Fanfic: Aulas Calientes - AyA Ponny

Como alguém como ele, que nunca conseguira nem arranhar aquela sensação que ela recebeu, poderia classificá-la como ruim de cama? Quem era Manuel perto de Alfonso?

Bela tinha sido a idéia de chamá-lo para tal atividade.

Conhecia Alfonso há cinco anos, quando ele ainda estava na faculdade, cursando engenharia. Logo Anahi tornou-se amiga de Maite, a irmã do russo e assim eles se aproximaram.

Ela lembrava-se de ter tido uma queda enorme por ele, antes de namorar Manuel, mas ele nunca lhe dera sequer uma olhadela que indicasse interesse. Sempre o achou charmoso e envolvente, mas nunca imaginara que o homem fosse tão quente.

O homem tinha sangue quente nas veias e parecia que sexo era seu nome do meio.

Há poucas horas atrás ele lhe brindou no café da manhã com mais uma sessão de êxtase fenomenal, e deixou-a em casa, num gesto de puro cavalheirismo, deixando-lhe promessas doces no ouvido para o próximo encontro.

- Será inesquecível. - Ele disse.

Ela não duvidou um só instante.

Passaram mais uma semana sem se verem. Alfonso, como cavalheiro que era, sempre lhe telefonava e lhe dava ma desculpa, mas Anahi já estava começando a achar que ele não gostara da noite que passaram juntos, ela acreditava que ele estaria arrumando uma maneira de se livrar de tudo aquilo.

Ele havia proferido apenas dois meses de “aulas” Já se passaram duas semanas e eles só haviam ido para a cama uma única vez.

No sábado, ela estava entediada, sentada no sofá de sua sala quando ele ligou, avisando que não poderia vê-la neste fim de semana, pois estaria muito ocupado num projeto que estava desenvolvendo.

Anahi ficou muito chateada, mas não disse nada, nem poderia dizer, ele era apenas contratado por ela, não lhe devia satisfações de sua vida.

O fato é que ela não conseguia tirar a noite de amor que compartilharam de sua cabeça.

Anahi aproveitou os dias sem Alfonso para tentar colocar sua vida de nova solteira em órbita.

Recolheu tudo o que pertencia a Manuel que estava em seu apartamento, a fim de lhe mandar devolver. também retirou fotos de porta retratos e guardou algumas lembranças de seu antigo noivado numa pequena caixa. Ainda não havia decidido se jogaria fora ou não.

Estava no meio da faxina quando Maite chegou à sua casa no domingo.

- To entrando, Any! - a morena gritou.

Anahi sobressaltou-se um pouco, mas já estava costumada aos desatinos de Maite.

- Bom dia pra você também, Mai! - disse em tom de ironia.

A garota morena apenas sorriu.

- Faxina? - perguntou

- Sim. Estou juntando as tralhas do Manuel, mandarei devolver tudo.

- Então acabou mesmo, Any? - falou sentando-se no sofá.

- Sim. Acabou. Não quero nem vê-lo. Creio que ele também não queira mais me ver, aposto que a namoradinha dele não gostaria disto.

- Ora Any, você tem o motivo perfeito para vê-lo. Devolver as coisas dele. Vai lá como quem não quer nada, devolve as coisas, se insinua, dorme com ele e bingo! Estarão juntos de novo.

Anahi sorriu fraco.

Talvez há alguns dias atrás realmente pensasse em reconquistar Manuel, mas agora…Depois de Alfonso Herrera, definitivamente não queria mais saber do ex-noivo. Não sentia falta dele.

Existe chances para “ex” após Alfonso? Ela perguntou a si mesma fazendo paródia da famosa frase e a resposta de sua mente não lhe surpreendeu. “Não, não há sequer um pingo de chance para Manuel ou qualquer outro após Poncho."

- Não Maite, realmente não quero mais saber do Pablo, acabou pra mim. - falou decidida.

Maite fez cara de surpresa.

- Qual o nome dele?

- Como é? - perguntou confusa.

- Como é o nome do garanhão que tirou aquele roboco sem cérebro da sua cabeça?

Anahi sorriu, era tão obvio assim.

- Creio que vai ficar surpresa se eu lhe disser.

Maite espalmou as mãos.

- Então tem um garanhão na jogada? - falou rindo e arregando os olhos na direção da amiga.

A loira afirmou com a cabeça.

- Está apaixonada Anahi? Nem me disse nada, quando aconteceu?

- Não estou apaixonada Maite, - se explicou - estamos saindo á uma semana e… Bom foi algo inesperado - nem tanto, concluiu seu pensamento- . O fato é que apenas aconteceu, eu estou gostando e deixando rolar entende?

Maite confirmou.

- Quem é o sortudo, Any? - falou curiosa.

- Qualquer dia destes eu te conto.

Maite fez careta, mas deixou passar.

- O gostoso do seu irmão está em casa?

Anahi gargalhou.

- Este teu lance com Christian vai pra frente, Maite? - Anahi sabia que eles se gostavam, mas tinha medo do irmão machucar sua amiga.

- Se ele quiser querida, vai pra qualquer direção!

Ambas riram juntas.

- Você é louca, mas sabe, eu acho que Christian gosta de você. Mas creio que ele tenha medo. O Christian é todo tímido e você toda atirada.

Maite sorriu.

- Bem que ele gosta.

- Todos gostam. Mas me diga, veio aqui atrás do gostoso do meu irmão ou veio fazer algo mais importante.

- Vim te chamar para irmos ao shopping.

- Compras… Seria legal.

- Ótimo! Então põe uma roupa bem bonita e vamos, quem sabe no caminho eu não consigo te chantagear e fazer você falar quem é o garanhão misterioso, e talvez você até me fale como agarrar o seu irmão, aquele pedaço de mal caminho - elas riram.

Pouco depois saíram em direção ao shopping. 

Passaram o dia fazendo compras.

Inevitavelmente Anahi comprou lingeries novas, todas pensando se se encontaria novamente com Alfonso. Teve vontade de perguntar a Maite algo, mas conteve-se por vergonha.

Alcançou algumas peças de modelo muito sensual, não conseguia parar de associar aquelas peças intimas ao próximo encontro que tivesse com o moreno.

Maite notou, fez várias piadinhas em torno do assunto, mas Anahi não contou absolutamente nada.

Andaram um pouco mais pelo shopping, estava se divertindo muito, mas em momento algum conseguiu livrar-se da ansiedade que tomava conta dela.

Anahi estava tão absorta na conversa com Maite, que acabou trombando com alguém e quando já virara para pedir desculpas viu quem era. Era Pablo.