciumento e possessivo, que coisa feia meu irmão.

 Alfonso riu e abraçou o irmão.

Anahi tinha um semblante incrivelmente feliz e satisfeito. Seus olhos azuis brilhavam, e não era qualquer brilho, era o brilho da paixão.

Aquilo despertou um monstro dentro de Manuel e ele resolveu que, pelo menos durante aquela semana, estaria seguro o suficiente contra Alfonso.

Tomado por um impulso repentino Manuel aproximou-se.

- Bom dia. - ele disse seco para Alfonso - Como vai, Anahi ? - Ele já lhe dirigiu uma voz mais doce e tomou-lhe mão para beijar sem que ela esperasse.

Alfonso estreitou os olhos, mas nada fez.

- Bom dia, Manuel.

Anahi disse educadamente, retirando a mão.

- E ai Manuel, não vai levar a Belinda?

Alfonso disse com um tom firme e cínico e Manuel entendeu a indireta.

- Estou a trabalho, Herrera, e não em lua de mel.

Respondeu com superioridade, mas ao contrário de se ofender ou se irritar com a petulância dele, Alfonso riu.

- Então será o único.

Christopher gargalhou assim que compreendeu do que se tratava a tensão entre os dois.

Sabia que não precisaria se preocupar com o irmão. Além de Alfonso saber tirar aquilo de letra, estava estampado a palavra amor na face de Anahi, não via quem não queria.

- A equipe está toda aqui, Any. - disse Manuel com intenção de provocar ao chamá-la pelo apelido - Poderíamos nos reunir durante a viagem e discutir…

- Temo que não vá ser possível, Manuel. - Alfonso quase cuspiu o nome dele - Não poderão dispor da maravilhosa companhia de minha namorada durante a viagem, já que ela irá comigo no compartimento privativo do jato e eu realmente não estou disposto a dar um minuto de sobra para deixar o lugar.

Manuel trincou os dentes.

- Pretende amarrá-la, Herrera ? Vai trancar os pulsos dela na poltrona ?